Panorama
 
 
 
 

GERAÇÃO RENOVÁVEL AO ALCANCE DOS BRASILEIROS

Panorama Ambiental
Dezembro de 2012

Notícia - 11 - dez – 2012 - Brasileiro poderá gerar energia em casa e ganhar desconto na luz por isso. Mas, como não falta quem procure atrasar o processo, Greenpeace foi a Brasília hoje lembrar que o Sol é para todos.
O Greenpeace foi hoje a Brasília para pressionar pela entrada em vigor da resolução normativa 482/2012 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que estabelece as condições gerais para a geração renovável de pequeno porte durante defesa pública que a Aneel promoveu em sua sede.

O brasileiro está acostumado a usar e abusar do Sol na praia. Com a retificação da resolução, ele terá outro fim a partir de 17 dezembro: gerar energia em casa e baratear a conta de luz.

A Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica) tentou usar um questionamento jurídico para empurrar a resolução mais para a frente. Sem definir a natureza jurídica da operação de troca de energia entre residências e distribuidoras, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e de Serviços) incidiria apenas sobre a energia vinda da rede. Na prática, se assim fosse feito, o desconto na conta seria reduzido.

A Aneel corrigiu o texto, mas a reticência da associação das concessionárias permaneceu - agora alegam que precisam de mais tempo para se adaptarem. Apesar dos oito meses que tiveram desde a aprovação da resolução e da discussão, inclusive com consulta pública, acontecer desde 2011.

Enquanto o coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo, apresentava motivos de sobra para que o prazo dado às concessionárias se adequarem não fosse estendido, ativistas da organização levaram a mensagem de que o Brasil ainda tem muito potencial de energia solar para explorar segurando banners com as mensagens “Use e abuse” e “Porque deixar para amanhã o que você pode gerar hoje?”

Durante a audiência, representantes da Abradee e da Eletropaulo pediram novamente mais tempo para que a resolução entre em vigor. No entanto, os diretores da Aneel julgaram que ela deve vigorar ainda este mês e o diretor-geral, Nelson Hübner, afirmou que “a microgeração traz vantagens e ajuda a consolidar a energia solar no país, trata-se de uma energia que já é competitiva e por isso pedimos espaço para experimentá-la. É um primeiro passo para vermos como poderemos explorá-la no país”.

Além de economia no bolso do consumidor, a geração de energia distribuída, com mini e microgeração, é uma importante passo para a consolidação das energias renováveis no Brasil, com especial benefício à solar.

Toda a atual demanda elétrica nacional poderia ser atendida pela energia solar, mas hoje faltam incentivos para que ela ganhe destaque na matriz brasileira. “O? país tem um potencial enorme em termos de irradiação solar, mas ainda não consegue aproveitá-lo por falta de coordenação, direcionamento dos incentivos e ações coordenadas e claras do governo”, afirma Baitelo.

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Aotearoa (um pouco) mais protegida

Notícia - 4 - dez – 2012 - A notícia de que a Petrobrás não irá mais explorar petróleo na costa neozelandesa foi bem recebida pelas comunidades locais cujas praias e meios de subsistência estavam ameaçadas pelo risco de um vazamento de óleo e da poluição que vem da perfuração de petróleo. O patrimônio cultural e ambiental desta bela e primitiva parte da Aotearoa (Nova Zelândia, em maori) foi salvo.

No entanto, esta notícia também deveria servir como um alerta para despertar Steven Joyce, atual Ministro do Desenvolvimento Econômico da Nova Zelândia, e seus colegas de gabinete, que depositam as esperanças econômicas do país nos caprichos das companhias petrolíferas dos outros países. O Governo Nacional fez todos os esforços possíveis para atrair algumas das empresas mais poluidoras do mundo, permitindo que elas danificassem a reputação da Nova Zelândia por fazer lobby pelo enfraquecimento da proteção ambiental.

