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RIO TIETÊ TERÁ COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA EM TODA A SUA EXTENSÃO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2010

09/06/2010 - 22:28
O Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH aprovou, em 08.06, a cobrança pelo uso da água na Bacia Hidrográfica do rio Tietê-Batalha para usuários urbanos e industriais. Com a aprovação, toda a bacia do rio Tietê passa a ter a cobrança, que é essencial para a melhoria da qualidade da água. Os recursos obtidos com a cobrança são gerenciados pelo Comitê de Bacia Hidrográfica – CBH e só podem ser aplicados na região, em planos, projetos e obras que tenham o objetivo de gerenciar, controlar, fiscalizar e recuperar os recursos hídricos.

O início da cobrança na bacia do Tietê-Batalha ocorrerá em janeiro de 2011, bem como nas bacias do Tietê-Jacaré e Alto Tietê. Nas bacias do Baixo Tietê e Sorocaba-Médio Tietê a cobrança ocorrerá a partir de julho de 2010. A cobrança é feita de usuários industriais e urbanos (como concessionárias de abastecimento e hotéis, clubes, shopping centers, entre outros). A cobrança é realizada desde 2007 nas bacias dos rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí – PCJ e Paraíba do Sul – PS. Em 2009, foram arrecadados R$ 15.584.099,46 e R$ 2.627.563,15 nas bacias do PCJ e PS, respectivamente.

A cobrança pelo uso da água é considerada um avanço na gestão dos recursos hídricos, pois além de dar valor monetário ao recurso natural estimula os usuários a economizar. Para exemplificar como a questão da disponibilidade e distribuição de água é um desafio para os gestores públicos, mais da metade da água que abastece a Região Metropolitana de São Paulo, que compreende a bacia do Alto Tietê, é importada da bacia do PCJ.

Para o secretário estadual do meio ambiente e presidente do CRH, Xico Graziano, o papel dos CBHs na discussão e implantação da cobrança é fundamental. “Somos líderes mundiais nessa matéria, e isso com a participação maciça dos comitês”, declarou.

Participaram da reunião o secretário de recursos hídricos e ambiente urbano, Silvano Silvério da Costa, e o diretor do departamento de recursos hídricos, Marco José Melo Alves, ambos ligados ao Ministério do Meio Ambiente. Eles acompanharam a aprovação das deliberações do conselho, bem como apresentaram o processo de revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos – PNRH, que conta com a participação dos comitês estaduais. “Decidimos trazer e compartilhar a discussão da revisão do plano para que todo o sistema de recursos hídricos possa participar desse processo”, afirmou Silvano.

Deliberações

Os conselheiros também aprovaram a criação do Grupo de Trabalho que vai priorizar programas e definir metas e ações que devem integrar o PNRH. O grupo se reunirá no próximo dia 16.06 e apresentará suas contribuições à Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano em julho deste ano.

Outra deliberação aprovada pelos conselheiros admite a indicação ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos – Fehidro para financiamento de projetos elaborados por órgãos do sistema ambiental, como o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb.

O CRH aprovou ainda a deliberação que define os critérios para ajuste de repartição dos recursos financeiros do Fehidro entre as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHIs que vigoraram no ano de 2009. Os conselheiros aprovaram também a deliberação que referenda decisão do CBH-Pardo, definindo critérios técnicos para autorização de perfuração de poços tubulares profundos no município de Ribeirão Preto.

Posse

Durante a reunião do CRH também foram empossados os novos representantes da sociedade civil no conselho. São eles: Anícia Aparecida Baptistello Pio, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP; Jorge Rocco, do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP; André Elia Neto, da União da Indústria da Cana-de-açúcar – Única; Renata Fernandes Vieira Camargo, do Sindicato das Indústrias de Fabricação do Álcool do Estado de São Paulo – Sifaesp; Luiz Sutti, da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – FAESP; Luis Alberto Moreira Ferreira, da Associação Brasileira de Criadores – ABC; Danilo Lopes Marques da Silva e Fabíola Silva Mafra, da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica – ABCE; Hugo Marcos Piffer Leme e Paulo Roberto Tinel, da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – Assemae; Fernando Ariani Albernaz e Enio Campana, da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto – Abcon; Alceu Guérios Bittencourt, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES; Luiz Carlos Pignagrandi, do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente – Sintaema; Carlos Eduardo Giampá, da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas – ABAS; João Jerônimo Monticeli, da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental – ABGE; Benedito Braga, da Associação Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH; Orivaldo Brunini, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola – Fundag; Miron Rodrigues da Cunha, da Comissão de Defesa e Preservação da Espécie e do Meio Ambiente – CEDEPEMA; Maria Luisa Borges Ribeiro, da SOS Mata Atlântica e Ana Lara Torres Colombar Tomé, do Conselho Nacional de Defesa Ambienta – CNDA.
Texto: Valéria Duarte Fotografia: José Jorge

