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PAN PRIMATAS DO NORDESTE FECHA ROL DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2011

Brasília (31/10/2011) - Plano de Ação Nacional para Conservação (PAN) dos Primatas do Nordeste. Este é o mais novo PAN que, juntamente com o PAN dos Mamíferos da Mata Atlântica Central e dos Muriquis, abarca todas as espécies de primatas ameaçadas de extinção na Mata Atlântica – que correspondem a 50% dos mamíferos brasileiros considerados criticamente ameaçados.

O plano atenderá a cinco espécies ameaçadas de extinção - macaco-prego-galego (Cebus flavius), guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul), guigó-da-Caatinga (Callicebus barbarabrownae), guigó-de-Coimbra-Filho (Callicebus coimbrai) e macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) – em áreas que englobam os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

O documento tem como objetivo ampliar o habitat disponível para esses animais e reduzir os conflitos sócio-ambientais na área, como caça e tráfico, a fim de garantir populações viáveis para as espécies-alvo. “Esta é uma marca de relevância mundial”, comemora Leandro Jerusalinsky, o coordenador do CPB/ICMBio.

Segundo ele, a Mata Atlântica é considerada um dos hot spots de biodiversidade do planeta, devido ao grande número de espécies endêmicas, ou seja, que só são encontradas nesse bioma e também ao alto nível de ameaça sobre elas. “Os primatas contribuem decisivamente para esse status, porque 23 de suas espécies apresentam ocorrência nesse bioma, sendo 16 delas endêmicas e 65% ameaçadas de extinção”, acrescenta Leandro.

O terceiro PAN de primatas foi construído entre os dias 19 e 21 de outubro, pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) em oficina de trabalho no Hotel Ouro Branco, em João Pessoa, na Paraíba. O trabalho integrou a programação da semana em comemoração ao décimo aniversário do centro.

PAN dos Mamíferos da Mata Atlântica Central
Nos dias 16 e 17 de outubro, no mesmo local, o Centro coordenou a primeira reunião de monitoria referente ao PAN dos Mamíferos da Mata Atlântica Central, que abrange os estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e partes de Minas Gerais e do Paraná. O Plano atende a 27 espécies – incluindo 13 primatas – ameaçadas de extinção. Na ocasião, foram apresentados os resultados parciais das ações atribuídas a cada entidade envolvida no PAN, aprovado em dezembro de 2010.

“A avaliação foi positiva, mas percebemos que precisamos avançar em alguns pontos, como a captação de recursos junto ao governo e empresas interessadas em abraçar a ideia”, pondera Leandro. De acordo com Leandro para ser plenamente executado, o PAN precisa de mais de R$ 50 milhões. “Temos de considerar que se trata de uma iniciativa para salvar 27 espécies ameaçadas e ainda beneficiar várias outras, que não correm risco ou não são mamíferos, mas também habitam a área assistida e poderão desfrutar das medidas de conservação”, avalia o coordenador.

Nova logomarca e exposição itinerante
Celebrado no dia 18 de outubro, o aniversário dos 10 anos do CPB foi marcado pelo lançamento da nova logomarca da entidade, inspirada no macaco Alouatta – gênero conhecido pela poderosa vocalização e que está presente em todos os estados brasileiros, com exceção de Sergipe, onde foi extinto.

A imagem do Alouatta evoca significado particularmente especial para o Centro, uma vez que a fundação da entidade foi motivada pelo sucesso de um projeto de repovoamento de indivíduos do gênero na Reserva Biológica Guaribas, situada nos municípios de Mamanguape (PB) e Rio Tinto (PB).

O evento inaugurou ainda a exposição itinerante “Primatas Brasileiros: Diversidade, Pesquisa e Conservação”, composta por banners sobre a variedade de espécies encontradas no território nacional e o papel do CPB ao longo da última década para a conservação desta significativa porção da fauna brasileira. A mostra, que deverá passar por ambientes e cenários diversos – como shoppings, universidades e aeroportos –, também integrará a programação do XIV Congresso Brasileiro de Primatologia, previsto para entre 13 e 16 de dezembro em Curitiba (PR).

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Projeto de Lei põe em risco preservação do Parque do Iguaçu

Brasília (17/10/2011) – Um projeto de lei que será discutido nesta terça-feira (18) em comissão especial na Câmara dos Deputados pode, se aprovado, comprometer a preservação do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

O Projeto de Lei (PL) nº 7.123, de autoria do deputado Nelson Padovani, prevê a retomada da Estrada-Parque Caminho do Colono, fechada desde 2003 por decisão judicial em função do impacto ambiental que causava à unidade. A audiência pública começa às 14h30, no Plenário 7, Anexo II.

O parque do Iguaçu é uma das mais importantes unidades de conservação do País, abriga as famosas Cataratas, candidatas a uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, e protege uma das últimas manchas de Mata Atlântica do sul do Brasil. Por tudo isso, é considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco.

