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SÃO PAULO INSTITUI FUNDO PARA
REMEDIAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS

Panorama Ambiental
Junho de 2013

11/06/2013 - Novo Cadastro de áreas contaminadas divulgado pela CETESB ganha 441 novas inclusões
O Estado de São Paulo já conta com um regulamento para gerenciamento de áreas contaminadas. Trata-se do decreto 59.263, assinado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário Bruno Covas, durante a Semana do Meio Ambiente, que regulamenta a lei estadual 13.577, de julho de 2009. São 103 artigos que dispõe sobre as diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e das águas subterrâneas, tanto para prevenção quanto para correção das áreas existentes.

As áreas foram separadas em 9 categorias distintas – com potencial de contaminação, suspeita de contaminação, sob investigação, com risco confirmado, em processo de remediação, em processo de monitoramento para encerramento, em processo de reutilização, reabilitada para uso declarado e área contaminada crítica – cujo Cadastro será atualizado anualmente e publicado no Diário Oficial do Estado e na página da internet da CETESB, divulgação esta que já vem sendo feita deste 2002, quando foi publicada a primeira listagem, com 255 áreas.

O decreto estabelece alguns avanços na gestão dessas áreas, tais como a obrigatoriedade da averbação da informação sobre a contaminação identificada na área na respectiva matrícula do imóvel; a instituição do seguro ambiental, um contrato de seguro que contenha cobertura para assegurar a execução do Plano de Intervenção aprovado pela agência ambiental no valor mínimo de 125% do custo estimado da remediação e, principalmente, a estruturação do FEPRAC – Fundo Estadual para Prevenção e Remediação de Áreas Contaminadas.

Este Fundo, vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, será destinado à identificação e remediação das chamadas “áreas órfãs”, locais cujo responsável legal não seja identificado ou não tenha implementado as ações necessárias à sua reabilitação. As receitas do FEPRAC virão de dotações ou créditos específicos, consignados no orçamento do Estado; transferências de outros fundos estaduais, da União, dos Estados e dos Municípios; recursos provenientes de ajuda e cooperação internacional; de compensações ambientais; de multas aplicadas por danos ambientais, entre outras operações.

No capítulo das infrações, estão previstas desde a penalidade de advertência, multa simples, multa diária, embargo, demolição até a suspensão de financiamento e benefícios fiscais aos responsáveis pelas áreas. As multas são enquadradas em infrações leves, graves e gravíssimas, observado o limite de 4 milhões de vezes do valor das Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP.

Cadastro com 441 novas áreas

A atualização do Cadastro de Áreas Contaminadas e Reabilitadas no Estado de São Paulo, com a inclusão de 441 novos pontos, elevou o total para 4.572 locais em que as características naturais do solo e das águas sofreram alterações em decorrência da disposição inadequada de resíduos químicos. O documento encontra-se à disposição para consulta no site www.cetesb.sp.gov.br, da CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

A lista que está sendo divulgada traz dados analisados até dezembro de 2012, com um aumento de 10,6% no número de registros em relação a dezembro de 2011. Essa expansão é resultado dos esforços da CETESB na identificação de novas áreas onde ocorreram falhas no manejo de substâncias perigosas ou acidentes e vazamentos em processos produtivos, transporte ou armazenamento de produtos e matérias-primas.

O Município de São Paulo, com 1.539 áreas, registra 34% do total cadastrado. Os outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, com 1.646 áreas, registram 36% do total. Em seguida, vêm o Litoral com 340 áreas (7%); Vale do Paraíba com 266 áreas (6%); e o restante do Estado com 1.646 áreas (36%).

Um dos aspectos positivos do documento produzido pela CETESB é que, das 4.572 áreas contaminadas, 342 já são classificadas como reabilitadas e 985 em processo de monitoramento para reabilitação, totalizando 29% das áreas registradas. Isso representa uma evolução em relação à situação verificada em dezembro de 2011, onde esse percentual era de 25%.

Outro aspecto positivo é que 42% do total registrado, ou seja, 1.925 áreas contaminadas encontram-se, hoje, com medidas de intervenção implantadas ou em implantação. As demais 1.320 áreas, encontram-se sob investigação.

Dos 3.510 postos de combustíveis, 252 (7%) já são classificadas como reabilitadas e 803 (23%) em processo de monitoramento para reabilitação, totalizando 1.052 (30%). Os demais 1.423 (41%), considerados contaminados, já estão com medidas de intervenção implantadas ou em implantação. Os restantes 1.023 (29%) encontram-se sob investigação.

Das 1.327 áreas reabilitadas ou em processo de monitoramento para reabilitação, em 458 locais já ocorreu ou está planejada a sua reutilização, especialmente para a construção de empreendimentos imobiliários.

 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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