Panorama
 
 
 

BRASIL INTEGRA PROGRAMA INTERNACIONAL DE MONITORAMENTO CLIMÁTICO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2009

8 de Março de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília - Acordo de cooperação técnica firmado entre a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) vai possibilitar o desenvolvimento de atividades de suporte para medição das chuvas por satélites.

Dessa forma, o Brasil passa a integrar o Programa de Medida Global da Precipitação (GPM), uma iniciativa conjunta da Nasa (National Aeronautics and Space Administration) e da Jaxa, agência espacial japonesa. A França e a Índia também aderiram ao programa.
De acordo com o superintendente de Gestão da Rede Hidrometeorológica da ANA, Valdemar Guimarães, as agências brasileiras pretendem estruturar e manter uma rede desenvolvida para coleta de dados pluviométricos.

Segundo a AEB, as informações obtidas permitirão melhorias no gerenciamento de recursos hídricos, no planejamento das atividades do agronegócio, nos alertas de tempestades severas, inundações e riscos de deslizamento, nas previsões do tempo, no entendimento do ciclo hidrológico regional e global e nas análises de mudanças climáticas globais.

Os dados transmitidos pelos satélites serão validados pelas estações telemétricas, plataformas terrestres de coletas de informações com transmissão por satélite. O país conta, atualmente, com mais de 8 mil estações.

“É a segunda maior rede das Américas, depois dos Estados Unidos. O Brasil também tem o segundo maior sistema de informações sobre essa parte de recursos hídricos”, disse Guimarães.

Segundo ele, os dados serão registrados a cada três horas e a Região Amazônica terá maior monitoramento, já que é uma área de difícil acesso. “Para manter essa rede automatizada, o Brasil vai ter que investir, no mínimo, durante um período de cinco a dez anos, algo em torno de R$ 130 milhões”, acrescentou.

Para Valdemar Guimarães, o país vai se beneficiar de conhecimentos detalhados da atmosfera e gerar informações básicas que possibilitam implicações em várias áreas como agricultura, gestão das águas, geração de energia elétrica e prevenção de desastres naturais.

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Governo estuda uso de energia solar em chuveiros de casas do novo programa habitacional

9 de Março de 2009 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo está estudando a possibilidade de substituir a energia elétrica pela solar para aquecimento da água dos chuveiros das casas que fazem do novo programa habitacional. Ainda em fase de elaboração, o programa prevê a construção de 1 milhão de casas populares até 2010 e será destinado a pessoas de baixa renda.

Calcula-se que a substituição dos chuveiros elétricos nas moradias populares poderá reduzir o custo da conta de luz em até R$ 300 por ano em uma residência de Minas Gerais, por exemplo.

O governo ainda não sabe quantas casas poderão contar com o sistema, mas calcula que o acréscimo no preço final das moradias, que vão custar cerca de R$ 15 mil, ficará entre R$ 800 a R$ 1 mil.

Um grupo de técnicos e especialistas do governo vai se reunir amanhã (10) para definir as diretrizes para a implantação do sistema de aquecimento solar nas moradias populares. Vão participar do encontro representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério de Minas e Energia, da Casa Civil, do Ministério das Cidades, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Eletrobrás, da Caixa Econômica Federal, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e de universidades federais.

Na reunião, será discutida a forma de financiamento para a instalação do sistema – se o valor será subsidiado ou diluído na prestação das casas. Além disso, os técnicos devem avaliar quais os melhores materiais a serem utilizados e se a indústria nacional está preparada para atender ao aumento da demanda.

De acordo com a coordenadora da área de energia e meio ambiente da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Vânia de Araújo Soares, o número de moradias que terão aquecimento solar vai depender de uma avaliação da distribuição regional das construções. “No Nordeste, por exemplo, as pessoas não usam chuveiro elétrico, elas tomam banho frio. Então, essa regionalização é que vai definir o número de casas que contarão com o aquecimento solar”, explicou.

A coordenadora enfatizou, ainda, que o acréscimo no custo final das casas também vai depender da escala em que o sistema for adotado. Segundo Vânia, o sistema de aquecimento solar é importante ambientalmente, pois, ao diminuir a sobrecarga no sistema elétrico, adia a necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas ou termelétricas. “O sistema reduz a demanda de energia no horário de pico, que é quando os chuveiros elétricos são mais utilizados”, disse.
O governo deve anunciar os detalhes das medidas ainda neste mês.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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