Brasília (19/10/09) – Uma
equipe da Estação Ecológica
(Esec) Serra Geral do Tocantins, do Instituto Chico
Mendes, acompanhou, entre os dias 10 e 12 de outubro,
os pesquisadores da Naturatins (órgão
estadual do Meio Ambiente do Tocantins), Marcelo
Barbosa, e o professor da Universidade Federal do
Tocantins, Renato Pinheiro, em expedição
ao rio Novo. O objetivo era encontrar indivíduos
da espécie pato mergulhão (Mergus
octosetaceus).
Ao atravessarem cachoeiras e corredeiras
do rio, sob a orientação do guia turístico
e instrutor de rafting Valtécio Carvalho,
a expedição detectou a presença
de três casais e dois indivíduos da
espécie, isolados dentro dos limites da Estação.
O Pato Mergulhão é
uma espécie criticamente ameaçada
de extinção, que já ocorreu
em toda América do Sul e Central. Hoje ele
só pode ser encontrado no Brasil, Paraguai
e Argentina, sendo que 250 indivíduos estão
espalhados em todo o território nacional,
o que apresenta o maior número de indivíduos
da espécie.
Mesmo em uma de suas etapas iniciais,
como projeto de pesquisa, o trabalho pioneiro dos
pesquisadores Marcelo Barbosa e Renato Pinheiro
pode levar ao aumento dessas estimativas. A expectativa
dos pesquisadores é de que sejam encontrados
novos exemplares dentro da Unidade de Conservação
nas expedições futuras.
Ascom/ICMBio
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Brasil, Nicarágua e Costa
Rica trocam experiência sobre a tartaruga
Oliva
Izabela Ribeiro - Brasília
(14/10/09) - A coordenadora técnica do Tamar
em Sergipe e bióloga Jaqueline de Castilhos
está em viagem de intercâmbio à
Nicarágua e Costa Rica. O objetivo é
a troca de conhecimento e experiência com
pesquisadores desses países sobre o trabalho
de conservação e manejo da tartaruga
da espécie oliva ( Lepidochelys olivacea),
predominante no litoral sergipano.
A bióloga acompanha também
as arribadas - comportamento reprodutivo, em que
centenas de tartarugas sobem à praia ao mesmo
tempo para desovar. Além de Costa Rica e
Nicarágua, este fenômeno (que não
ocorre no Brasil) é registrado também
nas praias do México e da Índia. Jaqueline
de Castilhos também tem feito apresentações
para ambientalistas latino-americanos sobre o trabalho
do Tamar nesses 30 anos.
Ascom/ICMBio
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Plano prevê investimentos
de R$ 8,5 milhões em dez anos no parque dos
Lençóis Maranhenses
Elmano Augusto - São Luís
(06/10/2009) – O Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) vai investir R$ 8,5 milhões
durante dez anos na estruturação e
manutenção do Parque Nacional dos
Lençóis Maranhenses. Parte dos recursos
– R$ 4,2 milhões – é fruto de uma
doação da MPX Energia, empresa do
grupo EBX. O plano estratégico de conservação
da unidade, que define o emprego da verba em suas
várias etapas, foi apresentado na segunda-feira
(5) à noite durante evento no Hotel Pestana,
na capital maranhense.
Coube ao diretor de Proteção
Integral do ICMBio, Ricardo Soavinsky, fazer uma
exposição técnica do plano
para uma plateia formada por dirigentes do governo
estadual e municipal, servidores das unidades do
Instituto Chico Mendes no estado, diretores da MPX
e do grupo EBX e representantes da sociedade civil
maranhense.
Soavinski explicou que, de imediato,
será aplicado R$1,8 milhão em obras
estruturais, como a construção da
nova sede administrativa do parque e do centro de
visitantes e na aquisição de carros
e outros equipamentos necessários à
fiscalização. O restante será
repassado em parcelas mensais ao longo de uma década
para garantir as atividades de manutenção
da unidade.
Ele exibiu num telão fotos
que revelam problemas de infraestrutura no parque,
como pontes quebradas, sinalização
precária, carros em péssimo estado
de conservação, e listou, em seguida,
os projetos previstos para mudar essa realidade
o mais rápido possível. Em uma das
imagens, aparece o terreno onde ficará a
sede administrativa e o centro de visitantes, que
já tem, inclusive, projeto arquitetônico
pronto.
Segundo o diretor, desde o final
do ano passado, quando o ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, e o presidente da EBX, Eike Batista,
assinaram o termo de compromisso operacional e financeiro
que regulariza a doação ao parque
já foram aplicados cerca de R$ 200 mil. O
dinheiro foi empregado na aquisição
de duas caminhonetes Hilux 4x4 (uma delas exibida
no local do evento), equipamento da central telefônica,
ventiladores, capas de chuva, lanternas, cintas
de reboque para carros e pás, além
de móveis e materiais para o alojamento no
povoado de Apins.
Com relação ao próximo
repasse de recursos, o parque já tem planos
para a compra de uma embarcação (barco
flexboat), dois quadriciclos, uma voadeira de alumínio
para seis pessoas e sistema de GPS, além
da estruturação de trilhas interpretativas
e de pontes de acesso aos atrativos turísticos.
No seu discurso, o presidente
do ICMBio, Rômulo Mello, disse que, no pouco
tempo de funcionamento, o Instituto já formou
várias parcerias com instituições
públicas e privadas em todo o país,
mas ressaltou que a iniciativa da MPX, de fazer
a doação direta e a fundo perdido,
de forma voluntária, é pioneira e
emblemática. “A empresa está mostrando
que tem realmente responsabilidade ambiental. É
preciso que todos atentem para a grandeza desse
exemplo e o sigam”, enfatizou.
Antes, o diretor de Meio Ambiente
e Novos Negócios da MPX, Paulo Monteiro,
já havia dito que o apoio à conservação
dos Lençóis Maranhenses está
alinhado aos princípios de sustentabilidade
adotados pela MPX. “Além da aplicação
obrigatória de recursos previstos no processo
de licenciamento ambiental, é uma vocação
do grupo investir em projetos relevantes para a
preservação do meio ambiente que realmente
façam a diferença em nosso país”,
disse Monteiro.
Ascom/ICMBio