23/06/2010
Os dados referentes à emissão de cada
empresa encontram-se disponíveis, a partir
de hoje, no Registro Público de Emissões
de Gases de Efeito Estufa do país, acessível
pelo endereço eletrônico www.fgv.br/ces/registro.
O registro e a metodologia adotada para realizar
os inventários são ações
do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado
pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação
Getúlio Vergas (GVces), que na terça-feira
(22/6), realizou em São Paulo seu evento
anual do programa brasileiro, com a presença
de lideranças nacionais e internacionais
dos setores privado e público, bem como especialistas
no tema das mudanças climáticas. O
presidente da CETESB, Fernando Rei, foi um dos participantes
da mesa de abertura, ao lado da ministra do Meio
Ambiente, Isabela Teixeira.
Em 2009, 35 empresas brasileiras
de grande porte fizeram seus inventários
de emissão de gases de efeito estufa, para
determinar quais setores emitem mais gases causadores
do aquecimento global e como reduzir essas emissões.
Somadas, as emissões diretas desse grupo
representam quase 89 milhões de toneladas
de gás carbônico equivalente.
“Quantificar os gases que cada
companhia emite, saber quais os setores que mais
emitem e fazer a gestão adequada das emissões
de gases estufa colocam o Brasil entre os países
que buscam se adaptar às mudanças
climáticas e mitigar seus efeitos por meio
da economia de baixo carbono, que será a
tônica do mercado do século XXI”, observou
Rachel Bidermann, coordenadora adjunta do GVces.
As empresas do setor de transformação
respondem pela maior parte das emissões das
companhias inventariadas (89%), seguidas pelo setor
de mineração (10%). Saneamento, energia,
agrícola, serviços financeiros e
serviços públicos somam 1% dessas
emissões. No setor de transformação,
petroquímica e combustíveis são
as indústrias que mais emitiram. A mineração
de não metálicos ficou em segundo
lugar e metalurgia em terceiro.
Com dois anos de atuação
no país, o Programa GHG Protocol reúne
60 grandes empresas. Até o ano que vem, todas
essas empresas deverão publicar seus inventários
no Registro Público lançado ontem.
Texto: Renato Alonso/Assessoria de Imprensa GVces
Foto: Carolina Mafra
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CETESB e o Setor de Combustíveis
fecham acordo para Programa de Capacitação
em Áreas Contaminadas
28/06/2010 A Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo – CETESB e entidades
representativas do setor de distribuição
e venda de combustíveis e derivados do petróleo
no país, reunidos na Câmara Ambiental
do Comércio de Derivados do Petróleo,
fecharam no dia 24/6 um acordo para a implementação
de um programa de capacitação em áreas
contaminadas com produtos químicos.
Através de um Termo de
Cooperação assinado na sede da CETESB,
o presidente Fernando Rei e representantes do setor
acertaram as bases para a implementação
do chamado PIA – Programa de Implementação
de Gerenciamento de Áreas Contaminadas com
Base no Risco. Gestores dos setores públicos
e privados e técnicos que atuam na execução
de serviços relacionados à investigação
de áreas contaminadas no Estado de São
Paulo, receberão treinamento para atuarem
em projetos de remediação.
De acordo com o último
inventário feito pela CETESB, os postos de
combustíveis respondem por 79% das 2.279
áreas contaminadas existentes no cadastro
elaborado pela agência paulista. Outro dado
importante é o levantamento sobre acidentes
ambientais envolvendo postos e sistemas retalhistas
de combustíveis. De 1978 à 2010, foram
707 ocorrências, sendo 80% na Região
Metropolitana de São Paulo.
O principal apoio financeiro para
desenvolvimento deste programa virá do Sindicato
Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis
e de Lubrificantes – Sindicom. Segundo seu vice-presidente
executivo, Alisio Vaz, a entidade representa, a
nível nacional, as principais companhias
distribuidoras de combustíveis, como a Ale,
Castrol, Chevron, Ipiranga, Shell e Petrobrás,
atingindo mais de 80% do volume de distribuição
do produto no país.
Além do Sindicom, participam
do acordo o Sindicato do Comércio Varejista
de Derivados de Petróleo no Estado de São
Paulo – Sincopetro; a Federação Nacional
do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes
– Fecombustíveis; o Sindicato Nacional do
Comércio Transportador / Revendedor / Retalhista
de Combustíveis – Sindtrr; o Sindicato do
Comércio Varejista de Derivados de Petróleo
de Campinas e Região – Recap; e o Sindicato
do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo,
Lava-Rápido e Estacionamento de Santos e
Região – Resan, além da Associação
Brasileira das Empresas de Consultoria e Engenharia
Ambiental.
Segundo Rodrigo Cunha, gerente
do Departamento de Desenvolvimento Institucional
Estratégico da CETESB, outras entidades ou
empresas do setor poderão também apoiar
o programa, aderindo ao termo de adesão.
Estão previstos, para o segundo semestre
do ano, a realização dos primeiros
cursos de capacitação na área
de remediação de solo contaminado.
Texto: Renato Alonso