Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
Notícia
Dia Nacional da Mata Atlântica
Bioma abriga elevada biodiversidade e tem desmatamento reduzido, entre 2016 e 2017
 

27/05/2018 - Hoje, 27 de maio comemoramos o Dia Nacional da Mata Atlântica. O bioma que foi muito reduzido por diversas ações antrópicas, tem atualmente 8% de sua área original, distribuídas em matas primárias e secundárias. Destes remanescentes, 43% estão na região Sudeste, 40,5% no Sul, 15,5% no Nordeste e menos de 1,0% no Centro-Oeste. Devido ao intenso desmatamento, ao longo dos anos, muitas instituições públicas, do terceiro setor junto à sociedade trabalham em prol da restauração e da conservação do bioma, inclusive alcançando bons resultados entre 2016 e 2017, pois o desmatamento teve redução de 56,8%, em relação ao período anterior, de 2015 a 2016, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica.

Apesar de ter sofrido enorme redução, o bioma abriga elevada biodiversidade, o número de plantas com flores, as angiospermas, que ocorrem na Mata Atlântica é elevado, 15.545 espécies reunidas em 218 famílias, samambaias e licófitas correspondem a 923 espécies, distribuídas em 37 famílias. Em relação à fauna, o bioma abriga, aproximadamente, 370 espécies de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.

Reprodução/ICMBio

Mata Atlântica no município de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.



As aves

Em relação às aves, a Mata Atlântica apresenta 891 espécies, aproximadamente 45% de todas as espécies (1.919) que ocorrem no Brasil. Em torno de 24% (213) das espécies são endêmicas do bioma e outras 17 espécies são quase endêmicas, ou seja, ocorre fundamentalmente na mata atlântica, mas também em outros biomas.

Pouco mais de 25% (233) das espécies de aves brasileiras estão ameaçadas de extinção, destas 147 são endêmicas ou quase endêmicas da mata atlântica. No bioma ocorrem ainda 1.035 subespécies de aves, das quais 351 são endêmicas.

Mais da metade das espécies da Mata Atlântica (476 espécies) pertence à ordem dos Passeriformes, grupo que reúne 55% das formas conhecidas de aves do planeta. A ordem dos beija-flores e andorinhões, Apodiformes, é a segunda com mais representantes, 53 espécies. Na sequência, em terceiro lugar aparecem os Charadriiformes, ordem das gaivotas e maçaricos, com 50 espécies. Em seguida águias e gaviões, os Accipitriformes com 37 espécies. Piciformes, pica-paus, tucanos e araçaris em quinto lugar, com 36 espécies. Em sexto, os Psittaciformes (araras, papagaios e periquitos, com 31) e Gruiformes (galinhas-d’água, 25 espécies).

Reprodução/ICMBio

Sanhaço-de-encontro-amarelo (Tangara ornata).



As espécies Brotogeris tirica (periquito-rico), Cranioleuca pallida (arredio-pálido), Hemitriccus orbitatus (tiririzinho-do-mato), Todirostrum poliocephalum (teque-teque), Attila rufus (capitão-de-saíra), Ramphocelus bresilius (tiê-sangue), Tangara cyanoptera (sanhaço-de-encontro-azul), Tangara ornata (sanhaço-de-encontro-amarelo), Heliodoxa rubricauda (beija-flor-rubi) e Ramphodon naevius (beija-flor-rajado) são alguns dos representantes que ocorrem somente no bioma Mata Atlântica.

A Agência Ambiental Pick-upau, juntamente com diversos representantes da sociedade, realiza diversos trabalhos de restauração do bioma Mata Atlântica, assim como pesquisas ecológicas com a avifauna. Levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre dispersão de sementes, polinização de flores e atividades socioambientais são realizadas para a conservação da biodiversidade brasileira.

Em comemoração ao centenário da aprovação da Lei do Tratado das Aves Migratórias (MBTA, na sigla em inglês), importantes instituições estrangeiras como National Audubon Society, National Geographic, BirdLife International e The Cornell Lab of Ornithology, oficializaram 2018 como o Ano da Ave. Aqui no Brasil, a Agência Ambiental Pick-upau também realizará uma série de ações para a promoção do Projeto Aves, patrocinado pela Petrobras, incluindo matérias especiais sobre as aves nas mais diversas áreas.

Reprodução/ICMBio

Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius).



O Projeto Aves realiza diversas atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância da conservação das comunidades de avifauna.

O Projeto Aves é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2015.

Da Redação
Com informações de SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), MMA - Ministério do Meio Ambiente. Projeto Flora do Brasil 2020. Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos e Revista FAPESP, 217.
Fotos: Pick-upau/Reprodução

 
 
 
Periquito-rico (Brotogeris tirica)
 
 
 

   
 
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