15 de
abril de 2009 - Minas Gerais passou a ser o estado
brasileiro com o maior número de Reservas
Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).
O estado tem ao todo 217 reservas. A RPPN é
uma unidade de conservação particular,
criada por iniciativa do proprietário e reconhecida
no âmbito estadual pelo Instituto Estadual
de Florestas (IEF). São 123 Reservas estaduais
com aproximadamente 64 mil hectares de Cerrado,
Mata Atlântica e Caatinga preservados.
De acordo com dados da Gerência
de Criação e Implantação
de Áreas Protegidas (GCIAP) do IEF, 24% de
todas as áreas particulares protegidas no
país se encontram no estado mineiro. No Brasil
existem 903 RPPNs, com cerca de 662 mil hectares
protegidos por empresas, entidades e civis com o
apoio de órgãos federais e estaduais.
Até 2007 haviam sido decretadas aproximadamente
500 RPPNs e o considerável aumento apresenta
uma conquista no processo de conservação
de terras privadas.
Segundo a GCIAP as reservas particulares
contribuem, principalmente, para uma rápida
ampliação das áreas protegidas
do país. Elas são facilmente criadas
e possibilitam a participação da iniciativa
privada no esforço de conservação,
colaborando assim para a proteção
dos biomas brasileiros. Além disso, representam
um dos primeiros passos para envolver a sociedade
civil na conservação da diversidade
biológica.
Ao transformar suas terras em
RPPNs, os proprietários recebem vários
benefícios como incentivos fiscais, crédito
agrícola, isenção do imposto
sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), e assessoria
técnica do IEF ou Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
para desenvolver atividades que não alterem
a biodiversidade original, como educação
ambiental, ecoturismo, pesquisa e projetos de cultura
e lazer.
O proprietário não
é o único que se beneficia da criação
destas Unidades de Conservação em
questão. Os municípios que possuem
RPPNs podem ser contemplados com uma parcela maior
do ICMS (através do ICMS Ecológico).
Desta foma, a natureza ganha com a conservação
e manuntenção dos ecossistemas e biodiversidade,
o que por sua vez melhora a qualidade de vida da
população.
Empresas de todos os portes e
pessoas físicas, assim como entidades civis
e religiosas, podem requerer o reconhecimento total
ou parcial de suas propriedades como RPPN. Não
existem limites máximos ou mínimos
de tamanho da propriedade para a aprovação.
Este ato é efetuado única e exclusivamente
de forma voluntária a pedido do proprietário
da área ao órgão ambiental
regional responsável.
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Sistema de Alerta de Enchentes
é discutido na bacia do rio das Velhas
14 de abril de 2009 - O trabalho
integrado entre instituições públicas
e privadas viabilizará a implantação
do Sistema de Alerta de Enchentes na bacia do rio
das Velhas. As primeiras parcerias foram articuladas
nesta segunda-feira (13/04), em Belo Horizonte,
durante a oficina ‘Rede Hidrometeorológica
e Prevenção de Inundações',
realizada pelo Instituto Mineiro de Gestão
das Águas (Igam) e pelo Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio das Velhas. A proposta
é que o Sistema esteja em pleno funcionamento
até 2011.
O Sistema de Alerta irá
abranger toda a bacia do Velhas, na região
Central do Estado, beneficiando 51 municípios
e mais de 4 milhões de habitantes. A proposta
é que a rede de monitoramento integre as
estações pluviométricas e fluviométricas
já instaladas na região, operadas
por instituições públicas e
privadas, como Igam, Cemig, Copasa, Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet) e Prefeitura de Belo Horizonte.
Durante a oficina, as instituições
participantes apresentaram a quantidade de estações
hidrológicas e meterológicas que elas
possuem e onde estão instaladas, além
de projetos de ampliação. "O
objetivo inicial é mapear todas as estações
na bacia para então trabalhar um projeto
de integração destas redes e viabilizar
a instalação e operação
do Sistema de Alerta na região", explicou
o analista ambiental do Igam, Arthur Paiva.
