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RIO+20 DEVE RESULTAR EM AÇÕES CONCRETAS E NÃO APENAS EM PÁGINAS COM BOAS INTENÇÕES, DIZ COMISSÁRIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2012

28/02/2012 - Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A comissária da União Europeia para o Clima, Connie Hedegaard, disse hoje (28) que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, deverá trazer resultados concretos e não ser apenas “muitas páginas com boas intenções”

“Está claro que muito trabalho tem de ser feito para que as coisas tangíveis sejam alcançadas no Rio e não apenas muitas páginas com boas intenções. O desafio em hospedar essa conferência é que os países-membros terão de fazer a parte deles e ainda que o Brasil tenha diplomatas habilidosos - e o Brasil é conhecido por ter diplomatas muito habilidosos - fazer com que isso vire algo ao final”, disse.

Connie Hedegaard disse que as negociações na conferência só darão certo se os países trouxerem em sua bagagem a vontade de assumir compromissos significativos. “Porque isso é necessário”, reforçou. Ela se referiu principalmente às discussões sobre desenvolvimento sustentável e uso de combustíveis renováveis.

“É preciso que as pessoas possam ver, depois do Rio, que [a conferência] levou a algo concreto, como o acesso à energia sustentável para todos até 2030, a adoção de energia renovável e a eficiência energética”, disse acrescentando que é preciso que os países em desenvolvimento também possam ver que a conferência pode garantir seu desenvolvimento sustentável em um futuro próximo.

A comissária europeia lembrou que é preciso eliminar progressivamente o uso de combustíveis fósseis. “É preciso uma forma mais sustentável de energia, parar de fazer o que estamos fazendo e ter a atitude que queremos mais”, disse em entrevista coletiva em Brasília.

Segundo ela, é preciso, também, haver uma mudança de paradigma na adoção de uma economia verde, com baixa emissão de dióxido de carbono e socialmente inclusiva.

Connie Hedegaard fica no Brasil até amanhã (29). Durante a visita, terá encontros com os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Nas reuniões, haverá discussões sobre mudanças climáticas e Rio+20.

Para a comissária, as ações que vem sendo tomadas pelo Brasil em favor da redução do aquecimento global e da redução da emissão de dióxido de carbono são fundamentais. “Existem coisas muito específicas que podemos fazer, incluindo as ações que o governo brasileiro vem fazendo”, disse.

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Chanceleres do G20 reunidos no México discutem Rio+20 e combate ao crime organizado

19/02/2012 - 10h43
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para junho no Rio de Janeiro, é um dos principais temas da reunião de chanceleres do G20 (os países mais ricos do mundo), em Los Cabos, na fronteira do México com os Estados Unidos. O Brasil é representado pelo embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, o subsecretário-geral de Energia e Alta Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores.

O objetivo do governo brasileiro e da Organização das Nações Unidas (ONU) é transformar a Rio+20 na maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor. Pelo menos 100 presidentes da República e primeiros-ministros são esperados neste evento no Rio de Janeiro, além de 50 mil credenciados.

A reunião de chanceleres começou ontem (18) e vai até amanhã (19) sob o comando do presidente do México, Felipe Calderón, mas com a ausência de representantes da China e da Rússia. A ministra das Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa, disse que o objetivo da reunião é reforçar as parcerias e a cooperação em várias áreas, inclusive de segurança e combate ao crime organizado.

De acordo com Patricia Espinosa, o comando do G20 pelo México tem o objetivo também de buscar um “maior consenso” entre os países emergentes e desenvolvidos para promover a estabilização e crescimento da economia global.

As discussões ocorrem no momento em que vários países, alguns europeus, assim como os Estados Unidos e o Japão, vivem sob fortes impactos da crise econômica internacional. Em junho, nos dias 18 e 19, a presidenta Dilma Rousseff deve ir ao México participar das reuniões dos chefes de Estado e de Governo do G20.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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