13/05/2010 - Um estudo do Banco
Mundial, divulgado no final de 2009, estima que
os investimentos para reduzir em cerca de 20%
as emissões de carbono até 2030 poderiam
gerar anualmente 1,13% a mais de empregos formais
na nossa economia. O dado aponta que a transição
para uma economia de baixo carbono possibilita novas
oportunidades de negócios e empregos.
Reconhecer essas possibilidades
e definir um caminho para alcança-las foi
um dos objetivos da 9º Conferência Municipal
de Produção Mais Limpa, realizada
no Memorial da América Latina nesta quarta-feira,
12.05. “Tenho a convicção que esta
é a década da transição.
É o período que temos para nos prepararmos
para uma nova economia, a economia verde”, afirmou
o secretário estadual do meio ambiente, Xico
Graziano, durante a abertura do evento.
O relatório Empregos verdes
no Brasil: quantos são, onde estão
e como evoluirão nos próximos anos,
elaborado pela Organização Internacional
do Trabalho – OIT em 2008, aponta que 6,73% do total
de postos formais de trabalho são empregos
verdes, ou seja, atividades ligadas à economia
com baixa emissão de carbono. Para Graziano,
é necessário um esforço conjunto
para reverter as previsões mais pessimistas.
“Se nos próximos 10 anos formos capazes de
formular propostas e envolver os empresários,
os políticos e a sociedade, talvez em 2100
ou 2200 a humanidade continuará a manter
qualidade de vida”, declarou.
O pesquisador titular do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Carlos Nobre
apontou que a temperatura média da cidade
de São Paulo subiu 3,5º nos últimos
100 anos. “Costumo dizer que São Paulo é
um laboratório de mudanças de clima”,
disse. De acordo com o pesquisador, em breve será
divulgado um estudo que avalia a vulnerabilidade
de São Paulo e Rio de Janeiro quando o assunto
é aquecimento global. “O objetivo é
mostrar que essas cidades são vulneráveis
às mudanças climáticas e como
o poder público pode reagir a isso”, definiu.
O vereador Gilberto Natalini,
organizador da conferência, acredita que a
mudança de clima é sentida por todos.
“Como médico sei muito bem a relação
entre a saúde das pessoas e ambiente e precisamos
mudar essa realidade”, afirmou. A transição
para uma economia de baixo carbono é analisada
na publicação Economia Verde: desenvolvimento,
meio ambiente e qualidade de vida no Estado de São
Paulo, elaborada pela Coordenadoria de Planejamento
Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente – SMA.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: José
Jorge
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Coordenadoria de Educação
Ambiental realiza oficinas na Baixada Santista
12/05/2010 - Ensinar e conscientizar
de uma maneira diferente. Esse é o objetivo
dos encontros para formação continuada
de educadores no município de Cubatão,
iniciados em 05.05 e promovidos pela Coordenadoria
de Educação Ambiental – CEA da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente – SMA. A formação
está prevista dentro das ações
do Projeto Estratégico Serra do Mar e pretende
proporcionar espaço para a construção
e debate de algumas metodologias participativas
sob a ótica conceitual da Educação
Ambiental.
O primeiro encontro, realizado
no Centro de Capacitação e Pesquisa
em Meio Ambiente (CEPEMA), em Cubatão, contou
com a participação de quase 30 educadores
da baixada santista e abordou, sob a mediação
da pesquisadora e funcionária da CEA, Lucia
Helena Mazochi, alguns elementos para subsidiar
a reflexão sobre concepções
e práticas de educação ambiental.
Ainda nesse semestre, dando continuidade ao processo
de formação, serão realizadas
oficinas sobre metodologias participativas e educação
não-formal, técnicas de trabalho grupal
(dinâmicas, vivências, jogos cooperativos
e danças circulares), percepção
socioambiental e leitura crítica e reflexiva
da realidade. Para o segundo semestre estão
previstas oficinas que abordem as metodologias de
contação de histórias, da literatura
marginal e do teatro do oprimido como possibilidades
para educação ambiental.
Texto: Equipe CEA/Ludmilla Fregonesi Fotografia:
CEA
Município Verde Azul é
tema do 6º Café Ambiental
11/05/2010 - “Vocês são
os meus olheiros” disse o secretário Xico
Graziano aos 25 representantes de entidades ambientalistas
presentes no 6º Café Ambiental. Durante
o encontro, os ativistas conheceram as novas metas
das diretivas do Projeto Ambiental Estratégico
Município Verde Azul para 2010 e o método
de avaliação. Para o gerente executivo
do projeto, José Walter Figueiredo, a participação
dos ambientalistas é essencial. “Nós
estimulamos os interlocutores a procurar as organizações
não governamentais para incorporá-las
nesse processo”, relatou.
