Brasília (04/09/2009) –
A fiscalização do Ibama em União
da Vitória-PR, apreendeu no início
da semana 12m³ de imbuia (Ocotea porosa) em
toras, que eram transportadas de forma dissimulada,
como se fosse outro tipo de carga. A espécie,
que tem o comércio
proibido, estava sendo transportada de Porto Vitória
para Curitiba. O caminhão e a madeira foram
apreendidos e o responsável pela carga autuado
em R$3.900,00.
O transportador havia feito uma
armação de madeira sobre as toras
para que parecesse uma carga quadrada, numa clara
tentativa de burlar a fiscalização.
A Imbuia é uma espécie de alta qualidade,
utilizada para fazer laminas faqueadas, muito valorizada
no mercado.
O superintendente do Ibama no
Paraná, José Álvaro Carneiro,
destaca que esta apreensão “é continuidade
da operação de proteção
à floresta ombrófila mista que está
sendo desenvolvida no estado, onde a imbuia é
uma espécie que ocorre em associação
com o pinheiro do Paraná”.
A espécie está ameaçada
de extinção. Pela Lei da Mata Atlântica
e outras legislações, está
fora do comércio, podendo apenas ser utilizada
sem finalidade comercial direta ou indireta, isto
é, somente para uso na propriedade, mediante
autorização do órgão
competente.
O analista ambiental do Ibama
Helio Sydol, conta que “no caso, há esta
autorização, mas a madeira foi vendida
e era transportada sem Documento de Origem Florestal,
além disso, há agravante, pois a carga
estava dissimulada.” Além da multa e da apreensão
do caminhão e da madeira, o responsável
pela carga sofrerá processo na Justiça
pelo crime ambiental.
Christian Dietrich
Ascom IBAMA
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Ibama resgata tamanduá-mirim
em área urbana de Marabá, no Pará
Marabá (08/09/2009) – O
resgate de um tamanduá-mirim fêmea
nesta sexta-feira (4/9) chamou a atenção
dos moradores do bairro Folha 18, em plena área
urbana de Marabá, no sudeste do Pará.
Desde o dia anterior empoleirada no alto de uma
macaúba, um tipo de palmeira com tronco espinhoso
que alcança até 15 metros de altura,
ela deu trabalho aos bombeiros. Por uma hora, foi
quase pega e escapou três vezes, sempre sob
os gritos da criançada que se juntou no local.
Finalmente, a fêmea do tamanduá acabou
capturada e, mais tarde, libertada numa floresta
preservada, a 10 km do centro da cidade.
A analista ambiental Christina
Whiteman, médica veterinária do Núcleo
de Fauna da Gerência Executiva do Ibama em
Marabá, que coordenou o resgate, acredita
que o bichol abandonou o fragmento de mata onde
vivia, perto dos fundos da casa de um pescador.
“Como ali o ambiente está muito degradado,
o animal certamente se aproximou das residências
em busca de alimento, como cupins, abelhas e formigas”,
explicou.
Ao avistar o tamanduá no
alto da palmeira, crianças passaram a tentar
acertá-lo com pedras. Um morador denunciou
a situação ao Ibama. De acordo com
a Lei dos Crimes Ambientais, a pena por ferir qualquer
animal, silvestre ou doméstico, é
de até um ano de detenção,
além de multa que chega a R$ 3 mil por bicho
maltratado. Examinada pela veterinária do
Ibama, a fêmea do tamanduá não
estava machucada e pôde voltar à floresta
imediatamente.
Nelson Feitosa
Ascom Ibama/Marabá
Fotos: Nelson Feitosa