Talha-mar (Rynchops niger)
 
 
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Aves e humanos têm a mesma atenção auditiva
Estudo indica que muitas características relacionadas aproximam humanos e aves
 

14/10/2020 – Pesquisas sobre atenção auditiva em animais não são novidades, mas segundo Micheal Dent, professora de psicologia da Universidade de Buffalo, principal autora do artigo publicado na PLOS ONE, em parceria com Huaizhen Cai, ex-aluno de pós-graduação na Universidade de Buffalo e agora pesquisador pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia, o antropomorfismo pode ter escondido aspectos dos experimentos anteriores, colocando a carroça na frente dos bois, como se diz. A nova pesquisa pode criar insights sobre os mecanismos evolutivos de sobrevivências das espécies.

“As pessoas têm feito experimentos fisiológicos para encontrar correlatos neurais para a captura de atenção, mas sempre pensei que eles faziam isso ao contrário, pois na época não havia evidências de que os animais tivessem as mesmas características e limites de atenção que os humanos possuem”, diz Dent. “Quando você procura correlatos fisiológicos para algo, você precisa saber primeiro que o comportamento existe. Não sabíamos que existia então, mas agora sabemos”, completa.

Reprodução/Pixabay

 



Atenção auditiva é considerada a capacidade de um indivíduo se concentrar em sons específicos. A captação da atenção é uma resposta involuntária aos diversos alvos sonoros do ambiente. No caso dos humanos, pode ser, por exemplo, ter uma conversa em uma sala com muito barulho, uma festa, ou mesmo um show, mas ainda conseguir manter essa conexão e ouvir seu nome sendo chamado a distância. No entanto, o que pode ser uma utilidade social para humanos, pode significar a sobrevivência para as aves.

“Para os animais que tentam se concentrar em algo no ambiente, é fundamental que eles respondam a algo como um grande acidente em um arbusto, o que pode sinalizar a presença de um predador, mas não de um pequeno, o que provavelmente pode ser ignorado”. explica Dent. “Ninguém havia medido isso antes no domínio auditivo. Eles o mediram no sistema visual, mas nunca com som. ”

Reprodução/Pixabay

 



Ocorre que a atenção auditiva das aves é quase tão aguda quanto dos humanos. Entretanto, conseguir avaliar a atenção auditiva em animais é muito mais difícil dado à complexidade de arquitetar um modelo em que os animais, no caso as aves, tenham que ignorar elementos sonoros específicos. No caso dos humanos, esse método de pesquisa é direto, ou seja, basta pedir aos participantes que prestem a atenção nas mudanças do fluxo sonoro e ignorar as alterações em um fluxo distinto.

Para realizar os experimentos, os pesquisadores treinaram sete periquitos adultos para bicar uma tecla que acionava um fluxo de tons, AAAA, por exemplo. Quando um tom de uma sequência mudava, AABA, as aves bicavam outra tecla. Os pesquisadores então introduziram, de forma pausada, um fluxo de fundo de tons que as aves deveriam ignorar, CCCC, o que eles conseguiram fazer, do mesmo modo que os humanos. Como se a pessoa conseguisse ignorar uma conversa paralela e outros ruídos e sons, durante uma conversa telefônica, por exemplo.

Reprodução/Pixabay

 



Mas os pesquisadores registraram a dificuldade das aves em ignorar uma mudança na frequência nos tons de fundo, CDCC, parecidos a um estrondo na mata, uma ação também desafiadora para os humanos.

Foram registrados outros fatores que afetaram a atenção das aves, entre eles, a saliência das mudanças no distrator e mudanças da frequência maiores do fundo. Quanto mais as aves ouviam os ruídos do fundo, que deveriam ignorar, mais fácil era para elas perceberam as mudanças nos tons-alvo.

Reprodução/Pixabay

 



“Assim como os humanos tentam prestar atenção em algo, quanto mais eles se concentram nesses sons, mais fácil é ignorar o fundo”, diz Dent. A pesquisadora diz estar envolvida em estudos que possam avaliar a hipótese de sons que sejam ecologicamente relevantes.

“Temos resultados que demonstram como as aves respondem aos tons puros, mas elas são igualmente proficientes com o canto das aves?”. “Isso é o que estamos testando a seguir”, finaliza Dent.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Reprodução/Pixabay

 



Da Redação, com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay
Fonte: University at Buffalo

 
 
 
Periquito-rico (Brotogeris tirica)
 
 
 

   
 
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