Panorama
 
 
 

MORATÓRIA DA SOJA GANHA MAIS UM ANO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2009

28/07/2009 - Carine Correa - A moratória da soja vigorará por mais um ano. A cadeia produtiva vai continuar a coibir a aquisição de grãos produzidos na Amazônia em áreas desmatadas depois de julho de 2006. O anúncio foi feito nesta terça-feira (28), em Brasília, pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

O monitoramento do pacto, que abrange 630 polígonos e envolve representantes do Greenpeace, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), registra o cumprimento de 97% do acordo.

"A soja não é mais um fator relevante no desmatamento da Amazônia", comemorou o ministro. Minc esclareceu ainda que o governo está empenhado em promover todas as medidas acordadas. Entre elas estão o cadastramento e licenciamento ambiental das propriedades rurais, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) nos estados da Amazônia Legal em conjunto com as instâncias estaduais.

Será confeccionado mapa do Bioma Amazônia na escala adequada para o monitoramento das propriedades rurais da região. O Pagamento por Serviços Ambientais, já assinado pelo presidente Lula em 5 de junho, será implementado na região.

Dados do Greenpeace revelam que a moratória poupou a floresta sem afetar negativamente o setor produtivo. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada na Região Norte e no Mato Grosso subiu de 6,19 milhões de hectares, no período 2007/2008, para 6.32 milhões em 2008/2009. Segundo a Abiove, as exportações geraram uma receita de U$11,3 bilhões de dólares em 2007, e em 2008 essa cifra alcançou U$17 bilhões.

O presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, reafirmou o propósito dos produtores de não comprarem soja de regiões desmatadas após 2006 e acrescentou que os compradores europeus também estão envolvidos nesta causa.

O pacto freia o desmatamento das florestas tropicais, que no mundo todo é responsável por aproximadamente 20% de todas as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. O número é mais expressivo que o total emitido por todos os aviões, trens e carros do planeta.

+ Mais

CNRH quer ampliação do debate sobre alterações no Código Florestal

28/07/2009 - Suelene Gusmão - O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), conforme determina a lei, quer ser ouvido nas discussões sobre as alterações no Código Florestal Brasileiro, em debate no Congresso Nacional. Por isso mesmo está enviando às presidências do Senado e da Câmara dos Deputados uma moção recomendando às duas Casas a ampliação da discussão pública, principalmente com a participação de instituições de ensino e pesquisa, com relação aos projetos de lei que tratam das alterações no Código.

No documento enviado ao Congresso Nacional, os membros do CNRH lembram a existência, no âmbito do Conselho do Grupo de Trabalho Água e Florestal, que tem como função tratar da integração da política florestal com a de recursos hídricos e que recomenda aos órgãos e entidades, ações para fomentar a integração das políticas públicas de recursos hídricos, florestais e de conservação do solo.

O CNRH lembra ainda que a necessidade de se ampliar a discussão sobre as alterações no Código Florestal ficou evidenciada durante a realização do seminário 10 Anos da Política Nacional de Educação Ambiental: avanços e necessidades em busca da edificação de uma sociedade sustentável, promovido pela própria Câmara dos Deputados.

Em sua argumentação, o Conselho alerta sobre a recente aprovação do Código Florestal de Santa Catarina, que reduz áreas protegidas e desrespeita dispositivos constitucionais. O CNRH argumenta também sobre os recorrentes desastres, inclusive com perdas de vidas humanas, devido à ocupação irregular em Áreas de Preservação Permanente (APPs).

+ Mais

Municípios ganham apoio técnico do MMA para averbação de Reserva Legal

27/07/2009 - Suelene Gusmão - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está iniciando em parceria com alguns municípios uma série de acordos de cooperação com o objetivo de instruir os interessados nos processos de identificação e averbação da reserva legal nas propriedades rurais. A exigência está preconizada na Lei de Crimes Ambientais e o não cumprimento prevê multas diárias e cumulativas. O prazo para que os proprietários rurais cumpram o que determina a lei e se regularizem ambientalmente termina em dezembro deste ano. Os convênios assinados pelo MMA com os municípios tem o objetivo de orientar tecnicamente os interessados.

O primeiro acordo neste sentido foi assinado com a Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), com 28 municípios. Como parte do cronograma, cerca de 140 pessoas participaram, em Rio do Sul (SC), no último dia 20, do Seminário sobre Legislação Ambiental - Regularização Ambiental das Propriedades Rurais: Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente. Durante todo o dia, eles ouviram palestras e participaram de debates com técnicos do MMA e representantes de órgãos estaduais e do Ministério Público. O acordo assinado com a Amavi deve servir com referência para o restante do País.

De acordo com João de Deus, diretor de Florestas do MMA, a experiência com a Amavi foi muito positiva e provou que com orientação técnica e os convênios com os municípios será possível desburocratizar e baixar os custos dos processos de averbação. O diretor explicou que antes do MMA iniciar a cooperação técnica, os pequenos proprietários estavam reclamando do alto custo do processo e da falta de tempo hábil para colocá-lo em prática. "Com a cooperação e os convênios, o ônus deixa de existir e o processo fica muito mais ágil. A repercussão foi muito boa e provou que com vontade política e mobilização é possível encontrar uma solução".

O coordenador dos Núcleos dos Biomas Mata Atlântica e Pampas, Wilgold Schaffer, esteve presente ao seminário em Rio do Sul. Ele falou aos participantes sobre o Código Florestal e o Decreto que trata da Averbação de Reserva Legal. Schaffer informou aos presentes que o ministro Carlos Minc considera esse tipo de acordo como um referencial para o País. O coordenador afirmou que o acordo entre a Amavi e o MMA demonstra que é possível se chegar a bom termo sem que isso provoque prejuízos e nem expulse ninguém do meio rural.


 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.