As unidades criadas estão
inseridas no Sistema de Áreas Protegidas
do Vetor Sul, o Monumento Natural Serra do Gambá
e o Monumento Natural Serra da Moeda. O MN Serra
do Gambá é resultado de licenciamento
concedido à Companhia de Desenvolvimento
Econômico de Minas
Gerais (Codemig) pela implantação
do Distrito Industrial de Jeceaba. Durante o processo
de regularização do empreendimento,
a Codemig ficou responsável pela elaboração
dos estudos técnicos para implantação
da Unidade. A serra do Gambá representa,
além de grande importância para a conservação
e preservação da natureza, uma importante
área de potencialidades que podem ser exploradas
e utilizadas pela comunidade de diversas formas,
dentre elas, o turismo. O Monumento está
situado no município de Jeceaba, com área
de 442,22 ha.
O MN Serra da Moeda é resultado
de licenciamento concedido à empresa Gerdau
S/A para o empreendimento “Mina Várzea do
Lopes” ficando a empresa também responsável
pela elaboração de estudos para a
criação da unidade, sendo que tais
estudos indicaram o local e a categoria de manejo
ora propostos como sendo os mais indicados para
a proteção ambiental da área,
considerada de grande relevância biológica
na região, representando grande potencial
turístico e científico, além
de grande acervo histórico e cultural. A
criação dessa UC também teve
inteveniência do Ministério Público
Estadual. Localizado nos municípios de Moeda
e Itabirito, O MN Serra da Moeda possui área
de 2.372,55 ha.
O secretário José
Carlos Carvalho ressaltou a importância da
criação dessas áreas. “Esse
ato institucional demonstra o esforço que
Minas Gerais tem feito para assegurar a conservação
da biodiversidade no estado”, disse. De acordo com
ele, Minas pode ser considerado uma síntese
do Brasil por abrigar os três dos mais importantes
biomas do Brasil: Mata Atlântica, Cerrado
e Caatinga. Ele ressaltou também a ampliação
de 40% das áreas protegidas no estado em
oito anos e a regularização fundiária
de 50% dessas áreas. “Estamos conseguindo
cumprir a meta de regularizar 30 mil hectares por
ano”, acrescentou.
Redução de Gases
de Efeito Estufa
O secretário também
ressaltou a parceria com empresas públicas
e privadas na criação das unidades
de conservação e em projetos de preservação
do meio ambiente. José Carlos Carvalho citou
a parceria feita com a empresa Plantar no “Projeto
Plantar”, que pretende reduzir as emissões
de gases do efeito estufa por meio do plantio sustentável
de florestas de eucalipto para suprir o uso do carvão
vegetal na produção de ferro primário.
De acordo com o Projeto, ao longo
de 28 anos, a concentração de gás
carbônico na atmosfera terá uma diminuição
de cerca de 12 milhões de toneladas. “Com
essa iniciativa podemos fazer um projeto de mecanismo
de desenvolvimento limpo pioneiro no Brasil, dando
a Minas um diferencial ao fazer a transição
de uma siderurgia predatória para uma siderurgia
verde, retirando assim a pressão antrópica
do uso do carvão”, frisou o secretário.
O secretário afirma que
com esse projeto será possível cumprir
as metas não só de Minas Gerais, mas
do Brasil, estabelecidas junto ao protocolo de Kyoto
e a outros acordos internacionais referentes à
redução da emissão de gases
do efeito estufa.
Laboratório Eugênio
Warming
Considerando a celebração
do ano Internacional da Biodiversidade e a importância
científica e histórica da área
do Parque Estadual do Sumidouro, foi criado também
na solenidade, o laboratório Eugênio
Warming. O laboratório tem como objetivo
a atração de pesquisadores nacionais
e internacionais para o desenvolvimento de pesquisas
relativas à biodiversidade relacionadas aos
biomas com ocorrência no Vale do Rio das Velhas,
em especial o bioma cerrado, assim como a promoção
de apoio de campo às pesquisas a serem desenvolvidas
na área do Parque Estadual do Sumidouro.
Desmatamento em Minas reduz 34,5%
O índice de desmatamento
registrado no Estado diminuiu. É o que revela
o Mapa da Cobertura Vegetal de Minas Gerais, estudo
realizado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla)
em parceria com o Instituto Estadual de Florestas
(IEF). Segundo o levantamento, durante o biênio
2007/2009 foram desmatados 71.510 hectares (ha),
34,85% a menos do que os 109.754 ha registrados
entre 2005/2007. Já em relação
ao biênio 2003/2005, período em que
foram desmatados 152.635 ha, a queda foi de 53,2%.
O Mapa da cobertura vegetal que
indica as áreas em que a cobertura vegetal
nativa sofre maior pressão, lançado
a cada dois anos, integra o Inventário da
Flora Nativa e do Reflorestamento de Minas Gerais.
