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FUNDO KAYAPÓ É LANÇADO COM DOAÇÃO DE US4 4 MILHÕES DA CI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2011

O fundo poderá receber ainda R$ 16, 9 milhões do Fundo Amazônia e estará aberto a novas doações para apoiar projetos de organizações indígenas no controle de suas fronteiras, denúncia a invasões, monitoramento ambiental e fomento a atividades sustentáveis
Brasília, 05 de julho de 2011 — Foi aprovada pelo BNDES a criação do Fundo Kayapó, um mecanismo operacional e financeiro de longo prazo que vai apoiar projetos em cinco Terras Indígenas da etnia Kayapó (Kayapó, Baú, Menkragnoti, Badjonkôre e Capoto Jarina), localizadas no sul do Pará e norte do Mato Grosso, onde vivem, aproximadamente, 7 mil indíos.

O Fundo Kayapó será uma fonte regular de financiamento não-reembolsável e começará a operar com cerca de R$ 12,4 milhões, correspondentes à doação de aproximadamente R$ 6,2 milhões da Conservação Internacional (o equivalente a US$ 4 milhões), com recursos do seu Global Conservation Fund (GCF) provenientes da Gordon and Betty Moore Foundation, e um aporte neste mesmo valor, proveniente do Fundo Amazônia/BNDES.

O Fundo Kayapó tem como objetivo a manutenção da floresta amazônica em uma área preservada de 10,6 milhões de hectares, representando cerca de 3% do bioma amazônico. Para efeitos comparativos, é uma região equivalente à soma da Dinamarca, Suíça e Israel ou a uma área 15% superior à de Portugal.

Os Kayapó, com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), atuam na preservação das fronteiras de seus territórios, ameaçados pela pressão externa de desmatamento exercida, sobretudo, por madeireiros, garimpeiros, fazendeiros e posseiros.

Embora esta ação conjunta com órgãos competentes venha obtendo expressivo êxito, a capacidade atual dos indígenas de monitoramento e controle é ainda limitada.

Caso não seja apoiada, poderá ser insuficiente para a proteção, a longo prazo, de seus territórios, sobretudo por terem fronteiras com a BR-163, a oeste e com o denominado “Arco do Desmatamento”, ao norte, onde existem os maiores índices de desmatamento da Amazônia Legal.

“Ao evitar o desmatamento em um dos maiores trechos contínuos de floresta tropical protegida do mundo, o projeto apoiado pela Conservação Internacional contribuirá não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos indígenas, mas, também, para a manutenção dos serviços ambientais vitais para o bem-estar humano e para a preservação de espécies consideradas ameaçadas de extinção”, afirmou Fabio Scarano, diretor-executivo da CI-Brasil. A região é de grande importância ambiental também devido à rica diversidade de seus Cerrados e Florestas de Terra Firme.

Funcionamento do fundo - Trata-se de um mecanismo operacional e financeiro de longo prazo, aberto para receber aportes de investidores em geral. O fundo terá seu capital principal aplicado seguindo política de investimento aprovada pelos doadores, e os rendimentos financeiros gerados serão utilizados para apoiar os projetos das organizações indígenas Kayapó.

“O fundo é um exemplo de parceria público privada (PPP), na medida em que reúne as organizações não governamentais (ONGs) doadoras, a Funai, o Ministério do Meio Ambiente e seus órgãos vinculados", afirmou Claudia Costa, chefe de departamento do Fundo Amazônia/BNDES.

Toda a governança e os critérios de utilização dos recursos serão estabelecidos contratualmente. Os projetos apoiados serão formulados e propostos pelas organizações indígenas, selecionadas por uma Comissão Técnica e submetidos à anuência da Funai, que integrará a Comissão. Posteriormente deverão ser aprovados por uma Comissão de Doadores. A Conservação Internacional será membro da Comissão Técnica e atuará na governança do Fundo Kayapó como membro da Comissão de Doadores. Leia mais sobre o fundo kayapó aqui

Sobre a atuação da CI-Brasil nos territórios Kayapó - Desde 1992, a CI-Brasil implementa programas de conservação nas TI´s Kayapó, com objetivo de aumentar a capacidade dos Kayapós de controlar seu território e de proteger suas florestas de atividades ilegais e predatórias, além de promover o desenvolvimento de alternativas econômicas sustentáveis, com vistas à melhoria na qualidade de vida dos mesmos. Desde 2006 a CI-Brasil vem trabalhando para instituir um fundo fiduciário para o apoio destas atividades em longo prazo.

Além da CI-Brasil, o apoio financeiro de outros parceiros, incluindo a Embaixada da Noruega, o ICFC (Fundo para a Conservação do Canadá, na sigla em inglês) e o Environment Defense Fund (EDF)/Moore Foundation tem sido vital para a promoção da integridade dos territórios indígenas, fortalecimento institucional das organizações indígenas e proteção da cultura Kayapó.

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CI lança revista sobre economia verde

A edição número 8 da revista eletrônica Política Ambiental, da Conservação Internacional, traz 18 artigos de especialistas de diversos setores da sociedade sobre alternativas econômicas e sociais rumo a uma economia de baixo carbono, mais inclusiva e sust
Brasília, 13 de julho de 2011 — A Conservação Internacional lançou hoje a oitava edição de sua revista Política Ambiental, dedicada ao tema Economia verde: desafios e oportunidades. Contendo 18 artigos de especialistas de diversos setores da sociedade, a revista apresenta caminhos para a transição no Brasil e no mundo rumo a um modelo de crescimento econômico mais inclusivo e liderado por setores de baixo impacto ambiental.

A nova publicação da Conservação Internacional (CI-Brasil) abre caminho para um amplo debate social sobre economia verde, que será um dos temas-chave na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em 2012 no Rio de Janeiro. “Com esta publicação buscamos lançar os elementos que podem formar a base para a discussão sobre economia verde no país”, afirma Paulo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil.

Os 18 artigos da Economia verde: desafios e oportunidades abordam temas como valoração e precificação de recursos ambientais, pagamentos por serviços ambientais e novos mecanismos de mercado e políticas públicas capazes de alavancar a transição para uma nova economia. Alguns setores produtivos são discutidos em detalhe, como é o caso do agropecuário e as necessárias definições em termos de política agrícola e legislação para se estabelecer um novo ciclo de desenvolvimento do setor.

Entre os autores estão os professores da Universidade de Brasília Eduardo Viola e Donald Sawyer, o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Peter May, o pesquisador do IPEA Ronaldo Seroa da Motta e o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Carlos Eduardo Frickmann Young.

A publicação conta ainda com a participação de representantes do PNUMA, da Cepal, do PNUD, do Ministério do Meio Ambiente e do setor privado.

“O desafio de se caminhar na direção de uma sociedade mais igualitária e sustentável está, mais do que nunca, em pauta. É nesse contexto que a publicação Economia verde: desafios e oportunidades vem dar subsídios para o estabelecimento de uma economia que reduza os riscos ambientais e que garanta ao mesmo tempo a melhoria do bem-estar humano e da igualdade social”, afirma Camila Gramkow, coordenadora de Economia e Sustentabilidade da CI-Brasil.


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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