Panorama
 
 
 

ANIMAIS APREENDIDOS PODEM SER DEVOLVIDOS
A CIRCO ACUSADO DE MAUS-TRATOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2011

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Zoológico de Brasília vai tentar impedir a devolução de seis animais aos proprietários do Le Cirque. Em 2008, 22 animais foram confiscados pela Justiça e estavam vivendo em zoológicos e santuários ecológicos espalhados pelo país. Em Brasília, estão um rinoceronte, um elefante, um camelo, um hipopótamo e duas lhamas.

Os donos do Le Cirque foram condenados por maus-tratos porque, segundo a denúncia do Ministério Público (MP), o circo não apresentava condições mínimas de segurança, nutrição e saúde para os animais. No entanto, na última quinta-feira (17), a Terceira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal reviu a decisão em primeira instância e absolveu os réus.

Para os desembargadores, não há provas suficientes para comprovar os maus-tratos aos animais. As condições de transporte e alojamento a que os bichos foram submetidos eram consequência natural do modo de vida circense, de acordo com a decisão. “A condição nômade destas empresas de espetáculos populares não mais encontram espaços físicos nas cidades do Brasil urbano, o que impõe é uma união, de improvisos e de sofrimentos, dos homens e dos animais, sob as mesmas lonas escaldantes do circo”.

O diretor-presidente do Zoológico de Brasília, José Belarmino da Gama, preparou um relatório comparando a situação dos animais quando chegaram ao parque e as condições atuais. “Os animais estão sendo muito bem cuidados aqui por técnicos, tratadores e veterinários. Muito diferente da situação em que eles se encontravam. Estavam sujeitos a restrição de movimento, transportes sucessivos. Eram ariscos, o estresse era visível”.

O dossiê será entregue à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente do MP do Distrito Federal e à procuradoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para servir de subsídio para um recurso judicial contra a devolução dos bichos.

Segundo Belarmino, o zoológico ainda não foi notificado da decisão judicial. “Vejo com tristeza essa possibilidade de os animais terem que voltar para o circo, as condições são incomparáveis”.

 

+ Mais

Corte no Orçamento não atinge fiscalização e licenciamento ambiental

Danilo Macedo e Luana Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (17) que os cortes no orçamento da pasta não vão atingir as atividades de fiscalização e licenciamento ambiental. A contenção de gastos com diárias e passagens não deve ser estendida ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“Tivemos cortes na área de custeio em torno de diárias e passagens, mas o Ibama e o ICMBio não foram objeto disso. As atividades de fiscalização, de licenciamento, de combate a incêndios florestais estão devidamente preservadas”, assegurou.

Izabella disse que o ministério ainda está definindo que áreas e programas terão recursos redistribuídos para respeitar os novos limites de gastos previstos pelo Ministério do Planejamento. “Estamos fazendo uma avaliação interna sobre programas em que, eventualmente, vamos ter que fazer realocação de recursos”.

Sem divulgar o valor do corte, a ministra disse que a perda não será tão grande quanto em outros ministérios. “Não serão valores tão expressivos comparativamente ao resto da esplanada [dos Ministérios], porque o MMA não tem orçamento de bilhões, nosso orçamento é de cerca de R$ 1 bilhão”. O ministério também tem outras fontes de recursos, além Orçamento da União, como o Fundo Amazônia, que tem US$ 1 bilhão em caixa.

 


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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