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GT DA MORATÓRIA DA SOJA NÃO PARTICIPA DO PROGRAMA SOJA PLUS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2010

Em nota pública divulgada esta semana, ONGs esclarecem que o programa é uma iniciativa da Abiove e de outras associações do setor produtivo e afirmam que a moratória ainda é essencial

Brasília, 30 de abril de 2010 — As organizações da sociedade civil integrantes do Grupo de Trabalho da Moratória da Soja (GTS), dentre elas a CI-Brasil, esclarecem, por meio desta nota, que não participaram da elaboração dos princípios e critérios adotados para o Programa Soja Plus, iniciativa recentemente lançada pela Abiove e outras associações do setor produtivo.

O Programa Soja Plus não inclui o conceito de desmatamento zero, princípio central da Moratória da Soja. Tampouco obedece a um princípio básico em sistemas de certificação voluntários: transparência e participação de diferentes setores da sociedade na definição de seus conceitos. Numa região com reconhecida carência de governança como a Amazônia, iniciativas unilaterais, por mais bem intencionadas que sejam, não têm a credibilidade necessária para ajudar o consumidor – corporativo ou privado – a tomar decisões de compra que o protejam de envolvimento com a destruição da floresta.

O GTS é formado por empresas e ONGs para contribuir na implementação da Moratória da Soja, acordo assumido pela indústria de não aquisição da soja produzida em áreas desmatadas no bioma Amazônia após 2006. A moratória, como o próprio termo define, é uma solução provisória e foi adotada pelas empresas integrantes da Abiove e Anec, como forma de assegurar que a soja brasileira por elas comercializada não mais implicará em desmatamento e trabalho escravo na Amazônia- até que condições adequadas de governança estejam estabelecidas. Dentre essas condições, conforme expresso no termo de compromisso assinado em julho de 2006, está um “sistema efetivo de mapeamento e monitoramento do Bioma Amazônico”.

Esse sistema “efetivo” exige não apenas o monitoramento da cobertura vegetal para identificar novos desmatamentos relacionados à expansão da soja (o que vem sendo feito desde 2007). Exige também o cadastramento das propriedades rurais, com mapas georreferenciados, para que eventuais fazendas que desrespeitam a moratória possam ser excluídas da lista de fornecedores.

Em que pese o esforço da Moratória, a grande maioria das fazendas de soja ainda não estão mapeadas e registradas oficialmente. Tampouco existe um sistema transparente de rastreabilidade das compras diretas ou via mercado spot.

Logo, a moratória ainda é necessária. Bem como são necessários o cadastro e o mapeamento das fazendas de soja, instrumentos de governança urgentes para assegurar que o cultivo da soja não implicará em mais desmatamento.

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Inauguração de Base é marco na história da Flona do Amapá

Parceria entre os três setores da sociedade em prol da conservação da biodiversidade no estado comemora avanços na infraestrutura que irão favorecer uma gestão mais efetiva da área protegida

Macapá, AP, 23 de abril de 2010 — A Floresta Nacional (Flona) do Amapá, criada em 1989, a mais antiga unidade de conservação (UC) de uso sustentável do estado, ganha nesta segunda-feira, 26 de abril, uma nova Base de Apoio à Gestão, totalmente reformada e equipada. A inauguração oficial das instalações marca um novo período na história dessa área protegida situada na porção central do estado. Desde 2008, o Programa de Apoio à Implementação da Flona do Amapá, uma parceria entre Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade (ICMBio), Conservação Internacional (CI-Brasil) e Instituto Walmart, tem investido para transformar a Flona em um modelo de gestão e uso sustentável dos recursos naturais na Amazônia brasileira.

