28/01/2012 - O Governo do
Estado montou um grupo de especialistas para
descobrir causas do aparecimento numeroso
de águas-vivas no litoral. Os estudos
estão sendo coordenados pela pelo Instituto
Ambiental do Paraná (IAP), sob orientação
da Secretária de Estado de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos,
em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde.
Técnicos desses órgãos
e do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR
e da Universidade de São Paulo (USP)
participam do trabalho.
Os especialistas vão
identificar as espécies de águas-vivas,
a população e tempo de permanência
delas na costa paranaense. Também serão
discutidas possíveis ações
para o controle populacional da espécie
e como prever o aparecimento desses animais.
Na próxima semana devem ser repassadas
à novas informações sobre
o fenômeno, suas causas e efeitos no
ecossistema do Paraná.
Ao mesmo tempo, a Secretaria
de Saúde tem orientado a população
quanto ao risco de tocar nas águas-vivas
e o que fazer se for queimado por elas. Segundo
os dados da Secretaria de Saúde, na
temporada passada, foram registrados 508 acidentes
com o animal marinho, enquanto neste verão
foram quase 10 mil casos. Também há
registros de acidentes com diferentes espécies
de águas-vivas em São Paulo,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos últimos
anos.
ÁGUAS-VIVAS - Já
foram previamente identificadas diversas espécies
de águas-vivas no litoral paranaense,
elas são: Physalia physalis (conhecida
como Caravela Portuguesa), Chrysaora lactea
(responsável por mais de 90% dos acidentes
no Paraná) e Olindias sambaquiensis
(a mais comum em acidentes no Brasil).
Esses animais capturam alimento
por seus tentáculos e não costumam
atacar seres humanos. Suas queimaduras acontecem
apenas quando são acidentalmente tocadas
pelos banhistas. Elas têm a locomoção
limitada e, por isso, dependem das correntes
marítimas para percorrer grandes distâncias.
Quando encalham na
praia a recomendação dos especialistas
é para enterrá-las na areia,
porém, como mais de 90% de sua composição
é água elas tendem a desaparecer
à medida que o calor e o sol a desidrata.
Fonte: Assessoria de Imprensa do IAP