Panorama
 
 
 

CONSELHO APROVA UCS EM BERTIOGA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2010

26 Outubro 2010
Por 27 votos favoráveis, um voto contra e uma abstenção, o Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Consema) aprovou hoje a criação do Parque Estadual Restinga de Bertioga, com 9.264,42 hectares, e da Área de Relevante Interesse Ecológico Itaguaré, com 58 hectares, ambos no município de Bertioga.

Conforme o diretor-executivo da Fundação Florestal de São Paulo, José Wagner Neto, o texto recebeu pequena alteração para permitir a captação de água para abastecimento público nas áreas protegidas e segue para a Casa Civil do Estado. Em seguida receberá a assinatura do governador e só então será publicado no diário oficial.

"A expectativa é de que a criação seja concretizada este ano. Havia estudos com quase 30 anos para a proteção daquela área, medida que se tornou possível com um processo participativo e apoio do WWF-Brasil. Hoje é um dia importante para a conservação da Mata Atlântica em São Paulo", afirmou José Wagner Neto.

A criação das unidades de conservação em Bertioga é uma prioridade do WWF-Brasil, que promoveu uma série de ações públicas e via Internet. As áreas protegidas também fazem parte da lista de prioridades da campanha Cuidar da natureza é cuidar da vida.

As áreas que receberão proteção oficial abrigam rica biodiversidade e estão vulneráveis à pressão imobiliária e turística. Além de proteger rios que abastecem a região e espécies ameaçadas e exclusivas do bioma, as unidades conservarão a planície que faz conexão com o Parque Estadual da Serra do Mar.

"Em vez de milhares de hectares, ou mesmo milhões de hectares, como temos na Amazônia, resta tão pouco da Mata Atlântica que devemos preservar e comemorar a criação de novas áreas protegidas, mesmo que medidas em metros quadrados", ressalta Cláudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil.

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Gestão das Águas: Consórcio Lagos-São João vira Agência da região dos Lagos, no RJ

22 Outubro 2010
Em Assembleia Geral Ordinária do Comitê de Bacia Lagos-São João, realizada hoje (22/10), em Búzios (RJ), foi apresentado para discussão o Contrato de Gestão viabiliza o Consórcio Intermunicipal para a Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira (CILSJ) – mais conhecido simplesmente por Consórcio Intermunicipal Lagos-São João – como Agência Delegatária para efeito de execução das ações programadas no âmbito do Comitê de Bacia Lagos-São João.

A rigor, o Consórcio, que reúne doze municípios da região, já vinha, na prática, executando o papel de agência e foi o propulsor da criação do Comitê de Bacia Lagos-São João. Desta forma, o contrato de gestão oferece ao Consórcio, como uma agência de águas, instrumentos - incluindo financeiros - para implementar as ações propostas pelo Comitê de Bacias.

Entendendo o processo – Os comitês de bacia hidrográfica são, no Brasil, as unidades de gestão de recursos hídricos. Ali, representantes da sociedade civil, do governo e dos usuários de água, discutem as ações necessárias para garantir água em quantidade e qualidade para os diversos usos e para a manutenção dos ecossistemas aquáticos.

Entre as deliberações dos comitês de bacia está a cobrança pelo uso da água. Ou seja, usuários das águas das bacias hidrográficas (indústrias, irrigantes, produtores de energia elétrica, empresas de saneamento) passam a pagar pelo uso da água.

Os recursos arrecadados pela cobrança são utilizados pelas Agências de Água ou Agências Delegatárias para executar as ações determinadas pelos Comitês de Bacia. Daí a grande importância, para a chamada Região dos Lagos, do Contrato de Gestão hoje apresentado na Assembleia.

Durante a reunião, o presidente do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Inea), Luiz Firmino, destacou que já existem R$ 2,5 milhões para projetos de melhoria e restauração da Represa de Juturnaíba – localizada no rio São João e responsável pelo abastecimento de grande parte da região dos Lagos.

Firmino lembrou, também, que, mesmo enfrentando a burocracia resultante da falta todos os mecanismos legais, foi possível, graças aos esforços dos municípios participantes do consórcio, investir R$ 150 milhões em saneamento nos últimos dois anos, por meio das concessionárias de saneamento ambiental.

Para Samuel Barrêto, coordenador do programa Água para a Vida, do WWF-Brasil – parceiro do Consórcio e do Comitê desde suas fases embrionárias – , seus integrantes alcançaram mais um marco, qualificando e ampliando os desafios e responsabilidades do Consórcio.

“A partir de agora, o Consórcio passará a ser o "braço executivo" do Comitê e é importante investir ainda mais em sua capacidade técnica e gerencial. Mas tenho certeza que esse novo capítulo será mais uma etapa de sucesso na gestão de água no Brasil”, analisou Samuel.

Barrêto destacou, também, que a agenda de trabalho do WWF-Brasil junto à região – com gestão de recursos hídricos e adaptação às mudanças climáticas ganha e muito com a delegação de agência ao Consórcio. “Esta autonomia confere aos esforços conjuntos do WWF-Brasil, do Consórcio e do Comitê status de continuidade e permanência”.


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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