A base é um ponto importante para a gestão dessa unidade “É a garantia de um suporte para o trabalho e torna nossa presença mais efetiva na região, possibilita que a unidade possa efetivamente funcionar”, afirma Suely Santos, chefa da unidade. “Para a Conservação Internacional, a inauguração da Base de Apoio representa um marco de todo o esforço de nossa instituição para a conservação e desenvolvimento sustentável do Amapá, em especial a Flona do Amapá, que é uma área estratégica, por ser uma das UCs de uso múltiplo mais antigas do estado”, afirma Cesar Haag, coordenador de socioeconomia da CI-Brasil.

“O programa de apoio à Flona do Amapá visa mostrar que é possível implantar um modelo de desenvolvimento sustentável que tenha como principio básico a inclusão das comunidades e a preservação da floresta. A nova base é primeira estrutura necessária para este trabalho", diz Paulo Mindlin, diretor do Instituto Walmart.

A base também poderá ser utilizada para pesquisadores e atividades da comunidade. “Essa nova base foi um dos focos de ação do primeiro ano daparceria entre CI-Brasil, ICMBio e Instituto Walmart. Dar as condições de permanência da equipe gestora na floresta é fundamental e também porque no futuro, com o envolvimento maior da comunidade na gestão da unidade, a base será esse ponto de convergência, de referência para as ações coordenadas de gestão do desenvolvimento local”, explica Adriana Franco, gerente do Programa de Desenvolvimento Local Integrado do Instituto Walmart.

Programa de Apoio a Implementação da Flona do Amapá – Desde 2008, o programa vem desenvolvendo uma série de atividades voltadas para a implantação efetiva da Flona, como oficinas de capacitação do Conselho Gestor para qualificar seus membrosno planejamento do Plano de Manejo da UC.Esse plano, que está em elaboração, é o documento que irá reger as atividades a serem desenvolvidas no local e orientar sua gestão nos próximos anos. O projeto de parceria prevê ainda o desenvolvimento das cadeias produtivas sustentáveis por meio do incentivo à organização produtiva do uso múltiplo dos recursos naturais, buscando preços justos e mercados solidários aos produtos florestais extrativistas não madeireiros.

FLONA DO AMAPÁ - A Floresta Nacional do Amapá, criada em 1989, foi a primeira Unidade de Conservação de Uso Sustentável do estado. Tem uma área de 412 mil hectares de floresta tropical e é a quinta maior unidade de conservação do Amapá. Ocupa um importante espaço dentro dos quase 11 milhões de hectares do Corredor da Biodiversidade do Amapá, um ambicioso projeto de conservação do governo do estado que prevê a integração do manejo de UCs e Terras Indígenas que faz parte do Escudo das Guianas, o maior conjunto de áreas protegidas de florestas tropicais do mundo. A Floresta densa de terra firme é a vegetação mais predominante, com uma parcela significativa de florestas de várzea. Nos levantamentos realizados, verificou-se que em seus rios existe uma grande diversidade de peixes e crustáceos. Foram registradas no local um alto número de espécies de anfíbios, lagartos, jacarés, quelônios e serpentes, indicando que a UC possui uma das mais altas diversidades registradas na Amazônia brasileira.

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Florestas do Amapá são tema de mesa-redonda

Macapá - AP, 27 de abril de 2010 — O Amapá possui duas unidades de conservação de categoria “Floresta” em seu território: a Floresta Nacional do Amapá (Flona) e a Floresta Estadual do Amapá (Flota). Juntas ocupam quase 20% da área total do estado. Discutir o planejamento e o uso sustentável dessas unidades é de grande importância para o Amapá. Esse é o tema da mesa redonda “Florestas do Amapá – Pensando o Desenvolvimento Sustentável do Amapá” que acontece nos dias 27 e 28, no Centro Cultural Franco Amapaense, em Macapá (AP). O evento é promovido pela Conservação Internacional (CI- Brasil), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Walmart, por meio do Programa de Apoio à Implementação da Flona do Amapá.