O inventário fornece também dados
quantitativos e qualitativos referentes às
florestas mineiras.
Os dados foram apresentados pelo
pesquisador da Universidade Federal de Lavras, José
Roberto Scolforo. Ao analisar a queda do desmatamento,
que vem apresentando índices cada vez menores,
desde que o estudo teve início, em 2003,
Scolforo atribui a queda à ação
proativa do Instituto Estadual de Florestas, mas
também à crise econômica em
2008, que provocou retração na atividade
do Estado.
Scolforo observou que o desmatamento
ocorrido no último biênio é
resultado de vários pequenos desmatamentos:
60% da supressão vegetal aconteceram em áreas
inferiores a 100 hectares, sendo que boa parte deles
(2024 focos de desmatamento) não ultrapassou
10 hectares, em um processo, que o especialista
denominou de “desmatamento formiguinha”. O mapa
revelou também que 498 dos 853 municípios
mineiros tiveram desmatamento zero.
O especialista anunciou que o
Estado adquiriu um novo conjunto de imagens de satélite,
com mais resolução, e que vai proporcionar
ainda mais qualidade ao Mapa em 2011. Às
imagens do satélite Landstat, soma-se agora
as do satélite Rapideye, uma ferramenta mais
apurada para medição. “Se antes era
possível visualizar uma imagem de 900 metros
quadrados, agora será possível uma
imagem que reproduza uma área de 25 metros
quadrados, com mais definição”, acrescentou.
+ Mais
Secretário de Meio Ambiente
supervisiona trabalho de desativação
de barragem em Cataguases
O secretário de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,
José Carlos Carvalho, estabeleceu o dia de
30 de novembro de 2010 como meta para que uma das
barragens localizadas em Cataguases esteja com 50%
de sua área revegetada. A decisão
foi anunciada nesta sexta (17/09) em vistoria ao
trabalho de desativação de duas barragens
localizados no município da região
da Zona da Mata de Minas Gerais .
A decisão refere-se a barragem
A da empresa Florestal de Cataguases que já
está praticamente seca. Para a barragem B,
da mesma empresa, a previsão é de
que em junho de 2011 comece o trabalho de revegetação.
As barragens estão em processo de encerramento
desde dezembro de 2008, quando chuvas torrenciais
provocaram o enchemento das estruturas e causaram
preocupação à população
da região. Na ocasião, o secretário
determinou o fechamento das duas barragens.
"No final de novembro, a
empresa deve apresentar os resultados do trabalho
de revegetação que já começou",
afirma José Carlos Carvalho. A intervenção
no local segue um cronograma sugerido pela Universidade
Federal de Viçosa (UFV) que elaborou um estudo
para a desativação e revegetação
da área da barragem que é de cerca
de seis hectares.
Segundo o professor Walter Abrãao,
do Departamento de Solos da UFV, o caminho até
a revegetação tem sinais a observar.
"O trabalho depende de condições
como a do solo, que deve estar compacto, e das condições
do tempo e época de início das chuvas",
afirma. Ele informa que atualmente estão
sendo feito um trabalho para evitar a erosão
do solo, corrigindo a acidez e a salinidade do solo.
Já na barragem B, atualmente,
estão sendo realizadas análises da
qualidade da água para avaliar as condições
para esvaziamento da estrutura. Em junho de 2011,
com a barragem seca, será iniciado o trabalho
de revegetação que seguirá
um roteiro similar ao adotado para a barragem A.
Gestão de barragens
O Sistema Estadual de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos (Sisema) realiza o monitoramento
das condições das barragens de rejeitos
e resíduos localizadas em Minas Gerais. Dados
da edição de 2009 do Inventário
Estadual de Barragens, elaborado pela Fundação
Estadual de Meio Ambiente (Feam), indicam a existência
de 720 barragens no Estado, das quais 594 tem garantia
de estabilidade, 44 permaneciam sem conclusão
por falta de dados ou documentação
técnica e 23 não apresentaram a declaração
de condições.
Regularmente a Feam realiza operações
de fiscalização para verificar a manutenção
das condições de segurança
das barragens que é de responsabilidade exclusiva
do empreendedor, dos projetistas e dos técnicos
responsáveis pela operação
e monitoramento. As empresas tem ainda de realizar
auditorias periódicas que tem de ser feitas
por profissionais especializados e independentes.
O Programa de Gestão de
Barragens de Rejeitos e Resíduos é
desenvolvido pela Feam desde 2002 com o objetivo
de reduzir o potencial de danos ambientais em decorrência
de acidentes nessas estruturas. Em 2008, a Feam
disponibilizou o Banco de Declarações
Ambientais (BDA) que permite aos empreendedores
cadastrar e atualizar dados sobre as barragens na
internet. Com base nas informações
declaradas, a Feam elabora o Inventário que
está na sua terceira edição.
Fonte: Ascom/ Sisema