27/02/2013 - Evento reúne
representantes de Centros Regionais para a
Convenção de Estocolmo sobre
Poluentes Orgânicos Persistentes de
vários paises
A CETESB - Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo, na qualidade
de Centro Regional para a Convenção
de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos
Persistentes (POPs), está sediando
pela primeira vez o evento mundial "Workshop
global sobre a atualização dos
planos nacionais de implementação,
incluindo atualização e revisão
de inventários de PCDD/PDCF (Dioxinas
e Furanos)".O evento, que tem a parceria
do Secretariado da Convenção
de Estocolmo, teve início ontem, 26/02,
e acontece até o próximo dia
01/03, no Golden Tower Hotel, no bairro de
Pinheiros, na capital, e conta com representantes
da Armênia, Bolívia, Costa Rica,
Equador, Filipinas, Guatemala, Indonésia,
Honduras, Macedônia, México,
Peru e Vietnã, e também de instituições
internacionais, como a UNIDO - Organização
das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Industrial. Como parte do programa, também
está prevista uma visita aos laboratórios
de análises ambientais da sede da CETESB.
Segundo os organizadores,
o principal objetivo do workshop é
promover a compreensão dos participantes
das obrigações de atualizar
e rever seus PINs (Planos de Implementação
Nacionais) nos termos do Artigo 7º no
âmbito da Convenção, tendo
em conta os POPs recém-adicionados;
fortalecer a capacitação dos
Países em desenvolver estratégias
eficazes em planos de ação para
a eliminação dos POPs, e também
a transferência de conhecimento aos
Centro de Estocolm Regionais sobre os documentos
de orientações/guias, para aumentar
o seu conhecimento nas atividades de assistência
técnica em nível regional.
A lista dos novos POPs inclui
os seguintes poluentes: Alfa-Hexaclorociclohexano
e Beta-Hexaclorociclohexano (inseticidas),
usados na agricultura; Colordecone (inseticidas
e fungicida), no cultivo da banana, maçã,
fumo; Lindano (inseticidas), usados no tratamento
de madeira, sementes e solos, aplicação
veterinário e humano (piolhos e sarnas);
Pentaclorobenzeno (fungicida), retardante
de chamas, usados em tintas e tratamento de
madeiras; Ácido Perfluorooctano (pesticida),
retardante de chamas; Hexabromofenil (retardante
de chamas, usados em máquinas industriais,
indústrias elétricas; Éter
Tetrabromodifinil e Éter hexabromodifenil
(aditivo retardante de chamas), usados em
tecidos, equipamentos eletrônicos, materiais
de construção: e o Pentaclorobenzeno
(subproduto), de processos químicos
de combustão.
A Convenção
de Estocolmo
A Convenção de Estocolmo (CE)
sobre Poluentes Orgânicos Persistentes
é um tratado internacional adotado
em 2001 e que entrou em vigor em 2004, visando
à proteção da saúde
humana e do meio ambiente contra os efeitos
das substâncias químicas conhecidas
como POPs. Estas substâncias, que apresentam
ampla distribuição geográfica,
permanecem nos ecossistemas por longos períodos,
além de se acumularem no tecido adiposo
dos seres vivos, podendo causar sérios
riscos à saúde humana, animal
e ao meio ambiente, e são alvo de banimento
e/ou eliminação/redução
da produção, dos estoques de
POPs e gestão adequada dos resíduos
e das áreas contaminadas.
A Convenção é formada
por países signatários denominados
Partes da Convenção, contando
atualmente com 176 Partes.
Texto: Rosely Ferreira
+ Mais
CETESB presente na Antártica
auxiliando no desmonte da Estação
Comandante Ferraz
18/02/2013 - Técnicos
do Departamento de Áreas Contaminadas
da CETESB encontram-se na Península
Antártica, auxiliando o governo brasileiro
nos trabalhos de desmonte dos escombros da
Estação Comandante Ferraz, destruída
por um incêndio há cerca de um
ano. Pelo Tratado Antártico, o Brasil
não pode deixar nenhum tipo de estrutura
ou resíduo do incêndio no continente,
para não gerar nenhum tipo de contaminação
ambiental.
O geólogo Elton Gloeden, gerente do
Departamento – que está na Antártica
junto com o técnico Paulo Henrique,
do Setor de Avaliação e Auditoria
de Áreas Contaminadas da CETESB -,
foi entrevistado no final de semana pelo jornal
O Globo (edição 18/02, pág
26), quando falou da participação
da agência paulista nos trabalhos de
remoção dos resíduos.
“Estamos trabalhando em cooperação
com o Ministério do Meio Ambiente para
a coleta de amostras de solo e de água
subterrânea justamente para verificar
impactos e possíveis contaminações”,
explicou. A maior preocupação
dos especialistas, relata a reportagem, é
com a hipótese de ter havido um vazamento
maior, que alcance as águas subterrâneas
da região, contaminando o mar.
“Há várias técnicas de
biorremediação que podemos usar,
mas, em primeiro lugar, precisamos estabelecer
o grau de contaminação, o tipo
de contaminante e o meio”, disse Gloeden.
O objetivo dos trabalhos é que o manejo
do combustível, o desmonte das estruturas
queimadas e a montagem dos módulos
emergenciais sejam feitos com o menor impacto
possível.
Já foram recolhidas 650 toneladas de
aço de um total de 800, resultante
do desmonte da estação. Os destroços
estão sendo embarcados num navio cargueiro
para o Brasil. Os técnicos da CETESB
trabalham em parceria com os técnicos
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).