De acordo com Paiva, o Instituto
possui uma plataforma automática de coletas
de dados meteorológicos na região
e o projeto de implantar mais quatro, possivelmente
nos municípios de Ouro Preto, Belo Horizonte,
Rio Acima e Jaboticatubas. "Agora, com esta
proposta de integração das redes,
o Igam vai reavaliar esses pontos para evitar sobreposição
de estações e priorizar áreas
que ainda não possuem nenhuma cobertura",
informou.
Arthur Paiva destacou que a rede
de monitoramento de enchentes no Velhas será
reforçada com aquisição de
um radar meteorológico, o primeiro a ser
instalado em Minas Gerais. O aparelho permitirá
um monitoramento mais amplo e eficiente e poderá
rastrear um raio de até 400 km, identificando
a formação de granizo e a quantidade
de precipitação. "A aquisição
do aparelho também está sendo negociada
por meio de uma parceria entre Igam, Cemig, Copasa,
Prefeitura de Belo Horizonte e Inmet", completou
Paiva.
O representante da Cemig, Marcelo
de Deus, ressaltou a importância do trabalho
de integração de redes e da criação
do Sistema de Alerta de Enchente. "O sistema
é uma excelente ferramenta para identificar
os riscos de ocorrência de inundações
e minimizar as perdas humanas e prejuizos materiais
causados pelas cheias", destacou. Ele apresentou,
ainda, a rede hidrometeorológica da Cemig
que conta com mais de 90 pontos de monitoramento
no Estado. "Na bacia do rio das Velhas são
três estações fluviométricas/pluviométricas,
duas fluvio-sendimentométricas/pluviométricas
e cinco climatológicas", complementou.
A Copasa possui 25 estações
pluviométricas e 18 fluviométricas
na bacia do rio das Velhas, instaladas dentro das
unidades operacionais da Companhia, em 22 municípios.
Outra contribuição para a rede integrada
é do Inmet, que possui nove estações
meteorológicas na região. "Em
parceria com o Centro Federal de Educação
Tecnológica de Ouro Preto (Cefet), o Instituto
irá implantar mais uma estação
na bacia", acrescentou o coordenador do Instituto
em Minas, Fulvio Cupolillo.
Com previsão de operação
a partir de novembro de 2009, a Prefeitura de Belo
Horozinte, por meio do programa Drenurbs, irá
implantar um Sistema de Monitoramento Hidrológico
na Capital. O projeto prevê 27 estações
fluviométricas e 15 pluviométrica
e climatológica. "As áreas para
a instalação das estações
foram definidas priorizando zonas vulneráveis
a inundações, como os Córregos
Vilarinho, Cochoeirinha, Água Branca, Ressaca,
Jatobá e o Ribeirão Pampulha",
explicou a coordenadora do Plano Diretor de Drenagem
de Belo Horizonte, Ilda Aguiar.
A Prefeitura de Belo Horizonte
já conta com uma rede de 12 pluviômetros
que abrange todo o município e gera dados
estratégicos para o direcionamento das equipes
de plantão da Companhia Urbanizadora de Belo
Horizonte (Urbel). "O arranjo proposto constitui
o mínimo necessário para a cobertura
das zonas vulneráveis a inundações",
ponderou a diretora de Manutenção
e Áreas de Riscos da Urbel, Cláudia
Sanctis Viana.
Monitoramento
O Igam monitora o tempo, o clima
e o comportamento dos cursos de água em todo
o Estado desde 1998. Para isso, o Instituto opera
29 plataformas de coletas de dados hidrometeorológicos,
com sensores de leitura dos níveis dos rios,
e 11 plataformas de coletas de dados meteorológicos.
