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CNRH APROVA COBRANÇA PELO USO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2010

13/04/2010 - Carlos Américo - O Conselho Nacional de Recurso Hídricos (CNRH) aprovou, nesta terça-feira (13/4), a cobrança pelo uso da água na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. A resolução que define os valores e mecanismo para essa cobrança foi votada durante a 28ª Reunião Extraordinária do CNRH.

Para o secretário de Recurso Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Silvano Silvério, a aprovação da resolução vai garantir recursos ao comitê da bacia do Rio São Francisco para fazer a gestão das águas e garantir a revitalização da bacia. Os valores são diferenciados para a captação, o consumo e o lançamento de carga orgânica na água. A expectativa é que sejam arrecadados cerca de R$ 20 milhões por ano. Todo recurso será aplicado na recuperação da bacia.

Entre as possíveis utilizações dos recursos arrecadados nesse tipo de cobrança estão os investimentos em despoluição, reuso, proteção e conservação, e também na utilização de tecnologias limpas e poupadoras dos recursos hídricos.

A cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio da União está prevista na Política Nacional de Recursos Hídricos, bem como no Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), e já vem sendo implementada no Brasil desde 2006, quando foi aprovada para os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. No ano seguinte, foi a vez da cobrança pelo uso das águas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Na próxima reunião do CNRH, será escolhida a empresa que será responsável pela execução da cobrança do uso da água da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

Comitê de Bacia - No encontro, o CNRH também criou o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande, que passa por Minas Gerais e São Paulo. Segundo Silvério, a criação do comitê vai permitir a melhoria da gestão das águas da bacia do rio Grande.

Ainda foram aprovadas as resoluções que criam as unidades de gestão de recursos hídricos de rios de domínio da união; transfere a gestão das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí à Fundação Agência das Bacias dos três rios; e estabelece diretrizes para a operação da rede nacional de monitoramento integrado das águas subterrâneas, avaliando a situação dessas áreas sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo, como a avaliação do nível da água.

O CNRH também aprovou a recomendação de rejeição do projeto de lei da Câmara nº 315, de 2009, que reduz o percentual recebido pelos estados da destinação da compensação financeira pelo uso do recurso hídrico.

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Esforço concentrado para aprovar a Política de Resíduos Sólidos

14/04/2010 - Suelene Gusmão - A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) pode ser sancionada pelo presidente da República no dia 5 de junho, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Para tanto, ela tem de ser votada no Senado Federal, onde tramita, até o mês de maio. A fim de que esses prazos sejam cumpridos, representantes do Ministério do Meio Ambiente e de outras 12 entidades nacionais estão fazendo um esforço concentrado de visitas aos senadores da República para que a matéria vá a plenário o mais rápido possível.

Nesta quarta-feira (14/4), os secretários de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), Silvano Silvério, e de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (Saic), Samyra Crespo, fizeram uma rodada de visitas a cinco senadores, entre eles César Borges, o relator da matéria.

As visitas foram reforçadas com a presença dos representantes de entidades ligadas à questão do lixo. Essas entidades formaram a Frente Nacional pela Urgente Aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e lançaram o Manifesto pela Urgente Aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Além do relator, foram visitados os senadores Cícero Lucena, Ideli Salvatti, Arthur Virgílio e Agripino Maia.

A mobilização vem surtindo efeito, e até o momento, todos os senadores visitados vêm garantindo apoio total à aprovação da matéria. No momento, o projeto encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça. O que se pretende é que ele vá a plenário por meio de um acordo de lideranças, dispensando assim um longa passagem pelas comissões. O Projeto de Lei nº 203/91 recebeu aprovação unânime na Câmara dos Deputados, tendo sido aprovado em março deste ano.

A secretária de Samyra Crespo, da Saic, explicou que a não aprovação da matéria está impedido o avanço do setor de reciclagem e do consumo consciente no Brasil. "Atualmente estamos vivendo um caos jurídico no que se refere aos resíduos sólidos", disse. Silvano Silvério, da SRHU, disse que o objetivo da mobilização é a busca pelo consenso e para que a matéria seja aprovada como chegou ao Senado.

O texto que tramita no Senado Federal contém as diretrizes para a gestão, o gerenciamento e o manejo dos resíduos. Além de inibir a produção de artigos perigosos ao ambiente e à saúde humana, o projeto de lei incentivará os fabricantes a adotarem tecnologias saudáveis para o desenvolvimento de produtos seguros e a adotarem procedimentos adequados para a destinação final dos rejeitos da produção desses produtos.

Sua aprovação na Câmara dos Deputados, após cerca de 20 anos de tramitação, representa um amplo consenso envolvendo todos os atores que fazem parte dos mais diversos ciclos da produção de resíduos sólidos no Brasil. Ela trata de temas amplos e variados que já fazem parte do dia-a-dia das pessoas, envolvendo conceitos como área contaminada, ciclo de vida do produto, coleta seletiva, controle social, destinação final ambientalmente adequada, gerenciamento de resíduos, gestão integrada, reciclagem, rejeitos, responsabilidade compartilhada, reutilização e serviço público de limpeza urbana.

A nova política é clara em definir de que forma se dará o gerenciamento dos resíduos, indicando inclusive sua ordem de prioridade que será a de não-geração, a de redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos. Com a nova política será também criado um sistema nacional integrado de informações sobre resíduos sólidos. O sistema será responsável por recolher e divulgar informações com rapidez e qualidade.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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