Posted on 07 December 2009 -
Líderes de todo o mundo estão a partir
de hoje diante de uma oportunidade única
em Copenhague (Dinamarca), para atuar em prol de
um acordo internacional justo sobre o clima, no
intuito de ajudar a salvar o planeta de uma ameaça
devastadora, o aquecimento global. E o WWF-Brasil
também marca sua presença nessa cúpula
mundial.
A 15ª Conferência das
Partes (COP-15) da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças
do Clima é considerada o encontro mais importante
do mundo desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Nele, os governos tentarão chegar a um acordo
sobre o que precisa ser feito em relação
ao clima do planeta, que está mudando rapidamente.
A COP-15 será realizada
de 7 a 18 de dezembro. Durante um período
de 12 dias, será preciso alcançar
um Acordo do Clima que seja justo e com força
de lei, ou seja, cujo cumprimento seja juridicamente
obrigatório: um Acordo Global. Um esforço
comum que enfrente, de forma substancial, as causas
por trás das mudanças climáticas
e que reduza os impactos potencialmente devastadores
dessas mudanças.
Integrante da Rede WWF, que instigou
uma grande cruzada para reunir especialistas, informações
e argumentos necessários para obter os resultados
que se busca em termos de políticas globais
para o clima, o WWF-Brasil acompanha ao vivo, por
intermédio de sua equipe, as discussões
na Dinamarca. Durante todo esse ano, a instituição
contribuiu para conscientizar as pessoas sobre os
impactos e as consequências das mudanças
climáticas, além de apoiar diversas
iniciativas para ajudar os cidadãos a chamar
a atenção dos líderes mundiais
para o que está em jogo nesse encontro internacional.
"Estamos diante de uma oportunidade
única para mostrar que política e
ciência podem andar juntas. A despeito das
dificuldades e dos imensos desafios ao multilateralismo,
esperamos que as negociações possam
indicar o caminho para uma economia global de baixo
carbono, mais harmoniosa com o meio ambiente e justa
às necessidades das populações",
enfatiza Denise Hamú, Secretária Geral
do WWF-Brasil.
Expectativas e Compromissos
Mais de cem chefes de Estado já
confirmaram sua presença na COP15. Brasil,
China e Índia trouxeram para a mesa de negociação
um elemento novo e importante ao anunciarem metas
para limitar suas emissões de gases de efeito
estufa. Isto deu um impulso importante e os colocou
os países em condição de cobrar
das nações mais ricas sua responsabilidade,
“A presença de tantos líderes
mundiais cria em Copenhague o ambiente necessário
para decisões firmes. Todos os países
precisam estar engajados na definição
de um acordo ambicioso e juridicamente vinculante,
ou seja, que permita a cobrança legal pelos
compromissos assumidos”, afirma desde Copenhague
Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente
de Conservação do WWF-Brasil. “Mas
ainda há países que não querem
tomar estas decisões agora. Esperamos, então,
que o presidente Lula exija dos países ricos
que assumam compromissos firmes de corte em suas
emissões e de apoio financeiro e tecnológico
aos países em desenvolvimento. E que as nações
desenvolvidas efetivamente contribuam para chegarmos
a um acordo. É uma excelente oportunidade
para o Presidente mostrar a liderança internacional
que a sociedade brasileira vem cobrando há
tempos”, conclui o superintendente.
O Brasil levará a Copenhague
uma das maiores delegações da Conferência,
incluindo os negociadores do Itamaraty, Ministério
de Ciência e Tecnologia, Ministério
do Meio Ambiente, além de observadores de
vários outros ministérios, de governos
estaduais, municipais, empresas, organizações
não governamentais e movimentos sociais.
“Os brasileiros tem muito interesse
pelo tema das mudanças climáticas.
A maioria de nosso povo se preocupa com o assunto,
sabe que somos vulneráveis e espera ações
firmes do governo brasileiro”, reforça Scaramuzza.
“É fundamental que os governantes sensibilizem-se
definitivamente com o tema das mudanças climáticas
e incorporem a sustentabilidade ambiental e as ações
para redução de emissões de
gases de efeito estufa em cada plano e ação
de governo”, acrescenta. “Zerar o desmatamento,
investir em energias renováveis e reduzir
nossas emissões em todos os setores não
é apenas importante para o clima do Planeta.
Trata-se de uma obrigação com futuro
de nosso país e com as gerações
futuras”, conclui o superintendente de Conservação.