Quinta, 28 Novembro 2013
LUCAS TOLENTINO
Parques nacionais das cinco regiões
do país receberão investimentos
do governo federal. Os ministérios
do Meio Ambiente (MMA) e do Turismo financiarão
R$ 10,4 milhões para a realização
de obras de melhorias em 16 unidades no próximo
ano. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira
(28/11), pelos dois ministros durante visita
ao Parque Nacional de Brasília, que
tem 42 mil hectares de área total e
será o primeiro a ser beneficiado pelo
programa. O objetivo da ação
é ampliar o uso público e sustentável
das áreas protegidas entre 2014 e 2020.
Os grandes eventos que o
Brasil sediará, entre elas a Copa do
Mundo de 2014, e as Olimpíadas de 2016,
aparecem como um dos focos do programa. A
intenção é atrair, para
as unidades de conservação,
os turistas que visitarão o País
durante os eventos. “É uma ação
para identificar possibilidades de negócio
turístico e do chamado uso público
ampliado dos parques, além do que já
está sendo feito hoje”, destacou a
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Para 2016, a previsão
é oferecer cadeias produtivas de turismo
e concessões de serviços turísticos
em funcionamento nos parques do Rio de Janeiro,
sede da Olimpíada. Até 2020,
69 parques nacionais brasileiros serão
abertos à visitação.
Conforma as estimativas do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), esses
espaços têm capacidade de gerar,
apenas com turismo, pelo menos R$ 1,6 bilhão
por ano.
CONSOLIDAÇÃO
A priorização
de ações e a disponibilização
de recursos resultam no aumento do público.
Em 2006, a visitação anual em
todo o Brasil era de 1,9 milhão de
pessoas. Atualmente, passa de 6 milhões
o total de visitantes dos parques nacionais
em território nacional. “A preocupação
é consolidar as unidades de conservação
para manter a biodiversidade, além
de estimular a vocação de uso
múltiplo para que a sociedade brasileira
possa desfrutar”, avaliou Izabella.
Somente para o Parque Nacional
de Brasília, cuja área de convivência
é conhecida popularmente como Água
Mineral, serão destinados cerca de
R$ 2 milhões. “Os investimentos permitirão
ir além da visitação
da Água Mineral. O brasiliense ter
isso como um valor, como uma joia rara”, observou
Izabella. De acordo com ela, o restante dos
parques contemplados pelo programa serão
visitados nos próximos meses. “Vamos
promover a integração da esfera
federal com a estadual”, emendou.
A medida vai alavancar o ecoturismo no país.
O ministro do Turismo, Gastão Vieira,
afirmou que os investimentos poderão
estimular a competitividade do turismo brasileiro.
“O Brasil pode aproveitar os recursos da natureza
para aumentar o número de pessoas que
nos visitam”, explicou. “Estamos definindo
as oportunidades de atrair investidores que
queiram aplicar recursos nos parques e nos
preparar para trazer mais conforto para os
frequentadores.””
Região Norte
Parque Nacional de Anavilhanas – Amazonas
Região Nordeste
Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses – Maranhão
Parque Nacional de Jericoacoara – Ceará
Parque Nacional de Ubajara – Ceará
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
– Pernambuco
Parque Nacional da Chapada Diamantina – Bahia
Região Centro-Oeste
Parque Nacional da Brasília – Distrito
Federal
Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
– Mato Grosso
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros –
Goiás
Região Sudeste
Parque Nacional da Serra do Cipó –
Minas Gerais
Parque Nacional da Tijuca – Rio de Janeiro
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
– Rio de Janeiro
Parque Nacional de Itatiaia – Minas Gerais/Rio
de Janeiro
Região Sul
Parque Nacional do Iguaçu – Paraná
Parque Nacional de Aparados da Serra – Rio
Grande do Sul/Santa Catarina
Parque Nacional da Serra Geral – Rio Grande
do Sul/Santa Catarina
+ Mais
COP 19 financia combate
ao efeito estufa via mecanismo internacional
Segunda, 25 Novembro 2013
DA REDAÇÃO (*)
Ações de Redução
de Emissões por Desmatamento e Degradação
Florestal (REDD+) nos países em desenvolvimento
serão custeadas por mecanismo internacional.
A cúpula da 19ª Conferência
das Partes de Mudanças Climáticas
(COP 19), estabeleceu, em Varsóvia,
Polônia, acordo de financiamento de
projetos para conter a liberação
de gases de efeito estufa gerados pelo desflorestamento.
O pacto define que sejam repassados 280 milhões
de dólares (R$ 640 milhões),
vindos dos Estados Unidos, Noruega e Reino
Unido.
Apesar de ser considerado
um fenômeno natural, o efeito estufa
tem sofrido alterações que se
tornaram as causadoras do aquecimento global.
As mudanças decorrem do aumento descontrolado
das emissões de gases poluentes, entre
eles o dióxido de carbono e o metano.
A liberação dessas substâncias
na atmosfera ocorre por conta de diversas
atividades humanas e econômicas, entre
elas o transporte, o desmatamento, a agricultura
e a pecuária.
O Brasil já desenvolve
iniciativas de REDD+ em território
nacional. Criado em 2003 e atualizado em 2007,
o termo representa um mecanismo de redução
compensada da liberação de carbono
na atmosfera. O conceito engloba a diminuição
das emissões por desmatamento e degradação
e inclui a tarefa da conservação
florestal, do manejo sustentável, do
aumento dos estoques de carbono e do incentivo
ao desenvolvimento sustentável. A redução
aparece, portanto, como um meio de diminuir
os efeitos das mudanças climáticas.
FLORESTAS
A intenção
da medida é manter em pé as
florestas nos países em desenvolvimento.
Segundo dados da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança
do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês),
o desmatamento é responsável
por cerca de 20% das emissões globais
geradas pela atividade humana. Com o acordo
estabelecido na COP 19, os países precisarão
comprovar os próprios resultados de
conservação florestal por meio
de imagens de satélite e outras ferramentas
para ter acesso aos recursos disponibilizados.
(*) Com informações da UNFCCC