01/03/2010
- O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou
na manhã desta segunda-feira (1º/03),
no Rio de Janeiro, do lançamento do Mosaico
Carioca de Áreas Protegidas, que estabelece
a gestão integrada, solidária e participativa
das unidades de conservação federais,
estaduais e municipais da cidade do Rio de Janeiro.
O colegiado não substituirá
a administração individual. O objetivo
é fortalecer e dar maior eficiência
às ações de proteção
dos ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica
e zonas costeiras adjacentes localizadas na região
metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.
O ministro lembrou que, desde
2008, foram criados 7,5 milhões de hectares
de áreas protegidas e declarou apoio à
gestão integrada entre as UCs, defendendo
como é importante a criação
deste Mosaico. Com a iniciativa, Minc espera que
"as pessoas aprendam a conhecer, a usufruir
e a defender melhor as nossas unidades de proteção
da Mata Atlântica".
O Mosaico Carioca de Áreas
Protegidas abrange, além de áreas
localizadas na cidade do Rio de Janeiro, pequenas
porções dos municípios de Nova
Iguaçu e Nilópolis, mais de 35 mil
hectares. É composto por 27 unidades de conservação
da natureza e mais duas áreas protegidas:
o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Reserva
Florestal Vista Chinesa.
Nele estão contidos os
três principais maciços montanhosos
da cidade - Tijuca, Pedra Branca e Gericinó/Mendanha
- além de diversos rios, lagunas, manguezais,
praias, áreas marinhas e ilhas. Em função
da diversidade de habitats, a região abrangida
pelo Mosaico é rica em espécies endêmicas,
raras e ameaçadas de extinção.
A principal experiência
de união de esforços para a gestão
integrada tem sido desenvolvida no Parque Nacional
da Tijuca, onde os governos federal, estadual e
municipal participam da gestão compartilhada
da unidade desde o final da década de 90.
Participaram também do
lançamento do Mosaico, o diretor de Biodiversidade
e Áreas Protegidas do Inea, André
Ilha, o presidente do Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira,
e a presidente da Aliança para a Conservação
da Mata Atlântica (formada pela Fundação
SOS Mata Atlântica e pela Conservação
Internacional), Márcia Hirota, organização
que irá apoiar financeiramente os projetos
que serão desenvolvidos pelo Mosaico, voltados
à proteção, ao manejo, à
recuperação e à gestão
desses espaços protegidos.
Museu do Meio Ambiente - Em seguida,
Minc participou da solenidade de publicação
do edital Concurso Público Nacional para
Estudo Preliminar de Arquitetura e Urbanização
para Ampliação do Museu do Meio Ambiente,
na sede fluminense do Instituto de Arquitetos do
Brasil (IAB).
"O concurso público
é o caminho, não tem favorecimento
para A, B ou C. O Museu do Meio Ambiente vai ser
um marco nacional", disse Minc no lançamento.
O objetivo do concurso é
selecionar um projeto para construção
de prédio sustentável que funcionará
como anexo do museu, dentre os projetos apresentados
por arquitetos de todo o país, a solução
arquitetônica e de urbanização
mais adequada ao conjunto denominado Expansão
do Museu do Meio Ambiente, que fica no Jardim Botânico
do Rio de Janeiro, além do tratamento urbanístico
e paisagístico de seu entorno, localizado
numa área de aproximadamente 8.600 m².
Os novos prédios serão
construídos com base nos conceitos da Arquitetura
Sustentável e deverão se tornar elementos
de visitação do Museu. A expansão
terá dois novos edifícios: o Anexo
I terá a finalidade de abrigar a Exposição
de Longa Duração e o Anexo II compreenderá
auditório e núcleo de apoio administrativo.
No total, serão 1.400 m² de área
construída.
Após a divulgação
do resultado final do Concurso, sua homologação
e classificação final dos trabalhos
concorrentes, serão conferidos aos vencedores,
prêmio de R$ 20 mil ao primeiro colocado,
além do contrato com o Jardim Botânico
para elaboração do anteprojeto e do
projeto executivo de arquitetura, complementares,
urbanização e paisagismo e a coordenação
dos mesmos; R$ 15 mil para o segundo e R$ 10 mil
reais para o terceiro colocado.
O Museu do Meio Ambiente, primeiro
voltado especificamente a essa temática na
América Latina, é um espaço
concebido para estimular a conscientização
sobre os temas e problemas socioambientais, com
ênfase no território brasileiro, por
meio de exposições, atividades de
divulgação científica, educação
e pesquisa, bem como sensibilizar o público
para a necessidade de conservar a biodiversidade
e promover formas sustentáveis de relação
entre a humanidade e o meio ambiente.
O período de inscrições
será de 2 de março a 16 de abril de
2010. Os candidatos devem acessar o portal do Concurso
www.iabrj.org.br/concursomuma. O valor da taxa de
inscrição é R$ 150 e mais informações
podem ser obtidas pelo telefone (21) 2557-4480.
A solenidade contou com a presença,
entre outros, do presidente do IAB, Sergio Magalhães,
do coordenador-geral do concurso, Henrique Barandier,
e do presidente do JBRJ, Liszt Vieira.
Com informações do Inea e do JBRJ