30/01/13 17:39
- A Secretaria do Meio Ambiente – SMA realizou
nesta quarta-feira, 30, o Seminário
de Encerramento do Projeto de Desenvolvimento
do Ecoturismo na Região da Mata Atlântica
no Estado de São Paulo. Nesta oportunidade,
foi apresentado um balanço dos trabalhos
e foram avaliados os resultados das ações
realizadas pelo projeto. Também foram
lançados produtos de divulgação
dos Parques – vídeos institucionais,
aplicativo para smartphones e tablets, mapas
turísticos e website.
De acordo com o secretário
estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, o
Projeto de Ecoturismo “vai ao encontro do
protagonismo paulista nas políticas
ambientais”. Para ele, os resultados do projeto
vão muito além dos números
apresentados, uma vez que suas ações
ajudaram a mudar a ideia de que o turista
seria alguém que agride as áreas
de proteção. Com o projeto,
o turismo passou a ser visto como uma estratégia
na conservação da biodiversidade,
aliando sustentabilidade ambiental e geração
de emprego e renda. O Secretário destacou
ainda a importância do Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) enquanto parceiro
de projetos de grande relevância no
estado de São Paulo.
A especialista sênior
do BID, Annette Killmer, afirmou que o projeto
tem “resultados de altíssima qualidade,
que devem dar orgulho à Secretaria
do Meio Ambiente e à Fundação
Florestal”. Destacou ainda que o casamento
entre conservação e turismo
gerou produtos turísticos de qualidade,
que devem servir de exemplo para os outros
estados.
Para o Diretor Executivo
da Fundação Florestal – FF,
Olavo Reino Francisco, a parceria da
SMA com o BID ajudou a mudar
a visão que a FF tinha do ecoturismo.
“Antes os parques estaduais eram tratados
mais como centros de pesquisa do que como
locais para visitação. A abertura
dessas unidades à visitação
pública provocou dois efeitos simultâneos:
a presença dos turistas ajudou a inibir
atividades ilegais nas áreas de conservação,
uma vez que há aumento da fiscalização
e, ao mesmo tempo, o ecoturismo passou a ser
uma oportunidade de geração
de emprego e renda para as comunidades do
entorno”, afirmou.
Sobre o aspecto social do
envolvimento das comunidades do entorno, a
coordenadora do projeto, Luiza Saito, afirmou
tratar-se de “um projeto que cuida do meio
ambiente e das pessoas que dele dependem”
e que o BID foi um “parceiro incansável
para que os objetivos pretendidos fossem atingidos”.
O Projeto
O Projeto de Ecoturismo
foi realizado por meio de um contrato de empréstimo
firmado entre o BID e o Estado de São
Paulo, por intermédio da SMA. O contrato
foi firmado em fevereiro de 2006 e as atividades
do projeto se encerraram em dezembro de 2012.
O valor total do empréstimo foi de
US$ 9.000.000, com contrapartida do Estado
no valor de US$ 6.000.000.
O Projeto objetivou estruturar
os seis parques estaduais participantes, tornando-os
produtos turísticos para atrair, reter
e satisfazer um mercado diversificado de visitantes,
visando consolidar a vocação
do turismo sustentável em suas áreas
de influência, tratando-se, pois, de
uma estratégia de conservação
da Mata Atlântica e de apoio ao desenvolvimento
socioeconômico das regiões onde
os parques estão localizados.
Os parques envolvidos são:
Parque Estadual Caverna do Diabo, Parque Estadual
Carlos Botelho, Parque Estadual Turístico
do Alto Ribeira (PETAR), Parque Estadual da
Ilha do Cardoso, Parque Estadual de Intervales
e Parque Estadual de Ilhabela. A área
de influência do Projeto abrange os
seguintes municípios: Apiaí,
Barra do Turvo, Cajati, Cananeia, Capão
Bonito, Eldorado, Guapiara, Iguape, Ilhabela,
Ilha Comprida, Iporanga, Jacupiranga, Pariquera-Açu,
Ribeirão Grande, São Miguel
Arcanjo, Sete Barras e Tapiraí.
Os objetivos específicos do Projeto
foram: melhorar os equipamentos turísticos
e a organização dos parques
estaduais para a gestão do ecoturismo;
organizar e consolidar o produto turístico
na área de influência direta
do Projeto; e fortalecer a capacidade de gestão
do ecoturismo na própria SMA, na FF
– órgão gestor dessas unidades
– e nos seis parques beneficiados pelo Projeto.
Entre as ações
executadas estão: implantação
e reforma da infraestrutura para visitantes,
com construção e reforma de
pousadas, restaurantes e centros de visitantes;
implantação de sinalização
bilíngue e de exposições
temáticas; implantação
e intervenções em trilhas; instalação
de estruturas de visitação na
Estrada Parque da Macaca; realização
de cursos de capacitação para
comunidades locais, microempresários
da área de turismo e gestores públicos;
divulgação dos Parques por meio
de campanha publicitária, criação
de identidade visual, entre outras ações.
Texto: Anna Karla Moura
Fotos: José Jorge/SMA e Evandro Monteiro
+ Mais
Lançado aplicativo
com informações turísticas
sobre parques estaduais
31/01/13 17:16 - O ecoturista
agora pode contar com mais uma ferramenta
de informação sobre os Parques
Paulistas. O aplicativo Parques SP, desenvolvido
para smartphones e tablets (sistemas Android
e iOS), contém um guia virtual para
ajudar o visitante a planejar sua viagem e
conhecer um pouco mais sobre os Parques Estaduais
Carlos Botelho, Ilha do Cardoso, Intervales,
Caverna do Diabo, Ilhabela e PETAR.
O aplicativo já está
disponível para download gratuito no
Google Play e na AppStore. Nele, o usuário
encontra informações sobre trilhas,
atrativos e equipamentos turísticos,
mapas interativos, fotos e vídeos.
Além disso, é possível
encontrar informações sobre
as regiões de entorno dos parques,
incluindo atrativos complementares, meios
de hospedagem, equipamentos de alimentação,
transportes, agências de receptivo e
operadoras de turismo, lojas de artesanatos
e souvenires, bancos, hospitais, entre outros
equipamentos de apoio ao turismo.
As localizações
das trilhas e atrativos estão identificadas
por GPS, sendo possível traçar
rotas ponto a ponto. Os mapas detalhados são
disponibilizados para baixar e auxiliar na
montagem dos roteiros de viagem pela Mata
Atlântica.
Enquanto estiver navegando
pelo aplicativo, o usuário pode compartilhar
os atrativos, trilhas e parques que mais gostar
por e-mail e também nas redes sociais
via Twitter e Facebook.
Parques SP foi desenvolvido
no âmbito do Projeto de Ecoturismo na
Mata Atlântica, uma iniciativa do Governo
do Estado de São Paulo, por meio da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente em parceria
com o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.