Os participantes apresentaram
diversas demandas ao secretário, como problemas
de saneamento e degradação ambiental,
além de criação de novas unidades
de conservação. “Vou avaliar com a
equipe do projeto a possibilidade das ONGs cadastradas
emitirem pareceres sobre a gestão ambiental
dos municípios”, disse Graziano. De acordo
com o secretário, a idéia é
que os ambientalistas ajudem a equipe do projeto
a fiscalizar o cumprimento das ações
municipais.
José Walter contou que
algumas entidades participam por meio dos conselhos
municipais de meio ambiente. “O próprio conselho
nos denuncia quando tem alguma coisa errada”. Ao
final do encontro, Graziano recebeu da entidade
Humanizar o certificado de Cidadão Amigo
da Ecologia.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: José
Jorge
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Capacitação de Educadores
é realizada em Votuporanga
11/05/2010 - Os moradores de Votuporanga
já sabem onde levar seu lixo reciclável,
entulho e móveis velhos. O município
conta com o projeto ECOTUDO, espaço onde
funciona ponto de entrega voluntária desses
resíduos, que são destinados adequadamente,
garantindo assim que eles não causem danos
ao meio ambiente. Além disso, em breve, haverá
o beneficiamento de diversos materiais, como produção
de vassouras com cerdas de PET, papel reciclado
com diversas fibras, dentre outras ações.
A prefeitura ainda tem a intenção
de criar neste local um espaço similar aos
do Projeto Criança Ecológica.
Este foi um dos exemplos de educação
ambiental apresentados na Capacitação
de Educadores na Agenda Ambiental: Projeto Criança
Ecológica, em Votuporanga, realizada pela
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São
Paulo – SMA, por meio da Coordenadoria de Educação
Ambiental – CEA nos dias 04, 05 e 06 de maio. As
capacitações contaram com a presença
de 180 pessoas, dentre as quais professores, coordenadores
pedagógicos, diretores de escola, secretários
municipais da educação e do meio ambiente
e demais autoridades.
No total participaram 28 municípios:
Votuporanga, Estrela D´Oeste, Paulo de Faria,
Pedronópolis, Santa Clara D´Oeste,
Cosmorama, Tanabi, Palmares Paulista, Fernandópolis,
Santa Fé do Sul, Ponta Linda, Santa Salete,
Orindiuva, Parisi, Santa Rita D´Oeste, São
João das Duas Pontes, Pontes Gestal, São
João de Iracema, Sebastianopólis do
Sul, Santa da Ponte Pensa, Américo de Campos,
Valentim Gentil, Magda, Mesópolis, General
Salgado, Nova Canaã Paulista, Santa Albertina
e Paranapuã. A iniciativa da SMA tem como
objetivo divulgar o Projeto Criança Ecológica
e possibilitar a troca de experiências entre
os municípios no que diz respeito a ações
e trabalhos de educação ambiental.
O evento contou com a participação
de municípios que já implantaram o
Projeto Criança Ecológica na rede
de ensino municipal. É o caso do município
de Tanabi, que mostrou como foi a visitação
ao Espaço do Criança Ecológica
Villa Ambiental, localizado no Parque Villa-Lobos,
em São Paulo. O município compartilhou
um pouco sobre a forma lúdica e pedagógica
utilizada para apresentar às crianças
o conteúdo das agendas ambientais propostas
pelo Projeto.
Texto: Equipe CEA/Ludmilla Fregonesi Fotografia:
CEA
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Fundação Florestal
realiza sua primeira ação no Monumento
Natural Estadual da Pedra Grande
10/05/2010 - O Dia do Trabalho
em Atibaia, comemorado em 1° de maio, foi a
data escolhida para a primeira ação
de campo da Fundação Florestal na
gestão efetiva do recém criado Monumento
Natural Estadual da Pedra Grande. Em parceria com
equipes da Prefeitura de Atibaia, da Polícia
Militar Ambiental (PMAmb), da Polícia Militar,
da ONG Simbiose, a FF atuou no controle e orientação
de visitantes que estiveram no local durante o feriado.