O Sistema de Alerta de Enchente
já está instalado nas bacias do rio
Doce, na região Leste, e nas bacias dos rios
Sapucaí e Verde, no Sul de Minas. Nessas
bacias, o Igam faz um monitoramento ampliado e os
dados hidrometeorológicos são analisados
e repassados diariamente às Defesas Civis
Municipais das cidades atendidas. Em caso de risco,
são emitidos alertas de enchentes.
No período chuvoso, de
outubro a março, a equipe do programa trabalha
24 horas por dia, 7 dias por semana. Os interessados
podem acompanhar o monitoramento pelo site www.simge.mg.gov.br,
clicando no menu ‘Tempo e Clima', ou pelo telefone
0800-283-5898.
Fonte: Ascom/ Sisema
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Bacia do rio das Velhas terá
Sistema de Alerta de Enchentes
Com o objetivo de implantar o
Sistema de Alerta de Enchentes na bacia do rio das
Velhas, o Instituto Mineiro de Gestão das
Águas (Igam) realizará no dia 13 de
abril, às 13h30, a 1ª oficina “Rede
Hidrometeorológica e Prevenção
de Inundações na Bacia do Rio das
Velhas”. A atividade acontecerá no auditório
da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel)
- av. do Contorno, 6664, Santo Antônio. Podem
participar gestores ambientais, pesquisadores e
demais interessados no tema.
Na oficina, o Igam, a Copasa,
a Cemig e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
irão apresentar um panorama dos trabalhos
desenvolvidos por estas instituições
e que possam contribuir com a estruturação
de uma rede de monitoramento integrada. “No primeiro
momento, será feito um levantamento das estações
pluviométricas e fluviométricas instaladas
na região, das entidades que as operam e
de projetos na área”, explica o analista
ambiental do Igam, Arthur Paiva.
A Prefeitura de Belo Horozinte
também participará da atividade apresentando
o projeto de monitoramento de enchentes que o município
está elaborando por meio do programa Drenurbs.
“Belo Horizonte está inserida na bacia do
rio das Velhas e a integração dos
dados que este projeto vai gerar será estratégico
para complementar o trabalho do Instituto”, explica
Arthur Paiva. Participam, ainda, da atividade, o
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio
das Velhas e a Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundo Paiva, após o mapeamento
das estações será formado um
grupo de trabalho com representantes de instituições
parceiras para viabilizar a criação
da rede integrada de monitoramento de enchentes
e para otimizar a instalação de novas
estações.
Monitoramento
O Igam monitora o tempo, o clima
e o comportamento dos cursos de água em todo
o Estado desde 1998. Para isso, o Instituto opera
29 plataformas de coletas de dados hidrometeorológicos,
com sensores de leitura dos níveis dos rios,
e 11 plataformas de coletas de dados meteorológicos.
”O Igam tem o projeto de implantar quatro novas
plataformas de coleta de dados hidrometeorológicos
automáticas na bacia do rio das Velhas”,
informa a diretora de Monitoramento e Fiscaliazação
do Igam, Marília Melo.
De acordo com a diretora, o Sistema
de Alerta de Enchente está instalado nas
bacias do rio Doce, na região Leste, e nas
bacias dos rios Sapucaí e Verde, no Sul de
Minas. Nessas bacias, o Igam faz um monitoramento
ampliado e os dados hidrometeorológicos são
analisados e repassados diariamente às Defesas
Civis Municipais das cidades atendidas. Em caso
de risco, são emitidos alertas de enchentes.
“O Sistema busca identificar os riscos de ocorrência
de inundações no Estado e minimizar
as perdas humanas e danos materiais causados pelas
cheias”, explica Marilia Melo.
No período chuvoso, de
outubro a março, a equipe do programa trabalha
24 horas, 7 dias por semana. Os interessados podem
acompanhar o monitoramento pelo site www.igam.mg.gov.br,
clicando no menu ‘Tempo e Clima’, ou pelo telefone
0800-283-5898.