Macapá (15/07/2008)
- Mais de onze toneladas de palmito foram apreendidas
pela Operação “Arrastão”, realizada
no período de 1º a 10 de julho em ilhas do
Arquipélago do Bailique (AP), Ilha de Caviana e
nos municípios de Afuá e Anajás (PA).
Coordenada pela Divisão de Controle e Fiscalização
(Dicof) da Superintendência do Ibama no Amapá,
com apoio de policiais militares ambientais, a ação
teve como objetivo combater o desmatamento e a exploração
florestal ilegal, o tráfico de animais silvestres
e averiguar a existência de fabriquetas de palmito
irregulares na região.
No decorrer da operação,
foram vistoriados empreendimentos madeireiros e palmiteiras,
sendo apreendidos 11.200 quilos de palmito industrializado
sem comprovação de origem e aplicados R$1,3
milhão de reais em multas aos responsáveis,
por depósito de produtos sem origem legal e funcionamento
sem licença de operação. Houve ainda
embargo das atividades. Segundo informações
apuradas, o palmito iria abastecer o mercado interno dos
estados do Pará e Amapá. A equipe emitiu
ainda notificações aos responsáveis
legais pelos empreendimentos vistoriados, que deverão
comparecer ao Ibama para prestar esclarecimentos.
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O palmito foi transportado
para a capital, Macapá, e repassado para organizações
beneficentes, entre as quais a Casa da Hospitalidade,
em Santana, o Abrigo São José, as Pastorais
da Criança e do Menor, da Diocese de Macapá,
e o projeto Mesa Brasil, que manterão o produto
sob guarda, na qualidade de fiel depositário, até
que sejam concluídos os laudos de sanidade pela
Vigilância Sanitária, para finalização
dos procedimentos de correta destinação
dos produtos.
Para o chefe da Fiscalização,
analista ambiental Marcus Keynes, a operação
foi positiva, porém, seriam necessárias
várias incursões deste tipo uma vez que,
por se tratar de região distante, mesmo sendo lavrados
Termos de Embargo as empresas continuam a trabalhar na
clandestinidade. Outra questão é que muitas
dessas empresas já não funcionam, de fato,
há muito tempo, e estimulam as fabriquetas familiares
que preparam o palmito de forma artesanal e sem nenhum
controle sanitário a entregar o produto pronto
para ser rotulado e revendido.
Dada as peculiaridades
regionais, Afuá e Anajás estão entre
os cinco municípios paraenses onde a Superintendência
do Ibama no Amapá executa ações de
controle, monitoramento e fiscalização,
conforme estabeleceu a Instrução Normativa
nº 01, de 16 de janeiro de 2002. Os demais municípios
são Almeirim, Chaves e Gurupá, situados
na região limítrofe ao Estado do Amapá.
Patrícia Sullivan
Ascom Ibama/AP
Fotos: Dicof/AP
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Ibama/RS multa madeireira
por transporte irregular de araucária
Porto Alegre (11/07/2008)
- Indústria de madeira foi multada ontem (10) em
R$ 10 mil reais por transporte irregular de 40 m3 de pinheiro
brasileiro ou araucária (Araucaria angustifolia).
Segundo o chefe do escritório do Ibama em Bagé,
a irregularidade foi constatada durante vistoria realizada
no posto de fiscalização do porto seco de
Sant’Ana do Livramento, quando o caminhão se dirigia
para Montevidéu, no Uruguai.
De acordo com Régis
Fontana Pinto, no momento da verificação
dos documentos os responsáveis pela carga apresentaram
para o fiscal Luis Cláudio Traçante Sanches
documentos para a exportação, com autorização
do Ibama/Sede só que o Documento de Origem Florestal
-DOF apresentado cobria apenas uma parte do trajeto, de
Passo dos Maias, em Santa Catarina, até Uruguaiana.Não
havia documento de carga desta última até
Sant’Ana do Livramento, portanto a carga estava sem licença
válida.
Como a exportação
da Araucária é restrita, o procedimento
padrão é o seguinte: o interessado apresenta
um plano de exportação para uma determinada
quantidade de araucária, baseado em manejo sustentado.
O projeto é vistoriado pelo Ibama (no caso da madeireira
autuada, os plantios são em Santa Catarina, em
Passos Maia e região de Chapecó) e segue
para Brasília para aprovação do processo
(normalmente anual). A partir daí, cada exportação
é comunicada diretamente ao setor de exportação
do Ibama em Brasília, que autoriza carga a carga,
comunicando às Superintendências do Ibama
onde se dará a exportação para vistoria.
Segundo Régis o
procedimento de transportar carga de madeira sem licença
válida para todo o trajeto, caso premeditado, pode
dar margem à uma série de irregularidades
para tentar driblar o sistema DOF. A madeira está
depositada na EADI Sul de Santana do Livramento (concessionária
autorizada pela Receita Federal para operar o Porto Seco).
Esta não é
a primeira vez que essa empresa é autuada. Em vistoria
realizada pelo Ibama/RS em agosto 2007 a empresa foi autuada
e diversos Autos de Infração foram aplicados,
todos por divergência entre os volumes de madeira
apresentados no Documento de Origem Florestal- DOF e as
medições do produto feitas no pátio.
Também foi autuada por carga irregular de castanheira,
espécie imune ao corte.
Régis destaca
a importância deste tipo de fiscalização
realizada semanalmente pelo Esreg de Bagé, quando
toda a carga para exportação de produtos
e subprodutos florestais é minuciosamente fiscalizada.
Maria Helena Annes
Ascom/Ibama/RS
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Ibama/MA apreende caminhão
de transporte ilegal de madeira
São Luís
(15/07/08) - O Ibama apreendeu na última quarta-feira
(9) na BR-135, próxima a Pedrinhas, um caminhão
com 18 metros cúbicos de madeira serrada sem guia
de transporte florestal válido. O veiculo vinha
da cidade de Santa Bárbara do Pará (PA),
com destino a São Luís.
O caminhão e a
madeira foram levados ao Horto Florestal do Ibama, localizado
na Maiobinha. Segundo o analista do Ibama Antonio Lima
Campos Júnior os materiais apreendidos vão
passar por um processo de averiguação para
depois serem doados à Prefeitura e revertidos em
obras sócias. Além de uma multa de R$9 mil
pelo auto, o infrator deve responder a um processo administrativo
e criminal.
O Ibama também
divulgou os resultados em conjunto da Operação
Olho Vivo, tanto da Superintendência de São
Luís como da Gerência Executiva de Imperatriz.
No total foram feitos 154 autos de infração,
apreendidos 58 caminhões, dois mil metros de madeira
serrada e em toras, 1200 metros de carvão e multa
aplicada no valor de R$ 3,8 milhões.
Ascom Ibama/MA