(25/02/2009)
“O bugio não transmite a febre amarela ao
homem. Ao contrário, ele é a primeira
vítima do mosquito transmissor da doença
e, ao morrer infectado, aciona o alerta para a população.
Por isso, estamos em campanha pela conservação
desse primata.” A explicação é
do biólogo do Departamento de Florestas e
Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria Estadual
do Meio Ambiente (Sema), Rodrigo Cambará
Printes, doutor em ecologia e vice-presidente da
Sociedade Brasileira de Primatologia.
A Sema, representada por Rodrigo
Cambará, integra um grupo que mantém
reuniões periódicas para tratar da
relação entre a febre amarela e os
bugios. Conforme Cambará, nos encontros são
compartilhadas as informações sobre
o mapa da febre amarela no Estado e definidas estratégias
para a prevenção da doença
e para a conservação dos primatas.
O foco de febre amarela no Rio Grande do Sul está
nas regiões Norte e Noroeste.
Também fazem parte do grupo,
representantes da Secretaria Estadual de Saúde,
por meio do Centro Estadual de Vigilância
em Saúde, Secretaria do Meio Ambiente de
Porto Alegre, Comando Ambiental da Brigada Militar,
Programa Macacos Urbanos da UFRGS, com apoio da
Sociedade Brasileira de Primatologia.
“A preocupação,
no momento, além do controle da doença,
é evitar que as pessoas matem bugios por
mera desinformação, pensando que o
macaco transmite a febre amarela aos humanos”, diz
Rodrigo Cambará. “O bugio não é
transmissor. Ele é uma vítima e uma
testemunha importante da propagação
da doença. Na verdade, ele presta um serviço
à população, pois ao ser picado
pelo mosquito Haemagogus indica que naquela área
está a febre amarela”, destaca o biólogo.
Cambará diz que o grupo
de trabalho está aberto para receber outras
entidades interessadas em participar do assunto,
ajudando a conscientizar a sociedade sobre a importância
dos bugios e sua conservação.
O Rio Grande do Sul registra a
ocorrência de duas espécies de bugio.
Nos ecossistemas associados à Mata Atlântica,
do leste ao centro do Estado, aparece o bugio-ruivo.
Do centro para o oeste, junto ao Bioma Pampa, encontra-se
o bugio-preto, cuja fêmea tem o pelo branco.
O primata alimenta-se de folhas, frutos e flores.
Adquire a febre amarela porque vive na copa das
árvores, onde também hospeda-se o
mosquito transmissor da febre amarela.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli
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Uruguaiana amplia convênio
com a FEPAM no licenciamento e fiscalização
ambiental
(19/02/2009) A Fundação
Estadual de Proteção Ambiental Henrique
Luiz Roessler (Fepam) conveniou com a Prefeitura
de Uruguaiana a delegação de competência
para o licenciamento e fiscalização
ambiental. O convênio, já publicado
no Diário Oficial do Estado, permite que
a Prefeitura de Uruguaiana, além de licenciar
as atividades de impacto local, passe a estabelecer
procedimentos com vistas à preservação,
conservação, recuperação
e melhoria do meio ambiente.
Pelo convênio, cerca de
80% dos licenciamentos concedidos pela Fepam, em
Uruguaiana, foram transferidos ao Município,
em áreas determinadas. Ele estabelece que,
no procedimento de licenciamento ambiental deverá
o conveniado, no mínimo, realizar avaliação
técnica prévia da atividade, emitir,
se for o caso, a devida licença ambiental
e fiscalizar o cumprimento dos termos da licença
emitida. Também fica disposto que o ressarcimento
dos custos do licenciamento ambiental deverá
atender a normalização municipal específica.
Além de Uruguaiana, os
municípios de Porto Alegre, Caxias do Sul,
Lajeado, Novo Hamburgo, Pelotas, Santa Cruz do Sul,
Santana do Livramento, São Leopoldo e Sapucaia
do Sul possuem delegação de competência
em licenciamento e fiscalização ambiental.
No Estado do Rio Grande do Sul
são 212 os municípios qualificados
para o licenciamento ambiental de impacto local.
Para obter a habilitação é
necessária a apresenção de
plano de gestão ambiental na Secretaria do
Meio Ambiente, através do Sistema Integrado
de Gestão Ambiental (SIGA-RS), que orienta
e encaminha o processo para apreciação
do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA).
O convênio de delegação
de competência é uma ampliação
do licenciamento ambiental de impacto local aos
municípios já habilitados.
Assessoria de Imprensa da Fepam
Coordenadora – Jorn Eliane do Canto