27/11/2009 - Melissa Silva - Para
aproveitar o poder de persuasão das mídias
sociais como forte estratégia de comunicação,
o Ministério do Meio
Ambiente (MMA) tem investido na interatividade das
ferramentas de web, como Youtube e Twitter, para
divulgar suas ações institucionais
e, com o discurso descontraído, chamar atenção
do internauta para as questões ambientais.
Isso vem acontecendo com a campanha
"Saco é um Saco" do MMA que, desde
o seu lançamento em junho, trabalha com ações
pela internet de conscientização do
cidadão brasileiro para reduzir o consumo
de sacolas plásticas, por meio do blog www.mma.gov.br/sacolasplasticas.
Em outubro, para potencializar o esforço,
o Ministério lançou a estratégia
maciça de internet da campanha, com hotsite,
canal no YouTube, perfil e comunidade no Orkut,
perfil no Twitter e Quiz para difundir ainda mais
o conceito do consumo consciente entre os internautas,
visando a conservação do meio ambiente.
A campanha destaca que além de recusar sempre
que possível o uso de sacolas plásticas
é preciso reduzir a quantidade de sacolas
que usamos diariamente, reaproveitar para o descarte
de lixo, por exemplo, e ainda reciclar.
A iniciativa proporcionou uma
reação em cadeia e a campanha conquistou
espaço de divulgação voluntário
e espontâneo nessas mídias sociais,
passando, até a segunda quinzena de novembro,
a ser tema de post em 68 blogs; ter 62 membros na
comunidade do Orkut, comentários em outras
73 e 103 amigos no perfil que tem uma média
de 30 acessos diários; conquistar 333 seguidores
e receber 300 mensagens no Twitter; além
de alcançar 133 participações
no Quiz. Sem esquecer o canal do Youtube que já
foi exibido 297 vezes no período de um mês
e o vídeo da campanha que já foi visualizado
mais 107,5 mil vezes.
Participe você também.
Acesse os canais sociais da campanha e decida definitivamente
que "Saco é um Saco. Pra Cidade, Pro
Planeta, Pro Fututo e Pra Você".
Hotsite - www.sacoeumsaco.com.br
YouTube - www.youtube.com/sacoeumsaco
Orkut - www.orkut.com/sacoeumsaco
Twitter - http://twitter.com/sacoeumsaco
+ Mais
Brasil e Inglaterra vão
combater contrabando de lixo químico
18/11/2009 - Paulenir Constâncio
- Após reunião com o secretário
de Estado para o Meio Ambiente, Alimentação
e Assuntos Rurais do Reino Unido, Hilary Benn, nesta
quarta-feira (18/11), em Brasília, o ministro
do Meio Ambiente Carlos Minc informou que o Brasil
e a Inglaterra vão se unir para traçar
"uma ofensiva contra o tráfico de lixo
químico e lixo hospitalar e até o
lixo doméstico". E, ainda, que o governo
inglês vai apoiar o brasileiro nas negociações
para adotar o Acesso e Repartição
de Benefícios pelo uso da Biodiversidade
(ABS), na Convenção das Nações
Unidas sobre Biodiversidade (COP-10), em outubro,
no Japão, que garantirá recursos para
os países megadiversos pelo uso de seu patrimônio
natural.
Ficou acertada a elaboração
de agenda de entendimentos com os países
signatários da Convenção de
Basileia, que trata da destinação
do lixo, tóxico ou não, para que sejam
criadas normas rígidas no sentido de coibir
a ação de empresas na exportação
do lixo e criar mecanismos de punição
para quem contrabandeia o lixo.
Já quanto ao uso da biodiversidade,
os dois países deverão defender na
Convenção sobre Biodiversidade em
Nagoya, no Japão, posição firme
para que se adote o ABS, que representa a possibilidade
de o Brasil receber recursos pelos produtos originados
da exploração da biodiversidade do
país, da flora e da fauna e seus produtos.
Mobilização - No
encontro, do qual participaram as secretárias
do MMA de Mudanças Climáticas, Suzana
Kahn, e a de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecilia
Wey, além de membros da equipe do secretário
de Estado britânico, Minc anunciou, ainda,
"uma parceria forte" para se contrapor
às posições que possam levar
à COP-15, Conferência do Clima, a um
fracasso. Será uma forma de pressionar os
países desenvolvidos a apresentarem números
concretos na reunião que acontecerá
entre os dias 6 e 14 de dezembro, na Dinamarca.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, pediu uma mobilização de ambientalistas,
parlamentos e da opinião pública em
todo o mundo para "lutar contra o baixo astral
que tomou conta da reunião de Copenhague"
depois das declarações de Barack Obama,
presidente dos Estados Unidos, Hu Jintao, da China,
de adiarem o anúncio de números significativos
de redução de emissões de seus
países. Ele elogiou o anúncio de metas
pela Indonésia e Coreia do Sul e propôs
a criação de um "placar"
com os países que já apresentaram
seus compromissos para a COP 15.
Minc disse que a reação
às declarações já foram
muito fortes e vão continuar ganhando espaço
no mundo inteiro, o que fez com que os líderes
dos dois países decidissem que haverá
números de redução. Lembrou
que tanto ele como o presidente Lula e a ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff fizeram declarações
fortes contra o anúncio. Mesmo assim, avaliou
que as mudanças de posição
dos chefes de estado ainda são tímidas
e insuficientes por parte dos dois governantes.
Para o ministro, eles "já
ficaram muito incomodados" com as críticas
da opinião pública mundial. A mídia
no mundo inteiro está mobilizada e os dirigentes
dos dois países sabem o preço que
vão ter que pagar pôr suas posições,
avaliou.
A reação mundial,
que para ele até aqui foi espontânea
e não organizada, já teve um bom efeito.
"Queremos fazer uma coisa mais organizada,
estimulando diretamente governos, parlamentos e
opinião pública", disse. Para
ele, é importante divulgar, incentivar e
apoiar os países que, como o Brasil, já
colocaram seus números de redução
de gases estufa na mesa, mesmo que não tão
ousados como o compromisso brasileiro. A mobilização
incluiria votos de aplausos nos parlamentos, nos
fóruns ambientalistas, criando uma grande
corrente para reverter o impasse que se desenha
para a COP-15. Ele propõe uma "torcida,
como se fosse numa Copa do Mundo, para irradiar
uma corrente positiva com base em exemplos concretos,
reconhecendo e elogiando os países e suas
populações pelas metas assumidas",
completa.