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INPA RECEBE FILHOTE E PEIXE-BOI APREENDIDO EM COARI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

Crédito: Tabajara Moreno - Peixe-Boi no tanque do Inpa - 01/12/2009 - O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), em Manaus (AM) recebeu nesta segunda-feira (30) um filhote de peixe-boi apreendido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Coari (Manaus) há duas semanas. O animal é uma fêmea de cerca de três meses com 89,5 centímetros de comprimento e 12 quilos.

De acordo com o fiscal da Secretaria, Wagner Moreira, o filhote estava amarrado pela calda a um pedaço de madeira ficando nas margens do rio Solimões, comunidade São José do Mato Grosso, em Coari, e foi encontrado pelos fiscais após denúncia anônima.

Ainda segundo Moreira, a mãe da filhote teria sido morta alguns dias antes da apreensão e, conforme relatos dos comunitários, a intenção do ribeirinho que mantinha o animal preso era vendê-lo para um viveiro.

“O rapaz que estava com o filhote preso ouviu o barulho da nossa lancha e fugiu. Os comunitários informaram que a mãe do peixe-boi tinha sido morta dias antes e que o filhote seria vendido para os viveiros que comercializam peixes em Coari”, disse.

No Inpa, o filhote foi submetido pela equipe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) a exames físicos e médicos de rotina e depois amamentado. Para facilitar a adaptação em cativeiro, O LMA tem optado colocar os animais em dupla no tanque, conforme explica o veterinário do Inpa, Anselmo D’Affonseca.

“O risco da adaptação do peixe-boi em cativeiro ocorre devido ao estresse que o animal sofre devido a separação da mãe e a saída do habitat natural. Deixá-lo com outro animal ajuda a reduzir esse estresse”, disse.

Hoje, os tanques de peixe-boi do Inpa abrigam cerca de 40 animais. Só este ano, 11 filhotes foram trazidos ao Instituto pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), número acima da média de seis filhotes recebidos pelo Inpa anualmente.

Para D’Affonseca, o crescimento do número de peixes-boi trazidos ao Inpa pode ser entendido como reflexo da intensificação da caça à espécie, mas também indica uma possível recuperação dos animais no seu habitat natural.

“Este ano o Inpa recebeu um número atípico de peixes-boi. Pode ter havido uma intensificação da caça, mas as apreensões dos órgãos responsáveis ocorrem a partir de denúncias de comunitários, o que significa que esse aumento esteja ligado à conscientização da preservação da espécie. Outra hipótese é de que a espécie esteja se recuperando”, diz D’Affonseca.

Vulnerabilidade

A cada minuto, um filhote de peixe-boi sobe até a superfície para respirar. Essa característica fragiliza o animal, tornando-o mais vulnerável à caça que as espécies adultas.

“Os filhotes são mais fáceis de serem pegos pelos caçadores. Essa facilidade, inclusive, faz com que eles sejam usados como isca para que a fêmea seja atraída. Com o período de seca, os filhotes ficam ainda mais expostos e a caça acaba sendo facilitada”, conta D’Affonseca.

O veterinário explica ainda que no ambiente natural um filhote de peixe-boi não sobrevive sem a mãe. “O filhote que perde a mãe nessa idade fatalmente morre. Em cativeiro, em alguns casos, os filhotes foram adotados, mas no habitat natural isso é improvável até pelo tamanho dos rios. No cativeiro, como o espaço é menor, os filhotes perseguem as fêmeas e elas acabam se acostumando com eles”, conta.

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Informações sobre radioatividade nas águas de Caitité (BA)

02/12/2009 - Em relação às noticias publicadas na imprensa as Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCT) esclarecem os seguintes pontos:

1. Cinco dos seis pontos de água nos quais o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Inga) detectou a presença alterada de radioatividade, ficam situados entre 13 e 23 quilômetros da mina operada pela INB em Caetité (BA), sem qualquer possibilidade de contaminação pelas atividades da mina.

2. A captação das amostras de água foi realizada no final do mês de setembro, portanto, não existe nenhuma relação entre os níveis de radioatividade encontrados nesses pontos de água e o vazamento de solvente orgânico (querosene), que ocorreu no dia 28 de outubro na unidade de mineração da INB. Esclarecemos que o líquido não atingiu o meio ambiente, ficando restrito a um repositório nas dependências da usina.

3. Caetité e municípios vizinhos compõem uma Província Uranífera porque a região tem uma grande quantidade desse mineral em seu solo e sub-solo. Logo, é sempre possível a ocorrência de urânio natural em suas águas, sem que isso signifique risco radiológico para a população.

4. Segundo o estudo hidrogeológico realizado por empresa especializada, os aquíferos existentes na área se encontram em fissuras formadas por rochas graníticas impermeáveis. Ali as águas se acumulam e não se comunicam. A pesquisa conclui que não existe nenhuma possibilidade de contaminação dos poços por material originado das operações da INB.

5. De acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde (MS), quando são detectados níveis de radioatividade além do limite estabelecido, é de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT) concluir sobre a qualidade da água.

6. A INB reafirma que desenvolve as suas atividades seguindo normas de segurança que garantem o respeito à saúde das populações e a preservação do meio ambiente.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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