Panorama
 
 
 

ENERGIAS LIMPAS UMA SAÍDA SUSTENTÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2009

25/08/2009 - O Secretário Estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, abriu, em 25.08, o 5º Seminário - Geração de Energia e Desenvolvimento Sustentável, realizado pela Fundação Mafre, evento que teve como foco o debate sobre a atual situação da sustentabilidade, as perspectivas do licenciamento ambiental das fontes alternativas de energia, a vocação do Brasil para aproveitamento de energia limpa, bem como operações de crédito de carbono.

Em sua palestra, Graziano ressaltou que "o desenvolvimento sustentável tornou-se uma unanimidade estranha, pois todos concordam no discurso, mas ninguém sabe o que é na prática" e complementou que "muitos dos que dizem defender a sustentabilidade são, na verdade, preservacionistas, enquanto outros ainda defendem a continuidade do mesmo modelo de desenvolvimento da década passada".

Para o Secretário, "a economia do futuro será bem diferente da atual. Todos sabem qual será seu rumo, porém como fazer é o grande dilema". Para exemplificar essa questão, Graziano citou o caso do Porto de Santos, que "o Estado sabe que precisa ser ampliado, mas que os ecologistas se opõem pela necessidade de ocupação, para obras de ampliação, de áreas de mangue" e conclui que "a grande e difícil questão é como fazer a obra, de forma a, simultaneamente, garantir a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento portuário".

Ao final de sua fala, Gaziano colocou uma questão: "O mercado será sozinho capaz de fazer as mudanças que são necessárias para o desenvolvimento sustentável ou o Estado terá que impulsioná-las?" Em seguida ele mesmo respondeu dizendo que, em sua opinião, "o Poder Público terá papel fundamental no apoio a energias renováveis, começando pelo etanol e podendo incentivar outras matrizes".

O Secretário Adjunto de Saneamento e Energia, Ricardo Toledo Silva, presente ao encontro, afirmou ser comum a "polarização entre o ambientalismo a qualquer custo e o desenvolvimentismo a qualquer preço" e que o grande objetivo é "conciliar as duas filosofias". Ricardo Toledo disse que a geração de energia tradicional ainda é mais barata que as alternativas e observou que o Estado deve agir para que essa lógica mude, tanto com o apoio de novas tecnologias como com incentivos à produção energética. Para isso, ele ressaltou o aproveitamento do bagaço da cana e o mapeamento do potencial eólico e solar como medidas importantes.
Texto: Júlio Vieira

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Encontro debate o balanço de CO2 em reservatórios

25/08/2009 - Desde 1850, quando as primeiras medições de temperatura foram registradas, nenhum período foi mais quente do que entre 1995 e 2006, segundo o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC, na sigla em inglês. Algumas previsões científicas apontam o aumento de 4ºC nos próximo 100 anos, e como conseqüência disso teríamos o aumento do nível dos oceanos, o derretimento das geleiras e o acréscimo da freqüência e intensidade de fenômenos climáticos extremos, como furacões.

Para reverter este quadro, ou mesmo minimizá-lo, cientistas de todo o mundo estudam e discutem cada vez mais como as ações humanas influenciam a dinâmica climática. Um consenso entre os especialistas é a necessidade mundial de se reduzir as emissões dos gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono. Contudo, antes de reduzir é preciso saber que atividades emitem esses gases e em quais quantidades. Esse levantamento é denominado inventário de emissões, que pode ser elaborado por governos locais, regionais e nacionais, e ainda por empresas e entidades que caminhem no rumo da sustentabilidade.

O Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa do Estado de São Paulo, que contabiliza as emissões no período de 11000 a 2008 dos setores de processos industriais, agrícolas, de pecuária, de energia, mudança no uso da terra e florestas, resíduos e efluentes, está em elaboração por especialistas da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB – órgão vinculado à Secretária Estadual do Meio Ambiente.

Em 13.08, o secretariado executivo do Programa Estadual de Mudanças Climáticas – Proclima organizou uma reunião técnica para debater o balanço de CO2 em reservatórios.

Os participantes assistiram às apresentações de Mauro Meirelles, do Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT, a respeito das emissões das hidrelétricas e o inventário nacional de gases de efeito estufa, do pesquisador Bohdan Matvienko, professor aposentado da Universidade de São Paulo – USP, que comentou como é o balanço de CO2 em reservatórios.

