19/05/2010
Carlos Américo
O diretor de Zoneamento Territorial do Ministério
do Meio Ambiente, Roberto Vizentin, disse, nesta
quarta-feira (19/5), que a Amazônia pode reinventar
o próprio modelo de desenvolvimento se seguir
as recomendações do Macrozoneamento
Ecológico-Econômico (MacroZEE) da Amazônia
Legal.
Durante o IV Simpósio Amazônia,
realizado na Câmara dos Deputados, Vizentin
destacou a grandeza do território da Amazônia
e as particularidades da região. Por isso,
o MacroZEE divide a Amazônia Legal em 10 regiões
com estratégias de desenvolvimento sustentável
para cada uma dessas áreas. O documento deverá
ser assinado pelo presidente Lula no dia 5 de julho,
quando se comemora o Dia do Meio Ambiente.
Vizentin explicou que a responsabilidade
da execução do MacroZEE é compartilhada
entre governos federal e estaduais. O MacroZEE também
vai ampliar a cadeia de produção da
sociobiodiversidade. Isso vai beneficiar cerca de
cinco milhões de famílias de extrativistas
e agroextrativistas, que tiram o sustento da floresta
e garantem a conservação do bioma.
Para Vizentin, a região
precisa de infraestrutura e logística a fim
de que o processo de produção comece
e termine na região. Segundo ele, os estados
da Amazônia deixam de receber muito dinheiro
por ter de enviar para outros estados produtos que
necessitam de valor agregado.
O MacroZEE identifica potencial
de crescimento econômico em várias
áreas, como no turismo, produção
de produtos da sociobiodiversidade, infraestrutura,
piscicultura e polos tecnológicos. "Na
Amazônia é possível produzir
para conservar. É uma via de mão dupla",
avaliou.
+ Mais
Zoneamento territorial ajudará
GDF a traçar desenvolvimento sustentável
17/05/2010
Carlos Américo
O Ministério do Meio Ambiente e o Governo
do Distrito Federal (GDF) fecharam parceria para
a elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico
(ZEE) do Distrito Federal. O documento, que deve
ficar pronto em março de 2011, vai traçar
estratégias de desenvolvimento sustentável
e indicar áreas vulneráveis ao impacto
das ações humanas nos recursos naturais,
com foco nas erosões e na proteção
dos recursos hídricos e da biodiversidade.
Segundo o diretor de Zoneamento
Territorial do MMA, Roberto Vizentin, o ZEE será
uma forma de atualização do Plano
Diretor de Ordenamento Territorial do DF, e vai
servir para assegurar o desenvolvimento sustentável
do DF e evitar a ocupação desordenada.
As discussões para a elaboração
do ZEE do DF vão também subsidiar
a construção do zoneamento da Região
Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal
e Entorno (Ride/DF). Também vai permitir
a combinação de ações
dos governos federal, estaduais e distrital, para
o desenvolvimento da Ride, composta pelo DF e 22
municípios do seu Entorno - 19 goianos e
três mineiros.
Os dois estados já realizaram
seus zoneamentos, por isso, a realização
do ZEE/DF vai permitir mais conhecimento técnico
da região a fim de definir a melhor gestão
da Ride. "Com o zoneamento do DF será
possível a integração de todos
os zoneamento para enfrentar os problemas da expansão
urbana", ressalta Vizentin.
O diretor esclarece, ainda, que
o ZEE da Ride DF, assim como o MacroZEE da Amazônia,
não é a junção das informações
dos zoneamentos e sim o diálogo entre os
documentos dos dois estados e do DF. O ZEE da Ride
vai traçar ações de desenvolvimento
sustentável para a região, seguindo
os potenciais de desenvolvimento da Ride de forma
integrada. O documento não vai destacar só
as estratégias para a proteção
do meio ambiente, mas também para infraestrutura,
geração de emprego, uso do solo, saúde
e educação.