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Top Etanol destaca trabalhos de divulgação da cadeia produtiva da cana

08/06/2010 - 11:58
Trabalhos jornalísticos e acadêmicos foram reconhecidos em evento do setor sucroenergético
Reconhecer os trabalhos jornalísticos e acadêmicos sobre a cadeia produtiva da cana-de-açúcar. Este foi o principal objetivo do Prêmio Top Etanol, que teve a sua primeira edição esse ano e contou com a inscrição de 220 trabalhos. Na noite dessa segunda-feira, 07.06, o Via Funchal, na capital paulista, foi o local escolhido para a divulgação dos vencedores do prêmio, encabeçado pelo Projeto Agora – principal iniciativa de comunicação e marketing integrado do setor sucroenergético brasileiro, reunindo oito grandes empresas ligadas ao setor.

“O prêmio estimula uma maior geração de conteúdo de qualidade”, explica Eduardo Leduc, vice-presidente Agrobrasil da Basf, uma das empresas que integram o Projeto Agora. Segundo Leduc, “o Top Etanol é um incentivo para aqueles profissionais que estão iniciando suas produções e pesquisas científicas sobre a cana-de-açucar”. Além disso, o prêmio presta também homenagens a personalidades acadêmicas, da área de tecnologia e políticas, que contribuíram com o desenvolvimento do setor. Ao todo, foram distribuídos R$68 mil em premiações.

Em cerimônia com 1.500 convidados, o presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul - Orplana, Ismael Perina, aproveitou para destacar a importância deste setor para o desenvolvimento brasileiro. “O setor sucroenergético conta com mais de 70 mil produtores em mais de mil municípios. Isso o torna um dos setores mais importantes na agenda do desenvolvimento”, destacou Perina, lembrando ainda que os 500 mil trabalhadores da cadeia produtiva da cana representam um quinto da mão de obra no campo no país além de que, em 2009, o faturamento do setor chegou a US$ 5 bilhões.

Já o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar – Única, Marcos Jank, fez questão de enfatizar os ganhos ambientais com o desenvolvimento de tecnologias de veículos bimotores que já permitem a fabricação de 90% dos veículos nacionais no modelo Flex Fuel, aumentando o uso do etanol como combustível em detrimento da gasolina, que tem o petróleo como principal matéria-prima. “Enquanto o petróleo é cada vez mais escasso e o maior responsável pela emissão de gases de efeito estufa, o etanol é renovável, e portanto infinito, reduzindo fortemente as emissões em relação à gasolina”. Jank ainda lembrou que a indústria canavieira assumiu o compromisso do “desmatamento zero”. “Isso quer dizer que não haverá qualquer expansão da cana-de-açúcar sobre florestas ou vegetação nativa, em qualquer bioma do país”, explicou, argumentando ainda que a alta tecnologia permitiu que o setor aumentasse a produtividade sem, necessariamente, ter que expandir as áreas de plantio.

Os representantes do setor, aproveitaram a noite festiva para cobrar do próximo governante do país algumas medidas importantes para o desenvolvimento do setor sucroenergético e, consequentemente, do país. Entre as reivindicações estavam a criação de linhas de crédito específicas para os produtores, a proteção das propriedades produtivas agropecuárias, e a formulação de normas trabalhistas específicas para os trabalhadores do campo, além de políticas públicas inovadoras que priorizem o uso de energias renováveis de baixo carbono no Brasil.

Etanol Verde

No Estado de São Paulo, a Secretaria do Meio Ambiente – SMA junto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento – SAA já trabalha com uma agenda intensiva na cadeia da cana-de-açúcar. Em 2007 foi criado o Protocolo Agroambiental, visando antecipar o fim da queima da palha da cana para o ano de 2014, em áreas mecanizáveis, e em 2017, em áreas não mecanizáveis, além de firmar compromissos de recuperação de matas ciliares e redução no consumo de água na produção.

O Protocolo já foi assinado por 155 usinas, correspondente a 90% das unidades paulistas, e 24 associações de fornecedores. Para cumprir as diretivas do Protocolo o setor assumiu o compromisso de recuperar e preservar 185 mil hectares de mata ciliar, além de reduzir o seu consumo de água para entre 0,7 e 1,0 m³ por tonelada de cana, ante o consumo que chegava a ser de 3,0 a 4,0 m³ por tonelada. Atualmente, mais da metade da cana-de-açúcar paulista é colhida mecanicamente.
Texto: Evelyn Araripe

 


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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