Em abril de 2011, membros da Whanau a Apanui, tribo maori, e ativistas do Greenpeace protestaram durante mais de uma semana contra a presença de um navio contratado pela Petrobrás para prospectar petróleo no litoral da Nova Zelândia.

A tribo pediu o apoio do Greenpeace para evitar que a Petrobrás realize estudos para explorar petróleo. A comunidade maori vive na baía de Whangaparoa, Leste da Nova Zelândia, e explora há séculos os recursos pesqueiros da bacia de Raukumara, onde a Petrobrás está fazendo sua prospecção.

Enquanto isso, no Brasil, a Petrobrás vem explorando petróleo no pré-sal, a uma profundidade de até 7 mil metros, desde 2008. Hoje, são retirados diariamente 200 mil barris de petróleo, número que a empresa quer que seja cinco vezes maior até 2017.

O petróleo é uma das fontes de energia mais poluentes, grande responsável pela emissão de gases-estufa na atmosfera, que levam ao aquecimento global. Além disso, a exploração em alto-mar traz riscos à biodiversidade e às pessoas que dependem dos recursos naturais para viver. Estima-se que 20 mil pescadores se sustentem no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, contribuindo com 10% da produção pesqueira nacional.

Por aqui, a situação ainda se agrava com os vazamentos, inclusive um da Petrobrás no começo deste ano, que poluem e prejudicam a vida marinha local, e sem um plano de contingência por parte do Ministério do Meio Ambiente. A necessidade de adotar medidas de prevenção e de segurança mais rígidas é inegável e urgente. Hoje, temos 105 sondas trabalhando em toda a costa brasileira perfurando a mais de 4.000 metros de profundidade e sob uma lâmina de água superior a mil metros. Nessas condições, a capacidade de controle de um vazamento é muito difícil.

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Greenpeace e JBS retomam compromisso pelo fim do desmatamento na Amazônia

Notícia - 19 - dez – 2012 - Em um novo esforço para eliminar o desmatamento na cadeia produtiva da pecuária, o Greenpeace Brasil e a JBS retomaram o diálogo sobre a implementação de ações previstas no compromisso público firmado em 2009, chegando hoje a uma nova etapa do processo.
Em um novo esforço para eliminar o desmatamento na cadeia produtiva da pecuária, o Greenpeace Brasil e a JBS retomaram o diálogo sobre a implementação de ações previstas no compromisso público firmado em 2009, chegando hoje a uma nova etapa do processo.

Há três anos, a JBS e outros frigoríficos, assumiram um compromisso público de excluir de sua lista de fornecedores as fazendas que desmataram a floresta amazônica após outubro de 2009, além daquelas que utilizam mão de obra análoga à escrava ou estão localizadas em terras indígenas e unidades de conservação.

No primeiro semestre deste ano, o Greenpeace Internacional publicou um relatório alegando falhas no processo de controle da JBS. Após análise e a não concordância com os dados apresentados naquele relatório, a JBS decidiu iniciar um processo judicial contra o Greenpeace Brasil.

Como parte da retomada do diálogo, a JBS recentemente apresentou uma auditoria independente, cujos resultados estão disponíveis em seu site, e retirou a ação judicial movida contra o Greenpeace Brasil.

A empresa também estabeleceu um novo plano de trabalho, em que reafirma os objetivos do acordo de 2009 e traz metas, datas e o plano de ação para o cumprimento integral do compromisso, incluindo a publicação de auditorias anuais. O plano de trabalho da JBS está disponível no link www.jbs.com.br/JBS/CompromissoAmazonia.aspx.

"Com esta nova etapa do compromisso público assumido pela JBS, reforçamos nosso objetivo de conciliar produção e preservação das florestas", afirma José Augusto de Carvalho Júnior, presidente da JBS para o Mercosul.

"Consumidores e cidadãos de todo o mundo não aceitam mais produtos ligados ao desmatamento. Uma política de desmatamento zero é possível e essa é uma tarefa em que o setor produtivo, governos e consumidores são fundamentais", afirma Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace Brasil.


 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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