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ELETROBRÁS E INMETRO LANÇAM ETIQUETA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2009

03/07/2009 - A Eletrobrás e o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial – Inmetro lançaram quinta-feira, 02.07, em evento promovido pelo SindusconSP – Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo, a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações para edifícios comerciais, de serviços e públicos.

As primeiras etiquetas, simbolizadas por uma placa de aço em tamanho A4, foram destinadas aos prédios da agência da Caixa Econômica Federal – CEF, em Curitiba, PR, e dos projetos da sede administrativa da CEF, em Belém, PA; da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina - SATC, em Criciúma, SC; da Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça - Fatenp, em Nova Palhoça, SC; e do Laboratório da Engenharia Ambiental – Cetragua, da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, SC.

A Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações, que faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE, foi desenvolvida pelo Programa Nacional de Conservação de Energia – Procel, da Eletrobrás, e o Inmetro. Para justificar a etiqueta, as edificações são avaliadas conforme a sua capacidade de diminuir o ganho de calor pela envoltória da construção, aproveitando ainda melhor iluminação e ventilação natural, para alcançar um consumo menor de energia elétrica, além de incentivar o uso da energia solar e o consumo racional de água.

Para o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, a etiqueta abre o caminho da conscientização da sociedade brasileira mostrando que o futuro do planeta passa pelo uso racional da energia elétrica. O presidente do Inmetro, João Jornada, por sua vez, salientou que a adesão é voluntária e abrangerá, inicialmente, apenas as construções públicas e de serviços, mas no futuro os prédios residenciais também terão seus projetos avaliados e classificados.

A economia de eletricidade em edificações readequadas pode chegar a 30% e em prédios novos, que adotem tecnologias adequadas desde a fase de projeto, a 50%. A agência da CEF, em Curitiba, em comparação com as demais agências do banco no país, apresenta redução do consumo de 24% em energia e de 65% em água, desde a inauguração, há seis meses.

Durante o encontro no SindusconSP, que tratou o tema “Eficiência Energética em Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos, o coordenador de Planejamento Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, Casemiro Tércio de Carvalho, salientou que “para transformar o conceito de construções sustentáveis em realidade, temos que ‘linkar’ a agenda ambiental com a econômica, pois essas mudanças só serão adotadas quando começar a mexer no bolso do empreendedor”.

Carvalho falou do Protocolo da Construção Sustentável, envolvendo a Secretaria do Meio Ambiente e o setor da construção, cujo objetivo é harmonizar as atividades de construção civil e o desenvolvimento urbano com a preservação do meio ambiente e da qualidade de vida da população. O Governo do Estado já adota o uso de aquecedores solares na construção de novos presídios. “Parece um artigo de luxo para os detentos, mas em pouco tempo esse investimento se transforma em lucro, com a economia energética”, informou.

Segundo Marcelo Takaoka, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS, “parte das emissões de CO2 se dá pelo consumo de energia elétrica e, por isso, temos que conscientizar as incorporadoras, administração predial, projetistas e construtoras a trabalharem em conjunto para buscar soluções para a economia desse insumo”.

Takaoka lembrou que, para adotar medidas para redução do consumo, uma obra fica de 5 a 10% mais cara, mas a economia chega a ser de 30 a 40% se comparada com as construções convencionais. O investimento com a adoção de tecnologias sustentáveis pode ser recuperado em cerca de sete anos.
Texto: Rene Alves Fotografia: José Jorge

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Sustentabilidade na agricultura é tema de reunião na Fundação Mokiti Okada

01/07/2009 - Conhecer a vida do solo, analisar seus nutrientes e compreender as suas peculiaridades, bem como estudar a causa de pragas, ao invés de apenas eliminá-las, são as premissas básicas de um conceito defendido por especialistas de todo o mundo desde o início do século XX. A agricultura natural, que vai além da orgânica, preconiza a produção que respeita o solo e o ambiente como um todo, sem perder seu papel primordial que é o fornecimento de alimento.

Este conceito foi o tema da reunião, realizada em 25.06, entre a coordenadora de Biodiversidade e Recursos Naturais, Helena Carrascosa, o diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Ricardo Viegas, ambos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, e especialistas da Fundação Mokiti Okada, entre eles a conselheira Ana Primavesi, agrônoma, considerada uma das pioneiras da agroecologia no Brasil.

“O objetivo da reunião foi discutir as técnicas e métodos da agricultura sustentável e avaliar as possíveis parcerias com a fundação”, apontou Ricardo. A entidade possui um centro de pesquisa em Ipeúna, a 180 quilômetros da Capital, onde desenvolve estudos e a aplicação experimental de tecnologias de manejos de solos e plantas, comparando os modelos orgânicos, naturais, ecológicos e convencionais de produção.

O trabalho desenvolvido pelo centro de pesquisas é baseado na agricultura natural, conceito com o qual Ana Primavesi trabalha há mais de 60 anos. Nascida na Áustria, Primavesi estudou agronomia em Viena, mas foi no Brasil que se consagrou por seus estudos na área da agroecologia. Prova disso são os três livros escritos por ela e publicados no Brasil: “Agroecologia, ecosfera, tecnosfera e agricultura”, “Manejo ecológico do solo” e “Manejo ecológico de pragas e doenças”, que mostram os motivos pelos quais a agrônoma se tornou um ícone.

O interesse dos especialistas da SMA na promoção da agricultura sustentável se concretiza nas ações desenvolvidas pelo Projeto Ambiental Estratégico Etanol Verde, pelo qual as unidades agroindustriais produtoras de álcool e os fornecedores das usinas se comprometeram, entre outros pontos, a recuperar as matas ciliares e a eliminar a queima da palha da cana-de-açúcar, em prazo inferior ao estabelecido pela legislação. O comprometimento voluntário foi consolidado com a adesão de 155 usinas ao Protocolo Agroambiental, que possibilitou a eliminação em 15% da queima da cana em apenas dois anos de existência.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: Mokiti Okada

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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