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AUDIÊNCIA DA USINA BELO MONTE É ESVAZIADA COM AUSÊNCIAS DO GOVERNO E IRRITA XINGUANOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

Posted on 01 December 2009 - Por Gadelha Neto - A ausência dos principais órgãos do Governo Federal durante a audiência pública realizada agora à tarde na Procuradoria Geral da República sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, causou protestos por parte de centenas de representantes de habitantes do Xingu, entre indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares.

Lideranças indígenas mais inflamadas chegaram a dizer que não voltariam mais a Brasília para negociar. “Vamos esperar os construtores no rio. O Xingu vai virar um rio de sangue”, ameaçou Marcus Txucuru.

Os poucos representantes do governo – um funcionário da presidência da República, Paulo Maurus, um representante do BNDES, André Rondon, e José Carlos, do Instituto Chico Mendes, da área de Espeleologia – nada tinham, nessa altura do processo, a responder ou acrescentar.

Os habitantes do Xingu tinham em mãos um estudo encomendado pelas entidades locais a um grupo de especialistas sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) contratado pelo governo e que apresentou diversas incongruências que podem levar o ministério público a abrir uma ação civil, paralisando o processo até que estes pontos sejam esclarecidos.

Francisco Hernandes, pesquisador do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, um dos organizadores do painel de especialistas, formado por iniciativa dos movimentos sociais de Altamira (PA) para estudar o EIA, acredita que houve duas omissões que ele classifica como as “mais severas e gritantes”.

Uma delas, segundo o especialista, é a descaracterização da área diretamente atingida pelo empreendimento. “A usina de Belo Monte simultaneamente alaga e deixa vazão reduzida em três quartos da Volta Grande do Xingu, onde existem populações ribeirinhas e terras indígenas que se servem muito do rio para construir seu modo de vida. Essa região não é considerada (pelo estudo) diretamente atingida e, portanto, não teriam direito a indenização nem estão no cômputo da população diretamente atingida”, explica Hernandes.

O estudo acusa, ainda, uma subdimensão da população urbana e rural atingida, segundo o especialista. Ele explica que o EIA considera a população por domicílio em 3,14 pessoas por domicílio enquanto os estudos consagrados sobre a região apontam de 5 a 7 pessoas por domicílio.

Paralisação -- O “estudo do estudo” foi encaminhado ao Ibama e ao Ministério Público e ainda não foi respondido pelo Instituto. O Ministério Público avisou que já está estudando detalhadamente o documento e que pode entrar com ação contra o processo de licenciamento se forem constatadas as imprecisões apontadas.

“O Ministério Público pode entrar com uma Ação Civil Pública, tendo em vista imprecisões no EIA e também quanto à questão do licenciamento prévio, que ainda não saiu e que nós vamos exigir que esteja de acordo com a legislação e que traga todos os pormenores e estudos relacionados tanto à questão ambiental quanto à social”, alertou o procurador geral da República em Altamira, Rodrigo Timóteo.
Amanhã (2/12), o grupo xinguano participa de Audiência Pública com a Comissão de Direitos Humanos do Senado, às 9h.

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Um Globo do Povo em Copenhague

Posted on 06 December 2009 - Sydney, Austrália - Uma mensagem para os líderes mundiais sobre a urgência de ações decisivas para enfrentar as mudanças climáticas. Essa mensagem tem o formato de um Globo do Povo. Trata-se de uma esfera prateada e brilhante que mede 20 cm e contém um mosaico de 350 gigabytes, composto de histórias, vozes, imagens e ações referentes às mudanças climáticas, que foram recolhidos em todo o mundo.

Essa iniciativa da Hora do Planeta WWF obteve a adesão de todas as grandes campanhas climáticas comunitárias. O globo foi descerrado em Sydney pelos primeiros guardiões conjuntos honorários: o prefeito de Sydney, o parlamentar Clover Moore, e a “Garota do Clima” Parrys Raines, de 14 anos de idade.

O Globo do Povo será apresentado a um representante das lideranças mundiais durante a Hora do Planeta dedicada a Copenhague. Na ocasião, as luzes da cidade serão apagadas durante uma hora, a partir das 19h da quarta-feira, 16 de dezembro – será um lembrete muito oportuno da Hora do Planeta ocorrida no início deste ano, quando centenas de milhões de pessoas manifestaram o desejo de obter um acordo do clima que seja justo, ambicioso e obrigatório, durante a cúpula vital que se inicia em Copenhague nesta segunda-feira.

Durante sua jornada, o Globo será confiado a sucessivos guardiões honorários, entre eles Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e o diretor geral do WWF, Jim Leape.

O Globo chegou à Copenhague no sábado, 5 de dezembro, a bordo do Expresso do Clima – um trem que partiu no mês passado da cidade de Quioto, no Japão, onde foi feito o primeiro tratado do clima.

O diretor executivo da Hora do Planeta, Andy Ridley, afirma que a enorme quantidade de pessoas que participaram na Hora do Planeta 2009 – ocasião em que centenas de milhões de pessoas de mais de 4 mil cidades em 88 países do mundo apagaram as luzes para votar a favor do Planeta Terra e contra o aquecimento global - é uma evidência de que a população mundial pede ações definitivas sobre as mudanças climáticas.

“O Globo do Povo representa o espírito de colaboração mundial. Ele dá voz aos cidadãos do mundo para que façam uma diferença na batalha mundial contra as mudanças climáticas”, diz Ridley.

O Globo do Povo reservou memória suficiente para que os líderes mundiais possam incluir nele a peça final – um acordo obrigatório para o futuro do planeta.

Campanhas em apoio a esse Globo incluem: Vote Earth (Vote pelo Planeta), tcktcktck (TicTacTicTac), 350.org, Raise Your Voice (Levante Sua Voz), Hopenhagen (uma combinação do nome da cidade de Copenhague com Esperança), Conselho do Clima de Copenhague e o Prêmio Jornalístico do Planeta Terra.

A música Earth Song (Canção do Planeta Terra), de Michael Jackson, ficou em primeiro lugar entre as sugestões enviadas pelos fóruns on line. Outras sugestões apareceram nos blogs, no Twitter e no Facebook, entre elas algumas frases inspiradoras que datam de todas as épocas, como “nós não herdamos o mundo de nossos ancestrais; nós o pegamos emprestado de nossos filhos”; e a cópia de Uma Garota que Silenciou o Mundo durante 5 Minutos. http://www.youtube.com/watch?v=TQmz6Rbpnu0

Além das sugestões individuais, o Globo do Povo contém, ainda, relatórios sobre as mudanças climáticas, que foram feitos pelos cientistas mais eminentes do mundo; alguns dos maiores pensadores mundiais refletindo sobre a necessidade de adotar medidas contra as mudanças climáticas; e alguns dos líderes das cidades mundiais pedindo ações para combater as mudanças climáticas.

As sugestões sobre o que deve ser incluído no Globo do Povo são recolhidas por meio do Twitter em www.twitter/earthhour
Facebook em www.facebook.com/earthhour
E no blog A Hora do Planeta em earthhourblog.posterous.com


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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