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IBAMA RESGATA PÁSSAROS QUE ESTAVAM EM CATIVEIRO
ILEGAL DE FAUNA NO SUL DO ESPÍRITO SANTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2012

Vitória (10/02/2012) – O Ibama fez duas operações para fiscalizar a manutenção irregular de pássaros em Jerônimo Monteiro/ES. Ao todo, foram apreendidos 74 animais e aplicados R$ 103 mil em multas.

Na primeira operação, os servidores do Escritório Regional de Cachoeiro de Itapemirim, em parceria com a Floresta Nacional de Pacotuba, realizaram ação fiscalizatória visando à repressão do crime de manutenção irregular de pássaros da fauna silvestre brasileira na zona rural de Jerônimo Monteiro. O resultado foi a apreensão de 62 animais e as multas aplicadas somadas foram de R$ 84 mil.

Manter animais da fauna silvestre em cativeiro sem a devida autorização da autoridade competente é crime ambiental com pena punível de detenção de seis meses a um ano e multa (na esfera judicial).

Na segunda operação, chamada de "Operação Campeão", foi fiscalizado um torneio de canto de pássaros no centro do município, onde se flagrou o comércio irregular de aves, pássaros sem anilhas e pássaros com anilhas inautênticas ou adulteradas. Os agentes apreenderam 12 pássaros e aplicaram R$ 19 mil em multas.

O torneio é o momento no qual os criadores aproveitam para expor seus pássaros em disputas de canto. De acordo com os agentes, alguns aproveitam para realizar negócios, descaracterizando a natureza amadorista, critério básico para a manutenção da atividade.

Para o chefe do escritório, o mais importante foi a constatação de que existem criadores que estão adulterando as anilhas. Ele explica: "Nos casos em que há constatação de que as anilhas são falsas, há ainda a comunicação para a Polícia Federal para apuração do crime de falsificação de selo público haja vista que este crime está capitulado no artigo 296, § 1º, inciso I, do código penal, cuja pena é de reclusão de dois a seis anos".

Os animais apreendidos, que estavam sem anilhas e com anilhas adulteradas, foram encaminhados para o Cetas Espírito Santo, localizado na Serra, a fim de que passem pelos devidos cuidados de médicos veterinários e biólogos, visando à reintrodução na natureza. Os criadores autuados nesta operação, devidamente registrados no Sistema de Passeriformes (Sispass), tiveram suas atividades embargadas e não poderão acessar o sistema até o julgamento do auto de infração, além de não poderem participar de torneios e fazer ou receber transações.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES

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MMA divulga dados do monitoramento do desmatamento de três biomas

Brasília (09/02/2012) - Em continuidade à série do Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS), o Ministério do Meio ambiente (MMA) divulgou nesta quinta-feira (9/2), dados do desmatamento dos biomas Mata Atlântica, Pampa e Pantanal referentes ao período 2008-2009, cujos números mostram queda no ritmo do corte da vegetação no período. O estudo, que quantifica desmatamentos de áreas nativas, começou a operar em 2008 pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama, utilizando o ano de 2002 como referência com imagens do satélite Landsat.

O resultado mostra redução no ritmo comparado a 2008, apesar de os dados não apontarem tudo o que foi desmatado, não sendo possível, porém, identificar o que é desmatamento legal ou ilegal, disse a ministra Izabella Teixeira, durante a coletiva de imprensa.

Ela adiantou que os próximos desafios serão monitorar, junto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além das áreas desmatadas em todos os biomas, as que estão em regeneração. A dinâmica está sendo utilizada pelo projeto TerraClass na Amazônia, que classifica a situação dos estados da região.

Segundo Izabella, as bases de dados atualizadas geram informações para orientar nas políticas públicas de combate ao desmatamento ilegal até a regularização ambiental.

Para o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, a novidade do monitoramento dos biomas extra-amazônicos é que, a partir de 2009, o Ibama passou a trabalhar com mapa de maior resolução com escala de 1-50 mil ha e área mínima mapeada de 2 a 3 hectares por bioma. Até 2007, eram utilizadas imagens de menor resolução de 1-250 mil com referência a 2002.

Pampa - Entre 2008-2009, o Bioma perdeu 331 Km² de área com a supressão de vegetação nativa , equivalente a taxa de 0,18%. Mas se comparado ao período de 2002-2008 (1,2%), houve pequeno decréscimo.

Dos seus 177.1000 Km², o Pampa teve quase 54% de área original suprimida ao longo de sua ocupação histórica. Entre 2002 e 2008, foram perdidos 2.183 Km², que equivale a 1,2% do bioma , ou 0,2% de taxa média anual de desmatamento. Alegrete, na fronteira do estado do Rio Grande do Sul, foi o município que mais desmatou neste período em números absolutos, sendo 51,93 Km² equivalentes a 0,67% da área do município.

A rizicultura (plantação de arroz), a pecuária e a expansão do reflorestamento de vegetação nativa por plantada das espécies eucalipto e pinus são as atividades que pressionam o desmatamento no Pampa.

Mata Atlântica - A área desmatada corresponde a 248 Km² no período 2008-2009, representando 0,02 % de perda da cobertura vegetal dentro do Bioma. A Mata Atlântica registrou a menor taxa de desmatamento entre os biomas brasileiros no período de 2008-2009. Dos estados cobertos pela Mata Atlântica, Minas Gerais foi o que mais desmatou, em números absolutos, entre 2008-2009, com supressão de 115,8 Km² de vegetação nativa.

O secretário do MMA avaliou positivamente a baixa taxa de 0,02% de supressão no bioma indicando que a Mata Atlântica se aproxima do desmatamento zero.

Pantanal - Até 2008, o Bioma tinha 83,20% de sua área total com cobertura vegetal remanescente. O menor dos biomas brasileiros, com 151.313 Km² de extensão, registra taxa de desmatamento acumulado de 2002 a 2009 de 15,31%, equivalente a uma área de 23.160 Km². Entre 2008-2009, perdeu 188 Km² de vegetação nativa, correspondente a 0,12% do bioma. Segundo o secretário do MMA, a taxa média atual declinou em relação ao período 2002-2008.

As ações de desmatamento no Pantanal, segundo Bráulio Dias, geralmente ocorrem no entorno do bioma, mas foi observado, a partir do monitoramento de 2008, uma frente de conversão da vegetação nativa no interior do Bioma para pastos plantados para criação de gado zebu em substituição ao rebanho pantaneiro.

Outra preocupação, segundo ele, apresenta-se na periferia do Pantanal com destaque para o assoreamento do Rio Taquari causado pelo desmatamento para uso da agricultura.

Para o período de 2008-2009, Corumbá (MS) foi o município que mais suprimiu áreas de vegetação nativa, em termos absolutos, equivalente a 67,64 Km², ou seja, 0,11% da área do município.

O Pantanal é reconhecido como Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e considerado Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, além de abrigar três Sítios Ramsar, Áreas Úmidas de Importância Internacional: Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal e Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Rio Negro.

Comparativo - Dos dados gerais do desmatamento e comparativos nos biomas brasileiros entre 2008-2009, o Cerrado foi o que mais desmatou em valores absolutos (7.637 Km²); Amazônia (7.464 Km²); Caatinga (1.921 Km²); Pampa (331 Km²); Mata Atlântica (248 Km²) e Pantanal (118 Km²).


 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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