(27/10/2009) Ações
do documento O pesquisador da Embrapa Soja, César
de Castro, irá representar a Embrapa no painel
sobre produção agrícola promovido
na quarta-feira( 28), às 14h30, pela Comissão
de Serviços de InfraEstrutura do Senado.
Esta será a terceira reunião
de um grupo de trabalho criado pelo Senado Federal
para debater e elaborar proposta de um Marco Regulatório
dos Biocombustíveis no Brasil. Além
de representantes da Embrapa e do Ministério
da Agricultura, participam os senadores Inácio
Arruda(PC do B/CE), coordenador do Grupo de Trabalho,
Gilberto Goellner(DEM/MT) e Delcídio Amaral(PT/MS).
A Embrapa lidera um projeto de
pesquisa que conta com a participação
de 16 unidades de pesquisa e 20 outras instituições
de pesquisa e ensino. O projeto coordenado pelo
pesquisador César de Castro busca desenvolver
tecnologias para obtenção de matérias
primas e para o processamento de biocombustíveis
e aproveitamento de co-produtos, analisando os impactos
ambientais, sociais e econômicos decorrentes
da produção de soja, girassol, canola,
mamona e dendê.
Atualmente, o Brasil demanda aproximadamente
1,7 bilhão de litros de biodiesel, como B4.
De acordo com Castro, a soja atende por aproximadamente
80% desta demanda, a gordura animal 16% e as outras
oleaginosas respondem por apenas 4% pela necessidade
de óleo. “Percebemos que o grande gargalo
na cadeia de biodiesel hoje no Brasil está
centrado na cadeia de produção das
oleaginosas. A Embrapa, por intermédio de
diversas equipes de pesquisa, tem trabalhado para
encontrar soluções para este entrave”,
avalia Castro.
Segundo ele, a soja tem um pacote
tecnológico bem estruturado e grande dispersão
geográfica, o que garante produção
em larga escala, mas as outras culturas carecem
de tecnologias que atendam às características
regionais. “Além desta deficiência,
temos dificuldades para transferir as tecnologias
existentes, principalmente nas regiões com
menor tradição agrícola”, avalia.
Castro espera, com esta apresentação,
contribuir com a estruturação da proposta
para o Marco Regulatório dos Biocombustíveis
no Brasil.
Lebna Landgraf
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Pesquisador participa de painel
sobre biocombustíveis no Senado
(30/10/2009) Especialistas da
Embrapa e do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento participaram na quarta-feira ( 28)
de painel na Comissão de Serviços
de InfraEstrutura do Senado. Na Comissão
foi formado um grupo de trabalho, coordenado pelo
senador Inácio Arruda (PC do B/CE), e com
a participação do senador Gilberto
Goellner (DEM/MT) para elaborar o Marco Regulatório
dos Biocombustíveis. Dentre os desafios enfatizados
pelos participantes estão à falta
de padronização, a alta carga tributária,
o excesso de barreiras comerciais para a exportação
e a transferência de tecnologia.
Produção agrícola
foi o enfoque da apresentação do pesquisador
da Embrapa Soja, César Castro. Ele expôs
a situação mundial da produção
de óleo para atender o biodiesel. Atualmente,
em torno de 80 % desta produção é
oriunda da soja. O pesquisador ressaltou que a empresa
está desenvolvendo pesquisa para a obtenção
e processamento de matérias-primas para os
biocombustíveis, além do aproveitamento
dos co-produtos, analisando os impactos ambientais,
sociais e econômicos decorrentes da produção
de soja, girassol, canola, mamona e dendê.
Participam deste trabalho 16 unidades da Embrapa
e outras 20 instituições de pesquisa
e ensino.
Castro destacou a cultura do dendê
por ter excelente potencial de produção
de óleo por hectare e o Brasil possui a maior
área mundial potencial adequada para produção.
Os trabalhos de pesquisa com o girassol foi outro
ponto enfatizado. Nas pesquisas conduzidas pela
Embrapa Roraima, o tempo de produção
diminuiu 40 dias, e a torta por não ser tóxica,
está sendo testada na Embrapa Suínos
e Aves. O aproveitamento das tortas e das fibras
das oleaginosas é uma das ações
do projeto.
Os resultados destes trabalhos
estão descritos em dois livros que em breve
estará a disposição da sociedade.
Estudos das cadeias produtivas dos biocombustíveis
e os gargalos e a prospecção de cadeias
e de cenários serão os temas das duas
publicações. Na ocasião, Inácio
Arruda convidou a Embrapa para fazer os lançamentos
no Senado.
O representante o Ministério,
Cid Caldas foi enfático em dizer que não
se pode tratar apenas do produto final. O Mapa entende
que toda a cadeia produtiva deve ser considerada,
como a pesquisa e os impactos ambientais e sociais,
devem ser levados, entre outros aspectos. Com relação
ao etanol, Caldas falando da produção
de cana-de-açúcar e da co-geração
de energia a partir do bagaço.
O Senador Gilberto Goellner (DEM/MT)
reforçou a produção dos biocombustíveis
regionalmente visando baratear os custos de utilização,
além de produzir motores específicos
para cada matéria prima. E, com o B5, que
entrará em vigor em janeiro de 2010, haverá
um maior incentivo por parte do Governo na produção
das oleaginosas também na agricultura familiar.
Entre as culturas, Goellner enfatizou o dendê
e o pinhão manso. Lembrando que o pinhão
manso necessita de pesquisa para a produção
e a destoxificação da torta, que estão
sendo coordenadas pela Embrapa Agroenergia.
Durante o mês de novembro,
outras instituições irão expor
sobre o tema. Os próximos painéis
acontecerão nos dias 11 e 25 de novembro
e no dia 09 de dezembro. Todo o material está
disponível no site do Senado para consulta
pública.
Daniela Garcia Collares
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B5: Governo Federal antecipa percentual
do biodiesel
(26/10/2009) O Presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, assinou na sexta-feira
(23) a antecipação do percentual de
5% da mistura obrigatória de biodiesel ao
óleo diesel, para janeiro de 2010. Estavam
presentes na solenidade de assinatura de Resolução
do Conselho Nacional de Política Energética
– CNPE aconteceu, em Brasília, na sala de
audiências no Centro Cultura do Banco do Brasil,
representantes de Ministérios, entre eles
a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, Ministro
de Estado de Minas e Energia, Edison Lobão
e o Ministro do Desenvolvimento Agrário,
Guilherme Cassel, além de representantes
de instituições públicas e
privadas, entre elas a Embrapa.
Em todos os pronunciamentos, inclusive
o do Presidente Lula, a Embrapa foi referenciada
como suporte técnico-científico para
o B5, o que reflete maior responsabilidade institucional.
O representante das empresas de biocombustíveis,
Odacir Klein, ressaltou a importância das
pesquisas para que a matriz energética.Para
a produção do B4, a necessidade de
biodiesel é de cerca de 2 bilhões
de litros ao ano, enquanto o B5 é de 2,5
bilhões de litros. Este ato é um marco
regulatório e indutor de atividade econômica.
Com isso, há uma maior demanda por matérias
primas.
“Isso significa uma maior economia
de óleo diesel mineral”, reforça o
Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães,
que representou a empresa na solenidade. Assim,
o Brasil amplia a responsabilidade da “agenda verde”
com combustíveis renováveis e mesmo
descobrindo novas reservas de petróleo no
“Pré-sal” assume o compromisso de avançar
na agenda de energia renovável com base na
biomassa.
Daniela Garcia Collares