Panorama
 
 
 

DESCOBERTAS DUAS TARTARUGAS ALBINAS EM RESERVA DO AMAZONAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2009

Elmano Augusto - Brasília (09/02/2009) – Fiscais da Reserva Biológica do Abufari, no Amazonas, descobriram duas tartarugas albinas. Elas estavam em meio aos mais de 300 mil filhotes que nasceram na reserva nos últimos dois meses, durante a mais recente temporada de desova na região.

Da mesma forma como ocorre com seres humanos, o albinismo – um problema que impede a produção da melanina, pigmento colorido que protege a pele do sol – atinge também vários animais.

Segundo o chefe da Abufari, Fernando Weber, entre as centenas de milhares de tartarugas que nascem na reserva, há uma ou outra albina. “Todo ano nascem, mas são poucas, no máximo umas cinco”, disse ele.

Ainda segundo Fernando, por serem facilmente avistadas por seus predadores, as duas tartaruguinhas albinas serão criadas por um ano em cativeiro, até atingirem um tamanho em que não sejam mais tão vulneráveis.

PESQUISAS – A Reserva Biológica do Abufari é uma das 300 unidades de conservação federais administradas em todo o País pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Tem o objetivo de promover estudos e pesquisas sobre os quelônios (animais com casco), ictiofauna (peixes) e sobre a castanha do Brasil.

A sede da reserva fica no município de Tapauá. A região, praticamente inalterada, apresenta vários tabuleiros de desova de tartaruga, iaçá e tracajá, constituindo-se uma das áreas mais importantes para a conservação dessas espécies.

Nesta temporada, a reserva bateu recorde de nascimento de filhotes de tartarugas. Foram 381 mil filhotes – 49 mil a mais que os 332 mil nascimentos verificados na temporada passada.

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Barra de lagoa na APA da Baleia Franca é aberta ao mar

Anita Campos - Brasília (06/02/2009) – Situada na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, a barra da Lagoa de Ibiraquera, em Imbituba (SC), foi aberta ao mar na manhã desta sexta-feira (6). A decisão foi tomada pela direção da APA em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Município. O objetivo é renovar as águas da lagoa, que sofrem com a poluição, e viabilizar a pesca do camarão rosa, atividade que garante a subsistência de centenas de famílias de pescadores artesanais da região.

A medida foi acertada durante reunião na terça-feira (3), na sede do Conselho Comunitário de Imbituba, da qual participaram representantes da APA, da Prefeitura local e de pescadores artesanais e moradores do local. Os pescadores concordaram com a iniciativa. Segundo eles, este é o momento ideal para a abertura da barra porque é pequena probabilidade dos camarões jovens seguirem para o mar.

Os mestres de pesca, que acumulam muitos conhecimentos sobre o ciclo biológico do camarão, explicaram que o crustáceo, produto importante para a renda das famílias locais, ainda está juvenil nesta época do ano. Segundo os pescadores, se houvesse demora em abrir a barra, os camarões iriam crescer e seguir facilmente para o oceano, impossibilitando a pesca.

"A abertura da barra de Ibiraquera é uma medida emergencial. A partir de março será criado um grupo de trabalho entre a APA, prefeituras, pescadores artesanais, ONGs e universidades. Serão analisados critérios técnicos, legais e o saber popular dos pescadores tradicionais, a fim de se propor soluções de caráter permanente", afirma a chefe da APA da Baleia Franca, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha.

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Ministro defende integração do ecoturismo e educação ambiental em UCs fluminense

Brasília (11/02/09) – O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se reuniu na terça-feira (10), em Brasília, com os prefeitos dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro para tratar sobre esgotamento sanitário, resíduos sólidos, mananciais de abastecimento urbano, Agenda 21 e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P).

O ministro defendeu a integração de atividades como ecoturismo e educação ambiental nas 16 unidades de conservação fluminense. Ele destacou a criação de corredores florestais, que contam pontos para o município receber o ICMS verde, como forma de preservar o meio ambiente. Ele ressaltou a ampliação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos como exemplo de parceria dos municípios com o governo federal.

Para Minc, os parques nacionais devem ser usados como circuito de ecoturismo, gastronomia e educação ambiental, com festivais de cinema (curtas ambientais) e exposições de artes. "Tem que ser uma coisa viva e interessante, que represente ganho para a população. O parque ajuda o município e o município ajuda o parque".

O coordenador da Saúde Ambiental e do Trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Neto, falou aos prefeitos que meio ambiente e saúde precisam ser tratados juntos, principalmente quando relacionados ao saneamento básico e à qualidade da água, ar e solo. "A questão do meio ambiente deve ser considerada um dos pontos determinantes da saúde do Brasil", defendeu Neto.

Os novos prefeitos fluminenses foram aconselhados pelo presidente da Associação Estadual dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, Vicente Guedes, a implantar um banco de projetos. Segundo Guedes, algumas prefeituras acabam perdendo recursos disponibilizados por não terem projetos. Ele citou como exemplo o município de Valença, que deixou de ser contemplado com recurso do Programa de Aceleração do Crescimento, no início do ano, por não ter projetos prontos para serem executados.

A questão de resíduos sólidos é prioridade no Rio de Janeiro, segundo a secretária do Ambiente, Marilene de Oliveira. Ela afirmou que vários órgãos estão disponibilizando recursos para a realização de obras para resolver o problema dos lixões. "A gente só não resolve o lixo se nós não quisermos. Recursos para isso não faltam", assegurou a secretária. Atualmente, somente 15% do lixo do Brasil é tratado.

Essa é a primeira vez que o governo abre esse espaço para discutir meio ambiente com os prefeitos. Minc aproveitou a presença dos prefeitos fluminenses em Brasília para o Encontro dos Novos Prefeitos e Prefeitas para convidá-los a debater a política ambiental do Rio de Janeiro em parceria com o governo federal.

Consórcios municipais - O vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, defendeu a realização de consórcios com as prefeituras para resolver os problemas dos aterros sanitários. "O que precisa são os municípios se consorciarem e terem bons projetos. A gente vê as dificuldades ao tocar as obras do PAC por falta de projetos", disse Pezão.

O prefeito de Macaé, Riverton Mussi, propôs, na reunião com o ministro do Meio Ambiente, um consórcio para a construção de um aterro sanitário em seu município, que receberá lixos das regiões próximas. Em contrapartida, Macaé receberia recursos para resolver outros problemas ambientais, como recuperação de lagoas e bacias.

O consorciamento permite que municípios trabalhem em parceria em regiões de interesse comum, como bacias hidrográficas e pólos regionais de desenvolvimento, para melhorar a prestação de serviços públicos.
Ascom/MMA

 
 

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