Panorama
 
 
 

REBIO DO ABUFARI PROTEGE 225 MIL TARTARUGAS DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2011

Qui, 31 de Março de 2011 21:00 O balanço foi realizado ano passado
Brasília (1º/4/2011) – A Reserva Biológica (Rebio) do Abufari, no Amazonas, acaba de apresentar o balanço das principais ações realizadas no ano passado. Segundo o documento, em 2010 foi feita a proteção e manejo de aproximadamente 225 mil filhotes de tartaruga da amazônia (Podocnemis expansa), espécie ameaçada de extinção, em uma única praia localizada no interior da Rebio.

Mais de duas mil tartarugas adultas foram salvas indiretamente com a apreensão de cerca de 50 redes de coleta de quelônios no interior da unidade. Aproximadamente 20 km de redes de pesca profissional e de coleta de quelônios foram apreendidos também dentro da unidade, somando mais de R$ 500 mil em apreensões de redes.

De acordo com o balanço, cerca de 120 quelônios adultos foram apreendidos em operações de proteção ao longo de 2010, recuperados do tráfico de animais e devolvidos a natureza. Mais de 40 toneladas de pescado ilegal foram apreendidas e doadas (doação acompanhada pelo Ministério Público, conforme orientação do TSE) para programas de assistência social sediados no município de Tapauá, Amazonas.

Também foram apreendidas duas toneladas de carne seca de jacaré-açu (Melanosuchus niger) e, pelo menos, 110 quilos de carne de outros animais silvestres, entre eles anta (Tapirus terrestris) e porco-do-mato (Tayassu tajacu). Todo esse material perecível - carne de caça – foi incinerado.

O total geral de apreensões de equipamentos em 2010, em consequência de infração administrativa ambiental, ultrapassou o montante de R$ 2 milhões. Entre os principais itens estão, embarcações de pesca profissional, apetrechos de pesca profissional, motores e armas de fogo.

Com relação às atividades de promoção do desenvolvimento socioambiental, a equipe da reserva buscou a aproximação com as populações tradicionais residentes na Rebio, tentando apoiar e solucionar dificuldades, necessidades e conflitos socioambientais vividos pelos mais de 1500 moradores.

Nessa linha, em 2010 a Rebio do Abufari iniciou a elaboração de um documentário sobre a realidade socioambiental - conflitos e oportunidades - dos 1500 moradores da reserva. Executou a primeira ação de educação ambiental realizada pelo ICMBio no município de Tapauá. A ação foi realizada com crianças e jovem do ensino básico e médio, em visita guiada na Rebio.

Todas as comunidades tradicionais do interior e entorno da Rebio foram visitadas, em muitos casos, essas foram as primeiras visitas realizadas pelos órgãos ambientais responsáveis pela gestão da unidade ao longo do tempo (IBDF, Ibama e ICMBio, respectivamente).

Ainda segundo o balanço, em 2010 foi iniciada também a formação do conselho consecutivo da Rebio e a elaboração do termo de compromisso, visando iniciar atividades relacionadas à elaboração do plano de manejo.
Ascom/ICMBio

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Conservação da biodiversidade é um dos três desafios da agenda ambiental brasileira

Seg, 28 de Março de 2011 21:00 O 1º Fórum Brasília de Políticas Públicas reuniu ministros e autoridades dos poderes Executivo e Legislativo


Brasília (28/03/2011) - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, enumerou na quinta-feira (24) aos participantes do 1º Fórum Brasília de Políticas Públicas os três grandes desafios da agenda ambiental brasileira. Segundo ela, trata-se da questão do clima e todas suas implicações; dos resíduos sólidos, com a erradicação dos lixões; e da conservação da biodiversidade. A ministra disse que para o MMA alcançar essas metas deve exercer seu protagonismo dentro de um novo patamar de desenvolvimento, ampliando sua rede de interlocução com os segmentos da sociedade.

A interlocução para a agenda a sustentabilidade, de acordo com Izabella Teixeira, passa por inúmeras questões que vão desde a agricultura, passando pela temática energética. ''Temos de construir toda essa informação. Hoje, olho para a Esplanada e não vejo nenhum ministério com que o MMA não tenha agenda''. Para ilustrar a afirmação, a ministra lembrou a interlocução com o Ministério da Indústria e Comércio quando o MMA está discutindo a logística reversa dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O 1º Fórum Brasília de Políticas Públicas que reuniu ministros e autoridades dos poderes Executivo e Legislativo foi realizado no Centro de Convenções do Royal Tulip Brasileira Alvorada. O fórum foi organizado pela Arko Advice em parceria com o Grupo Bandeirantes, por meio da TV Band e Rádio BandNews FM Brasília.

