Brasília (30/10/2013)
- A equipe de pesquisa
coordenada pelo pesquisador Francisco Limeira
de Oliveira, da Universidade do Estado do
Maranhão (UEMA/Caxias), encontrou na
Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi,
no Maranhão, novas espécies
de insetos. Entre as descobertas, destacam-se
três novas espécies: a mutuca
(Protosilvius gurupi) e os dois cerambicídeos
(Chlorida inexpectata e Ideratus beatus).
A primeira descoberta foi descrita em artigo
do periódico Zookeys, em 2012, e as
outras duas em artigo do periódico
Papéis Avulsos de Zoologia, em 2011.
As pesquisas fazem parte
do Projeto "Inventário da biota
da Amazônia Maranhense na Reserva Biológica
do Gurupi", desenvolvida pelo Núcleo
Regional do Maranhão do Programa de
Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) Amazônia
Oriental, financiado pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). Participaram desta descoberta também
os pesquisadores Rafael Marques e Galileo
Martins.
Rebio do Gurupi
Criada em janeiro de 1988
pelo Decreto nº 95.614, é a única
unidade de proteção integral
do estado Maranhão. Ocupa uma área
de 271.197,51 hectares, abrangendo três
municípios: Bom Jardim, São
João do Carú e Centro Novo do
Maranhão. A unidade está situada
na região do Arco do Desmatamento e
é estratégica para a conservação.
A reserva biológica
é local de estudo do PPBio Amazônia
Oriental e do INCT Biodiversidade e Uso da
Terra na Amazônia. Pesquisas na área
já identificaram 109 espécies
de peixes, 124 espécies de mamíferos
– pertencentes a 34 famílias de nove
ordens – e 503 espécies de aves.
+ Mais
ESTAÇÃO ECOLÓGICA
DE TAIAMÃ REALIZA CAPTURA DE ONÇAS-PINTADAS
Brasília (31/10/2013)
– O Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) por meio do Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação
de Mamíferos Carnívoros (CENAP)
e da Estação Ecológica
(Esec) de Taiamã, acaba de realizar
uma campanha de captura das onças-pintadas
no interior da unidade de conservação.
Localizada em região alagada no norte
do Pantanal, o acesso é realizado somente
por via fluvial, atraindo turistas brasileiros
e estrangeiros com o objetivo de observar
e fotografar os animais.
Esta etapa faz parte do projeto Ataques de
Onça-Pintada a humanos no Pantanal
Norte, que tem o objetivo de fazer uma avaliação
das causas e consequências à
população silvestre e humana.
O projeto busca informações
sobre o felino na região da UC, visando
minimizar conflitos existentes, visto que
dois ataques a humanos ocorreram nos últimos
anos, sendo um deles muito violento e outro
letal, além de uma onça que
foi encontrada decapitada.
A metodologia de captura
ocorre através de laços, um
método seguro e eficaz, o qual já
possibilitou a captura de dezenas de animais
em diferentes regiões do Brasil. Sediados
na UC, a equipe de pesquisadores foi composta
por servidores do CENAP, da Esec de Taiamã
e da Universidade Federal de Viçosa,
além de uma equipe de reportagem que
acompanhou o trabalho de captura. Foram capturadas
três onças-pintadas, sendo duas
fêmeas e um macho. Os rádios-colares
instalados nos animais enviam informações
(coordenadas geográficas, temperatura,
dentre outros) via satélite, sendo
que os pesquisadores recebem as informações
via internet.
Durante todo o procedimento
sobre os animais, foram monitorados os sinais
vitais, coletados dados biométricos
e materiais biológicos que permitirão
a realização de estudos e análises
genéticas, sanitárias e comportamentais,
que por sua vez poderão fornecer dados
para a elaboração de protocolos
de manejo da espécie na região.
Para o chefe da Estação
Ecológica de Taiamã, Daniel
Kantek, com a colocação desses
rádios-colares será possível
monitorar o deslocamento dos felinos. "Assim
poderemos definir à área de
vida, bem como obter outras informações
importantes sobre a biologia desta espécie
na região de estudo." relata Kantek.
Além disso, segundo o chefe do CENAP/ICMBio,
Ronaldo Morato, os dados obtidos poderão
servir de subsídio para a ampliação
da UC.