05/08/2011 - O Zoológico
de São Paulo está de luto. Tetéia,
a matriarca do Zôo paulistano, morreu hoje,
5, às 9 horas, aos 53 anos de idade e 48
de bons serviços prestados aos visitantes
que a procuravam e se divertiam com ela. Depois
de cinco semanas com um quadro clínico grave,
piorado pela idade, mereceu o carinho e a atenção
especial de veterinários, biólogos
e tratadores que a tinham
como parte da família e infelizmente não
conseguiram reverter a situação.
Na última segunda-feira foram realizados
diversos exames que constataram o estado de debilidade
da Teteia. Por conta da idade e do seu quadro clínico
agravado, Teteia já não respondia
as medicações e sua qualidade de vida
diminuía a cada hora.
Ela deixa dez filhotes, inclusive um casal de gêmeos.
Sua filhota caçula – Sininho - dividia a
morada com ela e permanecerá alegrando a
criançada, principalmente nos passeios noturnos,
onde Tetéia era a estrela. Funcionários
do Zôo não escondem a tristeza resumida
na declaração do diretor presidente
da instituição, Paulo Magalhães
Bressan: “Com mais de 40 anos de formado na medicina
veterinária, já presenciei a morte
de animais queridos. Não podia imaginar o
nível de emoção que me tomaria
ao ter que participar da decisão da eutanásia
da Tetéia. Ela era especial”.
Fica junto
com Sininho Colônia e o macho, neto de Tetéia,
Pororó que vive no Zôo Safári.
Outros filhos dela estão espalhados pelo
Brasil, nos zôos de Brasília, Goiânia
(GO), Americana, Leme e São José do
Rio Preto (SP). Teteia, assim como outros “velhinhos”
do Zôo, recebia atenção especial
dos veterinários e biólogos com acompanhamento
geriátrico, reforço de vitaminas na
alimentação e protetores de articulação.
Um dos problemas da Teteia era uma severa artrose.
Um hipopótamo em cativeiro tem vida média
de 45 anos. Ela chegou a São Paulo em 1964,
vinda de Córdoba, na Argentina.
Você sabia:
A palavra hipopótamo é de origem grega
e significa "cavalo do rio", porque passa
a maior parte do dia sob a água, para se
proteger do seu pior inimigo, o calor africano.
Hipopótamos habitam regiões alagadas,
desde lagos até grandes rios e estuários
africanos. Durante o dia, os hipopótamos
permanecem dentro da água, podendo ficar
em média de 3 a 5 minutos submersos. Para
isso, apresentam algumas especializações:
olhos e orelhas bem no topo da cabeça e narinas
em forma de fenda que se fecham durante o mergulho.
À noite saem dos rios para forragearem próximo
às margens, mas quando o alimento está
escasso migram para uma nova região. Isto
ocorre com alta freqüência, pois comem
até 40 kg de vegetais por noite.
Esses animais chegam à idade adulta com 6
anos. A gestação dura aproximadamente
240 dias e normalmente nasce 1 filhote que pesa
em média 30 kg. Nas migrações
andam até 30 km para encontrar uma nova região
para alimentação e descanso. A migração
pode ser de apenas um indivíduo, um casal
ou em grupos de 20 a 30 animais.
São animais bastante territorialistas, demarcando
o território com as fezes que costumam espalhar
agitando a cauda enquanto defecam. São ágeis
dentro e fora da água, sendo considerados
na África os animais que mais causam acidentes
com o homem. É considerado o 3º maior
mamífero terrestre do planeta (perdendo apenas
para os elefantes e rinocerontes) e as principais
ameaças à essa espécie são
caça ilegal para obtenção de
carne e marfim e perda de habitat.
Ficha Técnica
•Classe: Mammalia
•Ordem: Artiodactyla
•Família: Hipopotamidae
•Distribuição geográfica: Vivem
na África.
•Peso: até 4,5 toneladas.
•Tamanho: 4m de comprimento e 1,5 de altura
•Expectativa de vida: 45 anos
•Alimentação na natureza: Pastagens
(capim) e algas
•Alimentação no zoo: Capim, ração,
abóbora e silagem
•Status: Vulnerável (IUCN, 2006)
Texto: José Alberto Pereira Fotografia: Arquivo
Fundação Zoológico
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Jardim Botânico e CRBio
apresentam Mostra de Fotografias
15/08/2011 - A parceria entre
o Jardim Botânico de São Paulo, órgão
vinculado a Secretaria do Meio Ambiente (SMA), e
o Conselho Regional de Biologia (CRBio) - 1ª
Região, cuja jurisdição cuida
dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, traz para a capital paulista a 2ª
Mostra de Fotografias de Biólogos do CRBio-01.
A exposição começa no dia 16
de agosto e vai até 25 de setembro, no Museu
Botânico Dr. João Barbosa Rodrigues,
no Jardim Botânico de São Paulo.
Com o tema “Um Olhar sobre as florestas”, a mostra
comemora o Dia Nacional do Biólogo, em 3
de setembro, e o Ano Internacional das Florestas,
2011, declarado pela Organização das
Nações Unidas (ONU).
A fotografia é uma ferramenta frequentemente
utilizada pelos profissionais da área com
o objetivo de mostrar as paisagens e belezas do
mundo vivo. Nesta exposição, os biólogos
do CRBio-01 clicaram a riqueza da fauna e da flora
das florestas brasileiras, chamando atenção
para a sua preservação.
A Mostra, composta por 34 fotografias, fez parte
das atividades do 20º Congresso de Biólogos
do CRBio-01, realizado em julho na cidade de Corumbá
(MS). Agora as obras fotográficas seguem
para o Museu Botânico Dr. João Barbosa
Rodrigues e podem ser visitadas de quarta a domingo
das 9h às 17h.