Meirelles fez um pequeno histórico das convenções do clima e apontou como as emissões de gases pelas hidrelétricas estão contabilizadas no inventário nacional. “As estimativas de CO2 provenientes de biomassa alagada em reservatório estão contabilizadas no inventário nacional dentro da estimativa de emissões de conversão de florestas, portanto, não podem ser incluídas novamente como emissões de hidrelétricas”, esclareceu.

Para Matvienko, o objetivo inicial dos balanços de carbono nos reservatórios brasileiros era avaliar como a instalação de reservatórios altera a emissão de gases de efeito estufa e comparou os dados existentes com o mercado financeiro. “Se os bancos soubessem de dinheiro como nós sabemos de carbono, já teriam falido. O carbono faz parte da vida, por isso precisamos saber onde tem carbono, como ele se comporta e altera o ambiente”, declarou.

De acordo com a secretária executiva do Proclima, Josilene Ferrer, a emissão de CO2 por reservatórios é um aspecto que precisa ser estudado. “Reunimos especialistas para debater o tema, que é bastante complexo, como parte do projeto do inventário do estado de São Paulo”, ressaltou.

A reunião técnica contou com o apoio do Departamento de Cooperação Internacional da CETESB e da embaixada britânica.
Texto: Valéria Duarte

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Crianças ecológicas comemoram o aniversário da cidade de Araraquara

21/08/2009 - O município de Araraquara, ao completar 192 anos, está ganhando como presente as crianças ecológicas. No dia 20.08, a cidade não só comemorou a posse do seu primeiro secretário municipal de meio ambiente, Genê Catanozi, como recebeu a visita do secretário estadual Xico Graziano e da Turma do Criança Ecológica.

O evento aconteceu no Teatro Municipal, onde o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri, e Graziano assinaram o Termo de Compromisso entre a Prefeitura e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, de cooperação institucional, visando a implantação do Programa Criança Ecológica na rede municipal de ensino.

O secretário Xico Graziano entregou a Barbieri o CD do livro do programa, que terá cópias impressas pela própria prefeitura, que as distribuirá aos alunos das escolas públicas de Araraquara. Graziano elogiou recentes iniciativas ambientais executadas pelo executivo municipal, dando como exemplo a recuperação do Córrego do Tanquinho, área degradada, onde já foram plantadas 15 mil mudas de árvores nativas, de um total de 27 mil previstas, além da busca de solução imediata, pelo prefeito, para a desativação do lixão municipal.

Barbieri, por sua vez, lembrou que todos os esforços que vêm sendo realizados, como a criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visam levar Araraquara a conquistar a posição de Município Verde Azul, do projeto ambiental estratégico do Governo do Estado. Ele creditou ao secretário Graziano parte dos méritos pelas soluções encontradas para o Contorno Ferroviário da cidade, obra que está envolvendo o plantio de 53 mil árvores, nos locais de passagem dos trilhos.

Na mesa da solenidade no Teatro Municipal, se encontravam também outras autoridades municipais e da região, como o secretário de Governo, Orlando Megati Filho, de Educação, Antonio Martins, o presidente da Câmara Municipal, Ronaldo Napeloso e o deputado estadual Roberto Massafera, além da coordenadora de Educação Ambiental da SMA, Maria de Lourdes Rocha Freire.

No auditório, ao lado de outras autoridades municipais, vereadores e professores da rede municipal, cerca de 200 alunos do Programa de Educação Complementar de Araraquara ouviram atentos os discursos e se encheram de alegria ao assistir a apresentação do vídeo da Turma Criança Ecológica, e mais ainda quando os próprios personagens, ao vivo, apareceram no palco do teatro e após serem apresentados, desceram para a platéia e dançaram e cantaram junto com as crianças o Hino da Criança Ecológica.

Thalia, de 8 anos de idade, que cursa a 2a. Série na escola Jardim Pinheiros, se mostrava encantada com a personagem Frida Flor e disse que separa garrafas de plástico e caixas de leite da casa dela para a coleta seletiva. Já Michael, de 10 anos, estudante da 4a. Série, também do Jardim Pinheiros, falou que gostou muito da Turma da Criança Ecológica e que agora vai cuidar ainda mais do meio ambiente, como já vem fazendo: “Eles ensinam bem as crianças a cuidar da natureza”.
Texto: Mário Senaga

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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