28/05/2010 - 17:07
O objetivo é informar
aos interessados sobre as propostas em avaliação
dos limites e categorias das UCs
A Fundação Florestal – FF, órgão
vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo, e a Prefeitura de Bertioga
realizam, às 14h de 31 de maio, uma reunião
pública sobre a criação de
Mosaico de Unidades de Conservação
em Bertioga. O encontro será realizado na
sede da Prefeitura, na Rua Luiz Pereira de Campos,
901, Vila Itapanhaú, em Bertioga (SP).
O objetivo é informar aos
interessados (representantes dos governos Federal,
Estadual e Municipal, de universidades, ONGs, associações
locais e demais envolvidos) sobre as propostas em
avaliação relacionadas ao desenho
dos limites e categorias das Unidades de Conservação
em processo de criação, bem como o
reconhecimento de Reservas Particulares do Patrimônio
Natural (RPPN) que estão sendo propostas
por alguns proprietários.
Desde 30 de março de 2010 a área está
submetida à “limitação administrativa
provisória”, conforme Decreto Estadual n°
55.661, que possui respaldo legal no artigo 22-A
da Lei Federal n° 9.985/2000 (Sistema Nacional
de Unidades de Conservação – SNUC).
Essa ação, válida por sete
meses, permite o aprofundamento de estudos que indicam
a necessidade da criação de um regime
especial de proteção aos ecossistemas
ali existentes.
O Polígono Bertioga, como foi chamada a área
(acesse http://www.fflorestal.sp.gov.br/bertiogaApresentacao.php)
é resultado de uma parceria entre a Fundação
Florestal e o WWF-Brasil para selecionar regiões
e consolidar procedimentos para a criação
de UCs no estado de São Paulo. A área
situada no município da Baixada Santista
foi escolhida por apresentar alta conservação
de fisionomias vegetais pouco representadas no Sistema
Paulista de Unidades de Conservação
(como a restinga), alto grau de ameaça à
sua integridade e forte mobilização
da sociedade pela sua proteção.
São 8 mil hectares entre a rodovia Mogi-Bertioga
e a Terra Indigena Guarani, incluindo sete quilômetros
de praias e costeiras junto às fozes dos
rios Itaguaré e Guaratuba. Essa área
constitui importante corredor biológico entre
ambientes marinho-costeiros, a restinga e a Serra
do Mar, formando um contínuo cuja proteção
é fundamental para garantir a perpetuidade
dos seus processos ecológicos e de sua biodiversidade.
Com relação à cobertura vegetal:
- apresenta todas as fitofisionomias citadas para
o litoral paulista, com destaque para : Manguezal,
Restinga e Floresta Ombrófila Densa de Terras
Baixas;
- abriga 98% dos remanescente de Mata de Restinga
da Baixada Santista;
- apresenta 44 espécies ameaçadas
de extinção;
- abriga 53 espécies de bromélias
– um terço das espécies de todo o
Estado.
Com relação à fauna:
- foram registradas 117 espécies de aves,
sendo 37 endêmicas e nove ameaçadas
de extinção;
- apresenta 93 espécies de répteis
e anfíbios – a maior diversidade de herpetofauna
na Mata Atlântica do Estado;
- abriga 117 espécies de mamíferos,
sendo 25 de médio e grande porte (como a
onça-parda, veado, anta, jaguatirica, mono-carvoeiro,
bugio, cateto e queixada, todos ameaçados)
e 69 quirópteros (morcegos), com seis espécies
ameaçadas de extinção presentes
na listagem do Estado de São Paulo, uma na
listagem brasileira e uma na listagem internacional.
Com relação ao patrimonio cultural:
- presença de sambaquis, indicando ocupação
por povos pescadores-coletores-caçadores,
que pode remontar a cinco mil anos.
Texto: Dimas Marques
+ Mais
Educadores conhecem melhor região
de Mananciais
27/05/2010 - 17:59
A Coordenadoria de Educação Ambiental
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, por
meio do Projeto Ambiental Estratégico Mananciais,
deu início aos Encontros de Orientação
às Práticas Educativas Ambientais
com a Visita Técnica ao Sistema Billings,
realizada no dia 20 de maio em parceria com a EMAE
– Empresa Metropolitana de Águas e Energia.
Os Encontros acontecerão ao longo do ano
e têm o objetivo de colaborar com a inserção
da temática dos Mananciais nas práticas
pedagógicas dos educadores das regiões
de abrangência das Bacias Guarapiranga e Billings.
Nesta primeira atividade, contamos
com a participação de 16 educadores
das regiões paulistanas de Capivari, Campo
Limpo e Capela do Socorro e também dos Municípios
de São Bernardo do Campo e Embu-Guaçu.
O objetivo do encontro foi abordar o Sistema Billings,
do ponto de vista histórico e funcional,
ressaltando os principais problemas enfrentados
hoje em relação aos usos múltiplos
da água do Reservatório, como o abastecimento
público, a geração de energia
elétrica e o lazer. Também foram abordadas
as causas e conseqüências da ocupação
irregular e da degradação das áreas
de mananciais da Região Metropolitana de
São Paulo.
O geógrafo do Departamento de Gestão
Ambiental da EMAE, Eduardo Rocha, acompanhou o percurso,
que se iniciou com visita à Sede da EMAE
na Pedreira, onde todos tiveram a oportunidade de
observar a Maquete do Sistema e visitar a Usina
Elevatória que reverte o Rio Pinheiros para
dentro do Reservatório da Billings, elevando-o
à 25 m. Em seguida, de barco, os educadores
navegaram pelas águas da Billings, conhecendo
cada um dos braços e verificando de perto
a vegetação que ainda a margeia e
as ocupações irregulares do solo.
A viagem na embarcação teve duração
de aproximadamente uma hora e culminou na chegada
a Barragem Reguladora Billings–Pedras, responsável
pela transferência das águas da Billings
para o Reservatório Rio das Pedras, que alimenta
a geração de energia da Usina Henry
Borden, em Cubatão, e abastece também
parte de Baixada Santista.
Finalizando o percurso, de ônibus, os educadores
foram conduzidos à Cubatão para conhecer
o funcionamento dos Complexos Externo e Subterrâneo
da Usina Henry Borden, que tem capacidade de produção
de 880 MW. Os próximos Encontros de Orientação
às Práticas Educativas Ambientais
terão como tema: Resíduos Sólidos
e a Escola, no qual haverá introdução
à problemática dos Resíduos
Sólidos, Oficinas de Compostagem e Aproveitamento
Integral de Alimentos e Visita Técnica a
uma Cooperativa de Triagem de materiais recicláveis.
Esta atividade acontecerá primeiramente em
Embu das Artes, depois será replicada em
Ribeirão Pires.