Durante dois dias, autoridades, especialistas, gestores e técnicos envolvidos na implantação de Florestas, no Amapá e outras regiões do Brasil, estarão participando de debates. “O mais importante para a CI-Brasil é a oportunidade de promover um debate junto à sociedade do Amapá em relação ao ordenamento territorial do estado, além de divulgar as ações desenvolvidas no planejamento e gestão da Flona e da Flota do Amapá” explica Cesar Haag, coordenador de socioeconomia do Programa Amazônia da Conservação Internacional.

No evento, estarão presentes também 20 moradores e conselheiros da Floresta Nacional do Amapá. “É uma oportunidade única para que os moradores tenham conhecimento do que está sendo feito. Eles cobram os 20 anos que a unidade existe, mas agora poderão entender melhor todos os procedimentos necessários e o tempo que isso envolve”, explica Suely Santos, chefa-substituta da Flona do Amapá.

Para o Instituto Walmart, é importante discutir o desenvolvimento de cada unidade de conservação. “A mesa será um momento de entendimento das diversas questões que compõem um processo de desenvolvimento compatível com a existência de unidades de conservação. O estado do Amapá, que abriga uma grande parte das unidades de conservação do país, merece receber essa reflexão sobre suas florestas”, conclui Adriana Franco, gerente do Programa de Desenvolvimento Local Integrado do Instituto Walmart.

Base de apoio a Gestão da Flona do Amapá – No dia 26 de abril, aconteceu a inauguração oficial da base de pesquisa da Floresta. O local funcionará como sede para as atividades de gestão da Flona assim como espaço para o desenvolvimento de pesquisas na região.

Programa de Apoio a Implementação da Flona do Amapá – Desde 2008, o programa vem desenvolvendo uma série de atividades voltadas para a implantação efetiva da Flona, como oficinas de capacitação do Conselho Gestor para qualificar seus membrosno planejamento do Plano de Manejo da UC.Esse plano, que está em elaboração, é o documento que irá reger as atividades a serem desenvolvidas no local e orientar sua gestão nos próximos anos. O projeto de parceria prevê ainda o desenvolvimento das cadeias produtivas sustentáveis por meio do incentivo à organização produtiva do uso múltiplo dos recursos naturais, buscando preços justos e mercados solidários aos produtos florestais extrativistas não madeireiros.

FLONA DO AMAPÁ - A Floresta Nacional do Amapá tem uma área de 412 mil hectares de floresta tropical e é a quinta maior unidade de conservação do Amapá. Ocupa um importante espaço dentro dos quase 11 milhões de hectares do Corredor da Biodiversidade do Amapá, um ambicioso projeto de conservação do governo do estado que prevê a integração do manejo de UCs e Terras Indígenas que faz parte do Escudo das Guianas, o maior conjunto de áreas protegidas de florestas tropicais do mundo.

A Floresta densa de terra firme é a vegetação mais predominante, com uma parcela significativa de florestas de várzea. Nos levantamentos realizados, verificou-se que em seus rios existe uma grande diversidade de peixes e crustáceos. Foram registradas no local um alto número de espécies de anfíbios, lagartos, jacarés, quelônios e serpentes, indicando que a UC possui uma das mais altas diversidades registradas na Amazônia brasileira.

FLOTA DO AMAPÁ - A Floresta Estadual do Amapá foi criada em julho de 2006 e possui área total de 2.369.400 ha. Antes da criação, su a área pertencia à União, que repassou ao estado do Amapá para que este destinasse a área para produção e desenvolvimento econômico sustentável. Para tal, foram desenvolvidos estudos que apontaram áreas de vocação para a produção madeireira e áreas de relevante interesse para a conservação da natureza.

A Flota do Amapá ainda precisa ser efetivamente implementada. Ações que contribuirão para esse fim incluem levantamentos biológicos e socioeconômicos, realização de oficinas de planejamento participativo que subsidiem a elaboração do Plano de Manejo da unidade, além da formação de seu Conselho Gestor. Atualmente a Floresta Estadual do Amapá é a única Unidade de Conservação do estado dentro Plano Anual de Outorga Florestal do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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