02/02/2010 - O profissionalismo
do terceiro setor, a busca por incentivos e parcerias
com os setores público e privado e a participação
das entidades em alguns processos de licenciamento
ambiental pautaram o 4º Café Ambiental,
realizado em 02.02 na sede da Secretaria Estadual
do Meio Ambiente – SMA. Participaram do encontro
representantes de 23 entidades atuantes na Região
Metropolitana de São Paulo e nos municípios
de Ubarana, Rio Claro, Itatiba, Cruzeiro, Espírito
Santo do Pinhal, Cubatão e Campo Limpo Paulista,
todas integrantes do Cadastro das Entidades Ambientas
– CadEA.
O secretário do meio ambiente,
Xico Graziano, conversou com os ambientalistas sobre
os novos rumos da sociedade em relação
à questão ambiental. “Existem picos
atípicos de precipitação mesmo
sem a ação humana, mas o processo
de ocupação urbana tem avançado
em áreas que não deveriam. Esses eventos
são importantes para adquirirmos uma nova
consciência”, alertou. Como exemplo, o secretário
citou o caso dos bairros cota: “Hoje, a resistência
na desocupação na Serra do Mar é
muito menor do que há 3 anos quando iniciamos
esse processo”, afirmou.
A representante do Instituto de
Desenvolvimento, Logística, Transporte e
Meio Ambiente – IDELT, Vera Lúcia de Lucena
Bussinger, propôs ao secretário que
as entidades pertencentes ao CadEA possam acompanhar
alguns processos de licenciamento ambiental. Vera
argumentou ser importante que os ambientalistas
possam acompanhar de perto a instalação
de empreendimentos em suas regiões de atuação.
O secretário ressaltou
que no próximo dia 23.02 o Conselho Estadual
do Meio Ambiente – Consema se reunirá para
normatizar a eleição das entidades
ambientalistas que participam do mesmo. “Há
15 anos são as mesmas entidades que compõem
o Conselho. Somente as entidades integrantes do
CadEA é que poderão se candidatar
e a votação será entre vocês,
mas de forma transparente”, declarou. Atualmente,
155 entidades ambientalistas integram o CadEA.
Os ambientalistas solicitaram
ao secretário avaliar possíveis incentivos
às atividades desenvolvidas pelas organizações
não-governamentais – ONGs, como já
é feito em algumas ações na
área cultural. Graziano salientou que o setor
privado tem se mostrado parceiro das entidades representativas
da sociedade, principalmente aquelas que atuam na
área ambiental. Marcos Fernandes Gaspar,
representante da Organização Ambiental
para Biodiversidade Miraterra, complementou a declaração
do secretário: “É necessário
que haja profissionalismo nas ONGs, é isso
que as empresas buscam nas entidades. Temos que
mostrar o retorno financeiro atingido com a mudança
da imagem institucional”, afirmou.
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As entidades
sugeriram meios de capacitação por
meio da SMA. Graziano propôs que sejam promovidos
pequenos encontros que possam esclarecer dúvidas
relacionadas à legislação e
outros temas que as próprias ONGs demandem.
Além disso, o secretário convidou
as entidades a conhecerem o Villa Ambiental, espaço
do Projeto Ambiental Estratégico Criança
Ecológica localizado no parque Villa-Lobos
que aborda as agendas ambientais – azul (água),
verde (fauna e flora), cinza (poluição)
e amarela (boas práticas ambientais) – com
crianças do 5º ano do Ensino Fundamental
I.
Texto: Danilo Netto e Valéria Duarte Fotografia:
José Jorge