“Nossa intenção é se aproximar
da comunidade e mostrar que a gestão dessa
nova Unidade de Conservação será
participativa”, afirmou o gestor do Monumento Natural,
Francisco de Assis Honda.
Seguindo uma tradição
de décadas da cidade, moradores da região
de Atibaia aproveitam o feriado do Dia do Trabalho
para fazer uma caminhada até a Pedra Grande
e muitos aproveitam para passar a noite no rochedo.
Para evitar danos ambientais e orientar os visitantes,
as equipes da FF, da Prefeitura, da Simbiose e da
PMAmb bloquearam o acesso de veículos até
o local das 14h de 30 de abril até as 14h
do 1° de maio. “Aproveitamos a oportunidade
para divulgar que o local agora é parte de
uma Unidade de Conservação estadual
e que isso implica em sua utilização
com regras e muito respeito ao meio ambiente”, disse
Honda.
A contagem realizada pela Simbiose
registrou a visita de 1.615 pessoas, com 32 bicicletas
e 13 cavalos. Após a liberação
da estrada de acesso à Pedra Grande, 130
carros e 145 motos ainda se dirigiram ao rochedo.
A nova UC
O Monumento Natural Estadual da Pedra Grande foi
criado pelo Decreto 55.662, de 30 de março
de 2010. Ela abrange parte dos municípios
de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Mairiporã
e Nazaré Paulista, com área total
de 3.297 ha.
Essa UC tem por objetivo preservar
os atributos bióticos, abióticos e
cênicos do maciço da Pedra Grande.
Sua criação ocorreu após um
processo de discussão com as comunidades,
da realização de quatro audiências
públicas e sete meses de estudos técnicos
que aprofundaram pesquisas prévias que indicavam
a necessidade da existência das quatro novas
unidades implantadas em março de 2010 – parques
estaduais de Itapetinga e Itaberaba, o Monumento
Natural Estadual da Pedra Grande e a Floresta Estadual
de Guarulhos.
A Fundação Florestal agora se empenha
na elaboração de planos emergenciais
nas áreas de fiscalização,
monitoramento e combate incêndios florestais,
do ordenamento do uso público, da criação
do futuro conselho consultivo (conjunto de entidades
do poder público e da sociedade civil organizada
que auxiliam na gestão da UC), de sinalização
na demarcação de limites e da implantação
de uma sede administrativa provisória.
Texto: Equipe Fundação Florestal Fotografia:
Francisco Honda
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Técnicos da SMA vistoriam
usinas de açúcar e álcool
10/05/2010 - “O protocolo está
incorporado no planejamento estratégico das
empresas”. Essa é a impressão que
o gerente do Projeto Ambiental Estratégico
Etanol Verde, Ricardo Viegas, teve ao vistoriar
três unidades produtoras de açúcar
e álcool no interior do Estado. A agenda
de vistorias prioriza as usinas conforme a localização
na bacia hidrográfica e o conglomerado, ou
seja, as unidades gerenciadas por um único
grupo.
Estas vistorias têm o objetivo
de avaliar o cumprimento das diretivas estabelecidas
pelo Protocolo Agroambiental. No total, 169 unidades
agroindustriais e 26 associações de
fornecedores aderiram ao documento, o que representa
94% da produção paulista de etanol
e 56% da produção nacional. Os resultados
do protocolo têm aumentado a cada ano. Na
safra 2009/2010, 1,12 milhões de hectares
deixaram de ser queimados.
Além da melhoria na qualidade
do ar, o uso de água na produção
sucroalcooleira caiu consideravelmente. Na década
de 90 o setor consumia 5m3 para processar uma tonelada
de cana de açúcar. Atualmente, a média
é de 1,52m3 de água por tonelada.
Outro ganho é na geração de
energia a partir da biomassa, que representa 38%
da matriz energética paulista.
Viegas vistoriou as usinas Comanche,
em Canitar, São Manoel, no município
homônimo e a unidade do grupo Clealco na cidade
de Clementina. Durante a vistoria é avaliado
o cumprimento das diretivas estabelecidas no protocolo.
“Ficamos um dia inteiro em cada usina e fazemos
as observações. Quem nos acompanha
são os membros da diretoria e os proprietários
das usinas. Os compromissos com o fim da queima
e a recuperação das matas ciliares
têm sido bem cumpridos”, relatou.
Texto: Valéria Duarte