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MPF DENUNCIA PETROBRAS POR DANOS AMBIENTAIS QUE PREJUDICAM PESCADORES NA BAÍA DE GUANABARA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2009

23 de Setembro de 2009 - Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Os danos ambientais que atingiram uma colônia de pescadores na Baía de Guanabara, causados pela colocação de dutos de gás e a construção de terminais pela Petrobras no local, motivaram o Ministério Público Federal (MPF) a propor uma ação civil pública contra a estatal.

Na ação, o procurador da República Lauro Coelho Júnior pediu uma indenização de R$ 1.395,00, pelo prazo de 18 meses, a cada uma das 96 famílias de pescadores do município de Magé. O total da ação é de R$ 2,4 milhões e objetiva a reparação pelos danos morais coletivos causados aos pescadores artesanais.

“Queremos que os pescadores sejam indenizados pelos prejuízos causados pela vedação da pesca na Praia de Mauá, em Magé. Esse impacto ambiental, pelas obras de colocação de dutos submarinos, impede que os pescadores trabalhem”, disse Coelho Júnior.

Segundo o procurador, apesar do impacto ter sido previsto no licenciamento ambiental, não foi proposta nenhuma indenização pelo prejuízo causado aos pescadores. Pelo mesmo motivo, também foi arrolado na ação o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por ter concedido a licença ambiental para a Petrobras sem estabelecer a obrigação de reparação pelos danos. Como operadoras das obras, foram ainda incluídas na ação as empresas GDK e Oceânica, que formam o consórcio GLP Submarino.

O início das obras representou um desastre para a atividade pesqueira da colônia em Magé, segundo o presidente da Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar), Alexandre Anderson Souza.

“Estão causando prejuízo e inviabilizando a pesca na região, pois a obra causa impactos irreversíveis. De início, nos impedem de pescar na nossa área de atividade, pois utilizam muitas embarcações de apoio e impossibilitam o acesso de nossos barcos, que precisam fazer contornos de até 2 quilômetros para chegar ao local”, afirmou o pescador.

Alexandre denunciou ainda que a quantidade de pescado diminuiu em até 70%, prejudicando o sustento das famílias. Os motivos seriam os trabalhos de dragagem próximo ao manguezal, que causam revolvimento do lodo, além do movimento intenso de grandes embarcações. Tudo isso, segundo ele, acaba afugentando os peixes.

“O que nós não entendemos é como a Petrobras e essas grandes empresas geram os danos e não nos dão nenhuma alternativa. Causam o dano e nos tiram de nossa atividade”, disse.“Queremos que a Petrobras exerça a tal responsabilidade socioambiental, que tanto coloca na mídia, e nos dê alternativa a fim de garantirmos o sustento para o nosso lar, pagarmos nossas contas e trazermos os alimentos para nossos filhos”, completou.

A Petrobras respondeu, por meio da assessoria de imprensa, que não foi citada judicialmente e que desconhecia os termos da ação.

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Baía de Guanabara ganha reforço para preservação do meio ambiente

29 de Setembro de 2009 - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Porto do Rio de Janeiro ganhou hoje (28) um Centro de Atendimento a Emergências (CAE). A nova unidade, localizada entre os armazéns 14 e 15, prestará atendimento emergencial em caso de acidentes que arrendatários ou operadores portuários não tenham condições de enfrentar.

Segundo o superintendente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Sérgio Mattos, o centro servirá também de apoio ao Plano de Emergência da Baía de Guanabara, criado pelo governo do estado há quase 20 anos, numa associação com várias empresas, para solucionar problemas causados pelo derramamento de óleo na baía.

“Antes cada empresa dentro do porto combatia os acidentes ambientais de forma isolada. O que estamos fazendo é reunir os recursos, juntar forças, para assim solucionar possíveis derramamentos de forma mais ágil e eficaz”, afirmou Mattos.

Ele informou que o centro de atendimento dispõe de todos os equipamentos necessários à prevenção e ao controle de acidentes ambientais, como barcos, barreiras de contenção e de absorção e equipamentos de comunicação, entre outros.

A instalação do centro cumpre determinação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e atende a Lei nº 9966/00 e a Resolução 398 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

A poluição das águas por acidentes marítimos tem diversos efeitos nocivos a longo prazo, entre os quais a destruição de pássaros marinhos, a morte de peixes e moluscos e prejuízos às empresas envolvidas e à economia da região. De acordo com o Inea, a empresa que causar danos ao meio ambiente por derrame de substâncias perigosas pode pagar multa de até R$ 50 milhões.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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