30/04/2012 - O Brasil será
sede das comemorações globais
promovidas pelo Programa
das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA) alusivas ao Dia Mundial do
Meio Ambiente (WED, na sigla em inglês),
comemorado anualmente no dia 5 de junho. O
tema deste ano - Economia Verde: Ela te inclui?
- convida o mundo a avaliar onde a economia
verde está no cotidiano de cada um
e estimar se o desenvolvimento, por essa via,
abrange os resultados sociais, econômicos
e ambientais necessários em um mundo
de 7 bilhões de pessoas, que deve chegar
a 9 bilhões em 2050.
O Brasil foi sede do WED
em 1992, durante a Cúpula da Terra,
quando chefes de Estado, líderes mundiais,
oficiais de governo e organizações
internacionais se encontraram para reorientar,
recalibrar e traçar um caminho rumo
ao desenvolvimento sustentável. "Ao
celebrar o WED no Brasil em 2012, estamos
voltando às raízes do desenvolvimento
sustentável contemporâneo para
criar um novo caminho que reflita as realidades,
mas também as oportunidades do novo
século", declarou o subsecretário
geral da ONU e diretor dxecutivo do PNUMA,
Achim Steiner.
"Três semanas
após o WED, o Brasil recebrá
a Rio+20, onde líderes mundiais e nações
se reencontrarão para desenhar um futuro
que faça do desenvolvimento sustentável
uma prática bem-sucedida um futuro
que pode fazer crescer economias e gerar trabalhos
decentes sem pressionar os limites do planeta",
acrescentou.
NÚMEROS POSITIVOS
Segundo o relatório
do PNUMA Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento
Sustentável e a Erradicação
da Pobreza, o Brasil tem tido uma posição
de destaque na construção de
uma economia que inclui a reciclagem, a energia
renovável e a geração
de empregos verdes. A indústria de
reciclagem do Brasil gera retorno de US$ 2
bilhões, ao passo que reduz as emissões
de gases de efeito estufa em dez milhões
de toneladas.
Só no Brasil, na
China e nos Estados Unidos, a reciclagem,
em todas as suas formas, já emprega
12 milhões de pessoas. O Brasil é
também líder na produção
sustentável de etanol como combustível
de veículos e está se expandindo
em outras formas de energia renovável
como a eólica e solar. Recentemente,
a construção de 500 mil novas
casas com instalações de paineis
solares no Brasil gerou 300 mil novos empregos.
"Nós estamos
muito felizes por sediar as celebrações
globais pelo meio ambiente. O Dia Mundial
do Meio Ambiente no Brasil será uma
grande oportunidade para apresentar os aspectos
ambientais do Desenvolvimento Sustentável
nas semanas que antecedem a Conferência
Rio+20", declarou a ministra do Meio
Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira.
PERSPECTIVA ÚNICA
"A história
do Brasil, com a complexidade de sua economia
diversa e dinâmica, a sua riqueza de
recursos naturais e seu atual papel nas relações
internacionais, oferece uma perspectiva única
por meio da qual um resultado amplo e transformador
se tornará possível na Rio+20",,
salientou Achim Steiner. "O forte comprometimento
do Brasil com a equidade social e seu papel
de destaque entre economias desenvolvidas
e em desenvolvimento, pode guiar e moldar
debates".
As celebrações
do WED no Brasil, na semana do dia 5 de junho,
é parte de milhares de eventos que
acontecem no mundo todo. O WED 2012 vai enfatizar
o modo como ações individuais
podem ter um impacto exponencial, com uma
variedade de atividades que vão desde
uma maratona até mutirões de
limpeza, competições entre blogueiros,
exibições, seminários,
campanhas nacionais e internacionais e muito
mais.
(Com informações do PNUMA)
+ Mais
Água e meio ambiente
andam juntos
04/04/2012 - Luciene de
Assis - O debate em torno da conservação
dos recursos hídricos precisa estar
diretamente ligado às discussões
relacionadas à preservação
ambiental. O ponto de vista foi defendido
pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
durante audiência pública realizada
na manhã desta terça-feira (04/04),
na Subcomissão Permanente da Água
do Senado. Segundo ela, água e meio
ambiente não podem estar dissociados
do discurso de preservação dos
recurso naturais disponíveis.
Ao comentar os resultados
positivos do VI Fórum Mundial da Água,
realizado em Marselha, França, de 12
a 17 de março passado, com a participação
de mais de 170 países, a ministra lembrou
que, em poucos anos, a população
do planeta chegará a 9 bilhões
de pessoas, sendo que 94% dos habitantes da
América Latina estarão concentrados
nas cidades, segundo previsão da Organização
das Nações Unidas (ONU). E este
considerável aumento populacional demandará
um consumo cada vez maior dos recursos hídricos
e alimentos.
DUAS DÉCADAS
Izabella Teixeira lembrou que a água
é um recurso estratégico, conduz
à vida, tem função econômica
e de inclusão social. O país,
lembrou, tem papel de convergência e
mobilização, no que se refere
à produção de alimentos,
ao uso dos recursos hídricos e na recuperação
do solo, temas que farão parte também
da agenda do Fórum Mundial da Água
em 2018 no Brasil. Antes, porém, o
Ministério do Meio Ambiente espera
receber propostas de todos os segmentos organizados
da sociedade, durante as discussões
da Mesa Redonda sobre Recursos Hídricos,
Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio +20: "Serão os desafios
do Brasil para os próximos 20 anos,
com integração ambiental e inclusão
social", reforçou a Ministra.
Para a senadora Kátia Abreu (PSD-TO),
presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil, é
preciso incluir no debate a oferta, a quantidade
e a qualidade desse recurso disponível.
A senadora disse que, em termos internacionais,
os agricultores brasileiros estão em
desvantagem competitiva em relação
aos produtores de outros países, que
podem usar 100% de suas propriedades, em referência
aos 20% de área protegidas por lei
ambiental brasileira. Mas a ministra Izabella
Teixeira divergiu: "Proteger as APPs
(Áreas de Proteção Ambiental)
é assegurar a sustentabilidade das
propriedades. Temos de ser inovadores e estimular
a recuperação dos recursos hídricos
para termos produção agrícola
contínua".