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MINC DIZ QUE LULA VAI ARBITRAR AS DIVERGÊNCIAS ENTRE O MEIO AMBIENTE E SETORES DO GOVERNO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2009

4 de Junho de 2009 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - José Cruz/Abr - Brasília - Ao lado do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o presidente Lula recebe dos atores Christiane Torloni e Victor Fasano o manifesto Amazônia para Sempre
Brasília - As divergências entre o ministro do Meio Ambiente e os colegas do governo serão arbitradas pelo presidente Lula. Segundo Carlos Minc, foi o presidente da República que manifestou essa intenção para ele na terça-feira (2).

“O presidente Lula realmente manifestou para mim que ele achava mais adequado que algumas contradições, que são naturais entre os ministros, quando não houver consenso, que fossem tratadas dentro do ministério e arbitradas por ele. O que deu inteira razão a ele”, afirmou

Hoje (4), o ministro, após encontro com Lula e representantes do movimento Amazônia para Sempre, negou a possibilidade de deixar o cargo por causa das divergências com setores do governo. Na semana passada, Minc reclamou a Lula que alguns ministros “combinam uma coisa e depois vão ao Parlamento, cada um com sua machadinha, patrocinar as emendas que esquartejavam e desfiguravam a legislação ambiental”.

“Firme. Tremei poluidores. Vamos combater o crime ambiental, criar novas unidades de conservação, defender a legislação ambiental brasileira e promover o desenvolvimento sustentável que o Brasil precisa”, disse ao negar a intenção de sair do ministério.

A atriz Cristiane Torloni, uma das representantes do Amazônia para Sempre, saiu em defesa do ministro. “Acho muito complicado perdermos um segundo ministro do meio ambiente em um mesmo governo. Acho que isso não vai ser bom para o Brasil, internamente, e muito menos do ponto de vista internacional. Acho que esse embate tem que se desfazer”, declarou. Em maio de 2008, Marina deixou o comando do Meio Ambiente depois de cinco anos e meio.

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MPF ajuiza ações contra fazendas e frigoríficos por devastarem Floresta Amazônica

3 de Junho de 2009 - Karina Cardoso - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ações contra 20 fazendas e 13 frigoríficos por causarem devastação da Floresta Amazônica por meio da pecuária. Além disso, 69 empresas que comercializam os subprodutos bovinos dos frigoríficos receberam notificações para que parem de revender esses itens.

A área de pasto das 20 fazendas que criam gado de forma ilegal é responsável pelo desmatamento de 157 mil hectares de terra da Amazônia, de acordo com o Ministério Público Federal. O tamanho da devastação corresponde à cidade de São Paulo.

O procurador do Ministério Público Federal no Pará, Daniel Avelino, afirma que as fazendas vão ter que reparar o dano ambiental.

“As fazendas têm que retirar o gado da área, efetuar o reflorestamento de todo dano causado e pagar as indenizações propostas na ação.”

O valor de todas as indenizações ultrapassa R$ 2 bilhões.

Segundo o procurador, os frigoríficos poderão continuar funcionando, desde que parem de comprar o gado das fazendas ilegais. Já as empresas que comercializam os subprodutos bovinos dos frigoríficos, também vão ter que se enquadrar às novas regras.

“Vão ter que parar de comprar de infratores ambientais. Senão serão responsabilizadas pelos danos que venham a ocorrer. E vão ter que informar no produto a origem dele para que o consumidor possa ter a opção de escolher, se ele quer ou não adquirir aquele produto conveniente de desmatamento na Amazônia.”

O levantamento das fazendas, dos frigoríficos e das empresas responsáveis pelo desmate foi feito pelo Ministério Público Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os órgãos se basearam em estudos realizados por diferentes organizações, como Greenpeace e Amigos da Terra.

O estudo da Amigos da Terra, por exemplo, mostra que a Amazônia se tornou grande produtora de carne por causa dos altos investimentos aplicados na região. E de acordo com o estudo esses investimentos são financiados com recursos públicos.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que só são concedidos financiamentos àquelas empresas que estão dentro das exigências das leis ambientais.

Entre os frigoríficos citados pelo Ministério Público está um dos maiores do Brasil, o Bertin S.A, que comprou gado de fazendas multadas pelo Ibama e de uma fazenda que fica dentro de uma reserva indígena.

Por meio de nota, a Bertin afirmou que possui um programa de compra de gado que leva em consideração os critérios socioambientais dos fornecedores.

A empresa Bertin tem como principal fornecedor a Agropecuária Santa Bárbara, que foi citada na ação por possuir nove fazendas irregulares.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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