Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
Notícia
Grandes aves quase não batem as asas para ficar no ar
Condor-dos-andes usa as corrente de ar para se manter em voo
 

29/07/2020 – Nova pesquisa publicada na revista científica ‘Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)’ revela que o maior número de aves não precisa bater as asas para se movimentar e se manter em voo. Elas utilizam as correntes de ar para ficar por horas voando.

O condor-dos-andes (Vultur gryphus), por exemplo, que pesa entre 7 kg e 15 kg, movimenta as asas durante apenas 1% do tempo de voo. A pesquisa realizada pela professora Emily Shepard, da Universidade de Swansea, no Reino Unido, e pelo Dr. Sergio Lambertucci, da Universidad Nacional del Comahue, na Argentina, utilizou gravadores de voo de alta tecnologia para registrar cada batida de asa e que tipo de manobra os condores realizavam, enquanto buscavam alimentos.

Reprodução/Wikipedia

 



Os pesquisadores pretendiam descobrir como era o esforço das aves em voo e como isso poderia variar com as condições ambientais. A pesquisa traz luz sobre a capacidade de voo das grandes aves e como essas características influenciam as viagens desses animais.

Segundo a pesquisa, cerca de 75% dos movimentos das asas dos condores estão relacionados à decolagem. Mas a partir da estabilidade em voo, os condores passam a se sustentar por longos períodos, dependendo das condições térmicas e de vento. Um dos indivíduos monitorados ficou cinco horas sem bater as asas, cobrindo uma distância de 172 km.

“Observando aves, de papagaios a águias, voarem, você pode se perguntar se eles batem asas. Esta questão é importante, porque quando as aves são tão grandes quanto os condores, a teoria nos diz que eles dependem de voar para se locomover.”, diz Hannah Williams, uma das autoras do estudo pela Universidade de Swansea.

Reprodução/Wikipedia

 



“Nossos resultados revelaram que a quantidade de batidas de asas das aves não mudou substancialmente com o clima. Isso sugere que as decisões sobre quando e onde pousar são cruciais, pois não apenas os condores precisam poder decolar novamente, mas pousos desnecessários aumentarão significativamente seus custos gerais de voo”, explica Williams.

Segundo Shepard, como a aves estudadas eram indivíduos jovens, a pesquisa sugere que o baixo esforço para voar é possível mesmo nos primeiros anos de vida da espécie. Em uma análise mais precisa foi possível observar as dificuldades que as aves enfrentam quando voam em térmicas mais fracas. Os condores-dos-andes foram flagrados batendo mais as asas nessas condições. Isso ocorria no fim dos deslizamentos entre as térmicas, provavelmente mais próximas ao solo.

“Esse é um momento crítico, pois as aves precisam encontrar ar ascendente para evitar uma aterrissagem não planejada. Esses riscos são maiores quando elas se deslocam entre as correntes térmicas. As térmicas podem se comportar como lâmpadas de lava, com bolhas de ar subindo intermitentemente do solo quando o ar está quente o suficiente. As aves podem, portanto, chegar ao lugar certo para uma térmica, mas na hora errada”, explica Lambertucci.

Reprodução/Wikipedia

 



“Esse é um bom exemplo de onde o comportamento das aves pode fornecer informações sobre o comportamento do ar”, conclui.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações da Revista Planeta
Fotos: Reprodução/Wikipedia

 
 
 
Periquito-rico (Brotogeris tirica)
 
 
 

   
 
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