De acordo com o diretor de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes, Ricardo Soavinski, o traçado da antiga Estrada do Colono, hoje, nem existe mais, uma vez que durante todos esses anos a vegetação retomou seu espaço.
Ascom/ICMBio

CNPT solta 331 filhotes de tracajás em reserva extativista no Acre

Brasília (10/11/2011) - O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), promoveu uma expedição de soltura de 331 filhotes de tracajás (Podocnemis unifilis), na Reserva Extrativista (Resex) do Alto Tarauacá, no Acre.

O evento ocorreu no dia 12 de outubro, Dia das Crianças, na Comunidade do Seringal Jaminawá. Os animais foram soltos pelos alunos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Graziela Melo Freire e por moradores da comunidade, que se disseram maravilhados com a ação. A iniciativa fez parte do Projeto de Manejo Participativo de Quelônios (animais com casco). Além de servidores do CNPT e da Resex, funcionários do Ibama partiparam da expedição.

“A expectativa é que com a continuação do projeto, haja um aumento da área a ser monitorada e, ainda, do número de animais manejados. Na medida em que mais moradores se envolvem nesta iniciativa é possível contemplar todas as praias da Resex e seu entorno”, afirmou a analista ambiental e coordenadora da pesquisa, Rosenil de Oliveira. Estão previstas para o próximo ano reuniões comunitárias de apresentação dos resultados, balanço, ajustes e perspectivas de continuação do projeto.

O Projeto
O estudo tem sido desenvolvido na unidade de conservação desde sua aprovação por meio do edital da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio), com financiamento da Agenda Social do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e apoio do Programa Áreas Protegidas na Amazônia (Arpa).

O projeto, pioneiro na UC, fez identificação e georeferenciamento de 29 praias onde ocorre a postura de ovos de tracajás na região, sendo 22 delas nos limites da Resex e sete no entorno da área escolhida para o manejo. Neste ano foram monitorados aproximadamente 18 km de praia em linha reta ao longo do Rio Tarauacá.

Cerca de 30 transposições de covas naturais de tracajás para a praia protegida do Tabuleiro Experimental - Praia do Alípio/Comunidade do Seringal Jaminawá já foram realizadas. Em algumas covas naturais houve apenas o monitoramento e proteção, por estarem dispostas em locais considerados de baixo risco.

Os comunitários manejaram 733 ovos, com média de 23 ovos por cova, número altamente representativo no cenário atual da situação populacional em que esta espécie se encontra na região. Os animais são os mais visados por comunidades extrativistas, indígenas e da zona urbana local, uma vez que são demasiadamente utilizados como fonte protéica de subsistência, tanto pelos ovos, quanto pelos animais juvenis e adultos.

O baixo número de fêmeas aptas à postura é alarmante, fato que motivou o início do manejo participativo na Resex. Em cada cova manejada foi feito registro em planilhas de campo, contendo informações sobre data da coleta dos ovos; nome da praia; altura da cova na praia; número de ovos na cova, entre outras.

Dados biométricos dos filhotes também foram registrados com instrumentos cedidos gentilmente pelo professor da Universidade Federal do Acre (UFAC), Armando Calouro. Estes dados estão sendo tabulados em planilhas para análise mais detalhada dos resultados.

Além de contribuir com o protagonismo comunitário dos moradores e de incrementar o processo de reposição natural dos estoques populacionais de tracajás na região, o projeto também gera subsídios que auxiliarão a médio e longo prazo na conservação de quelônios amazônicos com as informações levantadas.
Ascom/ICMBio

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Inaugurado viveiro de mudas no entorno da Flona Tapirapé-Aquiri

Brasília (11/11/2011) – Com a parceria firmada entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Prefeitura Municipal de São Felix do Xingu, no Pará e apoio da Vale, foi inaugurado o Viveiro de Mudas de Lindoeste no entorno da Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri, unidade de conservação federal sob gestão do ICMBio, também no Pará.

Após dois meses da inauguração, o viveiro está repleto de mudas de cacau e espécies nativas da amazônia como o pau-preto, cedro e etc. As mudas irão beneficiar os pequenos agricultores dos assentamentos da região.

“A escolha do cultivo do cacau em detrimento da expansão da pecuária é vista como um grande passo para diminuição do desmatamento, pois tal cultura é compatível com a floresta”, afirmou Francileia Lobo de Souza, chefe da Flona Tapirapé-Aquiri.

“Apesar de alguns plantios terem uma perda considerável de mudas, muitos deles estão se desenvolvendo bem e os colonos estão bastante esperançosos com o futuro e a equipe do ICMBio do Mosaico Carajás também”, disse Francileia Lobo.

O viveiro possui quatro funcionários treinados em São Felix e moradores da vila Lindoeste, além de ter recebido mudas de cacau da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC). O ICMBio visitou também os plantios de açaí precoce nos lotes dos colonos vizinhos à Flona Tapirapé-Aquiri, onde a cultura foi implementada pela Salobo Metais SA como forma de compensar o açaí suprimido para a implementação da mina de cobre no interior da UC.
Ascom/ICMBio

 


 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

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