Panorama
 
 
 

SETOR DA RECICLAGEM QUER AUMENTAR PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2011

04/02/2011
Suelene Gusmão
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu nesta quinta-feira (3/2) os representantes da União Nacional dos Sindicatos e Associações das Empresas de Reciclagem (Unaser). O setor veio solicitar do Ministério uma maior participação dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010 e recentemente regulamentada. Participaram da reunião a Secretária da Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, e o Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério.

Entre as principais reivindicações do setor de reciclagem apresentadas à ministra estão: a criação de um marco regulatório para a atividade, como a criação de um código brasileiro da reciclagem; a desoneração para o setor; e a abertura de um canal de diálogo entre recicladores e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os representantes da Unaser manifestaram também o desejo de realizar o mapeamento do setor de reciclagem no Brasil.

A ministra informou aos participantes as mudanças e os ajustes que o Ministério vem promovendo, como a criação de uma secretaria sobre Cidades Sustentáveis, para substituir a secretaria que hoje cuida do ambiente urbano. Izabella explicou que, antes de qualquer coisa, é preciso que haja uma reflexão estratégica para que se possa avançar no debate sobre o setor para que esse passe a contar com uma política competitiva.

"Precisamos ter uma visão crítica do setor, com avaliação econômica e social para darmos prosseguimento a esse diálogo. Essa avaliação tem de vir embasada por estudos profundos relativos à atividade", disse a ministra. Izabella reafirmou a importância do setor de reciclagem como um segmento competitivo, mas que necessita de aperfeiçoamento tecnológico para incrementar suas oportunidades e possibilidades.

A ministra considerou a proposta de criação de um Código Brasileiro de Reciclagem uma iniciativa oportuna, mas ponderou a necessidade se de embasar melhor o discurso para responder questões como que melhoria se conseguiria com a sua criação e que oportunidades traria. "Esse é um processo em construção e de alianças e quero entender mais profundamente a envergadura da proposição", disse.

Quanto à reivindicação de desoneração para o setor, a ministra explicou que, antes de tudo, seria necessária uma avaliação econômica bem elaborada para a demanda e a abertura de diálogo com os estados da Federação. "Preciso de argumentos fortes do ponto de vista econômico e social para convidar outros atores à discussão. Com bons números se removem preconceitos", disse ela.

Izabella informou aos representantes do setor que o Ministério já mantém uma agenda ampla com os catadores, assim como com a indústria e que vê com bons olhos a criação de um canal de comunicação com os recicladores.

Estiveram presentes à reunião Marcos Albuquerque, do Sindicato das Indústrias de Reciclagem do Ceará (Sindiverde); Carlos Israilev, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico de Reciclagem; Manuel Padreca, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Recicladoras de Papel; Marcelo Alarenga e José Carlos, da Associação Nacional das Empresas de Reciclagem de Pneus e artefatos de Borracha (Arebop); e Celso Pedrino da Associação Brasileira das IndústriasRecicladoras de Papel (Abirp).

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MMA divulga metodologia de medição de poluição veicular

09/02/2011
Cristina Ávila
O Ministério do Meio Ambiente lançou nesta quarta-feira (9/2) documento que vai subsidiar os estados com metodologia para facilitar a elaboração de inventários regionais de poluentes, pré-requisito fundamental para criação de seus Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPVs), que devem estar prontos até 30 de junho, prazo determinado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

As informações fazem parte do relatório final do 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, e trazem fórmulas científicas para medir os níveis de gases poluentes que se desprendem de carros, caminhões, ônibus e motocicletas. Essas fórmulas foram definidas por especialistas de instituições governamentais e privadas vinculadas aos setores de combustíveis e veículos, sob a coordenação da Gerência de Qualidade do Ar do MMA.

O documento foi apresentado pela secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Branca Americano. "Os cálculos partem dos números de veículos que circulam no País, consumo de combustível e intensidade de uso da frota." Ela explica que a metodologia já foi utilizada para se chegar aos resultados do inventário nacional divulgado pelo MMA em março do ano passado. Foram inventariadas emissões no País entre 1980 e 2009, e feitas projeções até 2020.

O gerente de Qualidade do Ar do MMA, Rudolf Noronha, enfatiza que a partir do documento lançado hoje, e com a elaboração de seus próprios inventários, os estados terão condições de avaliar a necessidade ou não de criarem programas de inspeção veicular. Esses programas, quando necessários, deverão estar detalhados nos PCPVs, que serão submetidos à apreciação dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente.

Além da importância para as ações estaduais voltadas para os veículos em uso, Rudolf Noronha ressalta que agora o Governo Federal dispõe de uma base metodológica científica precisa para o planejamento de novas fases dos programas de controle de poluição voltados para a fabricação de veículos, sejam eles carros, caminhões, ônibus, motos ou máquinas agrícolas.

Os resultados do inventário nacional também demonstram o sucesso dos programas de governo para o controle da poluição veicular e apontam para a necessidade de que, em suas futuras fases, o Proconve e Promot sejam cada vez mais rigorosos, tendo em vista que o Brasil está em período de grande desenvolvimento econômico e que a venda de veículos tem alcançado crescimento sem precedentes.

Durante o período analisado, a frota brasileira de veículos cresceu de aproximadamente 9 milhões para 35 a 40 milhões, ao mesmo tempo em que as emissões de gases poluentes foram reduzidas substancialmente. "Se a poluição tivesse aumentado nas proporções que vinham sendo registradas até 11000, hoje andaríamos de máscara nas ruas", adverte Paulo Macedo, coordenador do Proconve no Ibama, uma das instituições que participou da elaboração do estudo.

O resultado se dá especialmente por causa das exigências feitas à indústria para a fabricação de motores menos poluentes e de combustíveis mais limpos.

Além do MMA e do Ibama, também participaram da elaboração do Relatório-Final desse1º Inventário o Instituto de Energia e Meio Ambiente, a Agência Nacional do Petróleo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Cetesb, a Petrobras e a Anfavea. As instituições também irão divulgar os resultados obtidos em seus canais de comunicação.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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