Segundo os organizadores, o objetivo do encontro foi apresentar aos participantes uma visão geral das principais políticas públicas do País por quem as formula e implementa.

Izabella Teixeira abriu sua fala fazendo um histórico da questão ambiental brasileira. Ela lembrou que no início dessa discussão, os temas se resumiam à poluição da cidade de Cubatão e à questão do vinhoto, resultante da produção do etanol. Seguindo uma linha de tempo, a ministra lembrou que em 1987, os constituintes recepcionam a questão da Mata Atlântica e só depois da Constituição de 1988, começa a preocupação com a Amazônia.

''Depois de 30 anos de política ambiental, a estabilidade social coloca um nova agenda para o meio ambiente. O estado brasileiro se moderniza e a interlocução agora é outra. O debate não está dissociado do debate global'', disse a ministra.

De acordo com ela, o Brasil hoje é considerado G1 do meio ambiente, em função de seus recursos hídricos, das florestas e da sua biodiversidade. ''Para que o Brasil possa daqui a cinco anos ser a 5ª economia mundial, precisamos ampliar nossa envergadura política, modernizar nosso arcabouço político institucional e nos tornarmos um facilitador para que o País trilhe o caminho de baixo carbono''.

Para atingir esse patamar, Izabella Teixeira informou que o Ministério do Meio Ambiente precisa vencer vários desafios. Entre eles, a modernização do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). Ela citou a atual judicialização do sistema de fiscalização e afirmou que ainda é baixa a capacidade de resposta do Ibama. A ministra disse que o próprio Ministério tem que ter um novo alinhamento para conseguir resolver as questões colocadas. Como exemplo, ela citou a questão das florestas brasileiras. Atualmente, várias instâncias dentro do MMA são responsáveis por problemas da área .
Suelene Gusmão
(Ascom/MMA)

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Pesquisa registra 29 espécies de mamíferos no Parque Nacional da Serra da Bocaina

Qui, 31 de Março de 2011 21:00 Entre as espécies encontradas, 13 fazem parte de listas oficiais de espécies da fauna ameaçada de extinção

Brasília (1º/4/2011) – O Parque Nacional da Serra da Bocaina, entre os estados do Rio e São Paulo, acaba de concluir o levantamento dos mamíferos de médio e grande porte do interior e entorno da unidade, incluindo o Parque Estadual da Serra do Mar (núcleos Cunha, Santa Virgínia e Picinguaba) e a Reserva Ecológica da Juatinga. Os resultados são fundamentais para aprimorar a gestão do parque e orientar futuros trabalhos de pesquisa.

O levantamento, coordenado pelo biólogo Peter Crawshaw Jr., do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), serviu de base para monografia do estudante Bernardo de Faria Leopoldo, do curso de bacharelado em Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que teve como orientador o professor Flávio Henrique Guimarães Rodrigues.

Os dados foram obtidos basicamente com armadilhas fotográficas, observação de pegadas e visualização direta dos animais. As armadilhas fotográficas consistem em câmeras fotográficas presas no tronco de árvores com sensores que disparam o dispositivo quando um animal passa à sua frente. No total, foram registradas 29 espécies de mamíferos silvestres de médio e grande porte, 43% das espécies dessa categoria listadas para todo o bioma Mata Atlântica.

Entre as espécies encontradas, 13 fazem parte de listas oficiais de espécies da fauna ameaçada de
extinção: muriqui, sagui-da-serra-escuro, bugio, gato-do- mato-pequeno, gato-maracajá, jaguatirica, onça-parda, onça-pintada, anta, veado-mateiro, queixada, cateto e paca. Os registros de onça-pintada e anta, porém, foram feitos exclusivamente no Parque Estadual da Serra do Mar

Os pesquisadores acreditam que a ausência desses dois grandes mamíferos na Serra da Bocaina seja resultado da maior pressão de caça ilegal, além da perda, degradação e fragmentação de habitats no interior da unidade.

Apesar dessas importantes ausências, o Parque Nacional da Serra da Bocaina apresentou uma riqueza elevada de mamíferos silvestres de médio e grande porte, quando comparada com outras áreas na Mata Atlântica. Também chamou a atenção dos pesquisadores a presença do sagüi-de-tufos-brancos, também conhecido como sagüi-do-nordeste, que não é da região e atua como espécie invasora, competindo com as nativas.
Ascom/ICMBio


 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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