31/10/2011 - Roberta Lopes - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - A ministra
do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje
(31) que o desmate de 253,8 quilômetros quadrados
(km²) na área da Amazônia Legal
registrado no mês de setembro foi o menor
para o mês desde 2004, quando o levantamento
do sistema de detecção do desmatamento
em tempo real começou a ser feito. A redução,
na comparação com o mês de setembro
do ano passado, foi de 43%. Segundo ela, a agropecuária
ainda é a maior vilã do desmatamento.
“Há uma forte pressão da agropecuária,
chama a atenção que esses dados estão
associados muitas vezes à supressão
autorizada de vegetação. Isso nós
só poderemos verificar no final do ano.”
A ministra disse ainda que a fiscalização
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Renováveis (Ibama) não vai parar por
causa do período de chuvas. “Agora, estamos
entrando no período de chuvas, que usualmente
tende a reduzir o desmatamento, mas vamos manter
a força do Ibama em campo. O Ibama e os órgãos
federais vão manter a fiscalização.
Temos 25 frentes de homens trabalhando na Amazônia
monitorando as áreas críticas”.
Ela comentou ainda sobre a votação
do Código Florestal, que teve o relatório
apresentado nas comissões de Agricultura
e de Ciência e Tecnologia do Senado Federal.
Segundo Izabella, o ministério está
fazendo uma avaliação do relatório
e identificou avanços, principalmente no
que diz respeito às áreas de manguezais.
“Houve avanços como as áreas de manguezais,
como áreas de preservação ambiental,
o que foi um ganho, assim como explicitar que não
há anistia para novos desmatamentos. Também
foi muito positiva a divisão do texto entre
disposições permanentes e transitórias,
porque isso dá uma clareza maior e também
uma maior segurança jurídica”, afirmou.