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CADEIA BOVINA ADERE À CERTIFICAÇÃO RESPONSÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2009

07/12/2009 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou, nesta segunda-feira (07/12), em São Paulo, do lançamento do projeto de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O objetivo é promover a sustentabilidade ambiental econômica e social das empresas do setor, bem como controlar a origem da carne consumida pelos brasileiros.

Minc destacou a importância da consciência ambiental desde o início da produção até chegar à mesa do consumidor. "Um acordo como esse vale mais que mil fiscais. O consumo consciente é que faz a diferença. A Abras com esse acordo está estimulando o consumidor a só comprar carne de origem garantida", enfatizou Minc.

A Abras vai incentivar cada empresa da cadeia de abastecimento de carne bovina a fazer a adesão ao programa. A certificação é imparcial e independente e identifica ações de proteção ao meio ambiente, respeito ao consumidor e respeito às questões sociais, trabalhistas e de saúde. "É uma coisa histórica isso está acontecendo hoje, no dia em que começa a Conferência do Clima (COP-15), em Copenhague".

Para Minc, é uma coisa histórica o lançamento da Certificação acontecer no dia em que começa a Conferência do Clima (COP-15) e ressaltou a importância desse tipo de iniciativa. A Abras tem participado de campanhas ambientais como a Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente.

Minc ainda elogiou a Abras por ter "tomando uma posição tão proativa" para a proteção das florestas brasileiras, como esse acordo. Para ele, a médio prazo todos ganham ao certificar o elo da produção e o consumidor não comprar produtos que sejam de áreas degradadas. "Daqui a pouco o pecuarista que não tá legal vai se modernizar, proteger os biomas. No fundo, todo mundo ganha, melhora a qualidade do produto".

O acordo foi assinado pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e pelo presidente da Abras, Sussumu Honda, que também fecharam parceria para elaboração de um banco de dados e acesso às informações.

Preliminarmente, algumas empresas já aderiram à Certificação. Cerca de 20 supermercados, como Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart, e oito frigoríficos, entre eles JBS e Bertin, já são signatários do programa. A Abras tem mais de 70 mil empresas associadas.
O Certificado será colocado na embalagem da carne exposta aos consumidores. Os frigoríficos terão de contratar empresas certificadoras pré-selecionadas pela Abras, para garantir que o produtos tenha o selo comprovando ser de processo de produção sustentável.

Os supermercados e frigoríficos podem solicitar a certificação no site da Abras (www.abras.com.br). Cada certificado tem a validade de três anos, no entanto serão realizadas auditorias de manutenção. A Abras será responsável por qualificar os organismos de certificação.

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Extrativistas terão fácil acesso a políticas destinadas à agricultura familiar

07/12/2009 - Carine Correa - Duas medidas publicadas na semana passada no Diário Oficial da União vão possibilitar aos produtores extrativistas que vivem em unidades de conservação de uso sustentável - dos tipos Reserva Extrativista (Resex), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e Floresta Nacional (Flona) - mais facilidades de acessar as políticas públicas destinadas aos agricultores familiares e seus empreendimentos, bem como a regularização de seus territórios tradicionalmente ocupados.

A primeira delas é a Relação de Extrativistas Beneficiários (REB), que substitui provisoriamente a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), documento que possibilita o acesso a benefícios como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), com exceção ao crédito do Pronaf. A REB foi estabelecida pela portaria nº62 do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e publicada no último dia 30 de novembro.

A partir da constatação de que os extrativistas estavam tendo dificuldade de adquirir a DAP, por falta de conhecimento ou pela falta de acesso aos órgãos e entidades emissoras, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em conjunto com o Instituto Chico Mendes, a Conab e o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), promoveu articulações junto ao MDA para a criação de um mecanismo provisório, que possibilitasse o acesso das comunidades tradicionais extrativistas às políticas públicas até que os documentos necessários fossem emitidos a esses grupos sociais.

Para possibilitar o acesso à DAP pelas populações extrativistas da Amazônia, o MMA, por meio do Departamento de Extrativismo, irá apoiar o CNS e o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) quando estas entidades forem credenciadas como emissoras de DAP. Dois projetos já foram aprovados para as duas organizações, nos valores de R$255 mil e R$206 mil, respectivamente, e vão garantir os custos e equipamentos necessários no processo de cadastramento dos extrativistas para a emissão da DAP.

De acordo com Alan Boccato, diretor de Extrativismo substituto, a meta é que em 2010 sejam emitidas 6.1000 DAPs, abrangendo 129 municípios de todos os estados da Amazônia, Tocantins e Piauí.

Unidades de Conservação

A segunda medida, publicada em 02/12 pela portaria nº 436, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão vai contribuir para a solução das questões fundiárias em territórios de proteção e conservação. A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) vai entregar ao MMA áreas da União que estão em seu domínio para garantir a regularização fundiária em unidades de conservação federais.

A medida vai acelerar este processo especialmente nas UCs de uso sustentável, como as Resex, RDS e Flonas, e trará segurança fundiária às comunidades extrativistas residentes nestes locais, além de outros benefícios, como o acesso ao crédito produtivo.

Parte desta portaria é fruto de uma articulação da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), realizada no âmbito da Política Nacional para Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (Decreto 6.040/2007), que tem como um de seus objetivos específicos "garantir aos povos e comunidades tradicionais seus territórios e o acesso aos recursos naturais que tradicionalmente utilizam para sua reprodução física, cultural e econômica".

Boccato explica que com a questão territorial resolvida as comunidades terão mais acessos a políticas públicas, como o crédito produtivo da agricultura familiar, o crédito de instalação e outros programas (como o Minha Casa Minha Vida) que permitem a realização de benfeitorias nas propriedades.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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