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Quem
São:
BALEIA-AZUL

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NOME
POPULAR:
Baleia-azul
NOME CIENTÍFICO:
Balaenoptera musculus
TAMANHO:
30 metros de comprimento
PESO:
90 a 190 toneladas |
É o maior animal
do planeta e sobrevive porque seu peso é sustentado
pela água. Durante séculos conseguiu escapar
da caça predatória do homem. Cosmopolita,
ocorre em todos os oceanos. Por ser um animal muito veloz
e forte, pode nadar até 30 km/h. Quando era atingido
por pescadores com arpões, nadava para o fundo do
mar, esforçando-se para afundar, a barbatana caudal
é um poderoso órgão de propulsão.
Disposta horizontalmente executa movimentos de baixo para
cima e vice-versa. A nadadeira dorsal funciona como órgão
de equilíbrio e direção para se livrar,
mas na maioria das vezes o máximo que conseguia era
evitar que o homem aproveitasse de seu cadáver, ou
seja, durante séculos o homem simplesmente matou
baleias azuis apenas pelo mérito de terem se encontrado
com o maior animal do mundo e terem vencido. Mas o futuro
desses animais seria ainda pior, com a moderna tecnologia,
foram criadas embarcações e arpões
especiais para a caça dos grandes cetáceos,
e desta forma a baleia-azul tornou-se uma presa habitual
dos caçadores de baleias. E por essa razão,
é uma das espécies mais ameaçadas de
extinção, mesmo sendo "protegidas"
por lei. Existem três tipos de subespécies,
Balaenoptera musculus que vive Hemisfério Norte,
a Balaenoptera intermedia vivendo no Hemisfério Sul
e a Balaenoptera brevicauda encontrada na região
do Equador. Os filhotes nascem com cerca de 7m e 2,5 toneladas.
Possui um corpo alongado e liso, hidrodinâmico, formado
por uma pele macia de coloração cinza-azulada,
com manchas azuis mais claras espalhadas pelo corpo, com
barbatana dorsal, pequena e triangular. Possui ainda cerca
de 60 linhas ventrais que saem da boca e vão até
a porção média do corpo. Sua cabeça
é dividida por uma linha que vai da entrada da boca
até a narina, dividindo a cabeça em duas partes.
Alimentam-se de grandes quantidades de pequenos peixes e
plânctons, chegando a consumir cerca de meia tonelada
por dia. Possuem uma expectativa de vida de 35 anos a 40
anos. A baleia-azul não é um animal gregário,
ou seja, não vive em grupo, como outros cetáceos,
sobe periodicamente à superfície para respirar
e ao subir a baleia emite jatos de água e vapor por
um orifício acima da cabeça. Apesar de seus
pulmões serem preparados para armazenar uma grande
quantidade de ar. Seu corpo é fusiforme e hidrodinâmico.
BALEIA-BOREAL

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NOME
POPULAR:
Baleia-boreal, Baleia-glacial, ou Baleia-sardinheira
NOME CIENTÍFICO:
Balaenoptera borealis
TAMANHO:
16 metros de comprimento
PESO:
20 toneladas |
Sua
principal característica é uma excrescência
córnea, em geral recoberta por pequenos crustáceos,
sobre o maxilar superior. Apresenta partes brancas em sua
pele, devida a ação de parasitas. Sua cabeça
equivale a um quarto de seu comprimento total. Pode ser
encontrada no oceano Atlântico e no oceano Pacífico
norte (até Taiwan, no inverno); já no hemisfério
sul vive entre 30 e 50 graus de latitude sul em águas
temperadas, o que facilitava sua caça, pois é
uma rota muito freqüentada pelas embarcações.
A matança teve seu ápice durante os séculos
XVIII e XIX. É protegida por lei desde 1935, e está
atualmente em recuperação, tanto na parte
ocidental do Atlântico norte quanto no hemisfério
sul. Uma estimativa avalia que hoje existem alguns milhares
desses animais. As fêmeas são maiores que os
machos, podem chegar até 16m. Os filhotes medem 4,5
m e pesam cerca de 1 tonelada quando nascem. As baleias-boreal
têm filhotes no período de 3 a 4 anos, com
a gestação que leva cerca de 1 ano e a lactação
até 7 meses. Tem uma longevidade próxima de
70 anos.
A face dorsal do adulto, assim como as peitorais, são
cinzentas escuras e a face ventral é mais clara,
com cicatrizes cinzentas ou brancas, provocadas por lampreias
e tubarões. Possuem cerca de 32 a 60 pregas ventrais
na garganta, que se prolongam até pouco depois das
peitorais. Apresentam no maxilar superior de 300 a 400 pares
de barbas cinzento escuras. A sua alimentação
é constituída, à base de pequenos crustáceos
planctónicos, embora também se alimentem de
pequenos peixes como os arenques e as sardinhas. Esta espécie
emite sons metálicos, com freqüências
em torno de 3 kHz.
São encontradas na maioria das vezes indivíduos
sozinhos, no máximo em pares. Pode deslocar-se a
30 nós, com um rumo regular, sobem a superfície
para respirar, o que ocorre em 30 segundos, para depois
mergulharem e permanecerem de 2 a 3 minutos
BALEIA-JUBARTE

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NOME
POPULAR:
Baleia-jubarte, Baleia-de-corcova, Baleia-preta, Baleia-corcunda
ou Baleia-cantora
NOME CIENTÍFICO:
Megaptera novaeangliae
TAMANHO:
13 a 14 metros de comprimento
PESO:
25 a 30 toneladas |
Entre todas as baleias a
jubarte é a mais maciça e a menos esbelta.
Devido às suas linhas, consideradas pouco hidrodinâmicas,
a baleia não tem um desempenho tão bom quanto
as outras, nada a uma velocidade de 6 a 12km/h. Durante
muito tempo sofreu intensa predação, por viver
grande parte da vida ao longo das costas marítimas.
Sua caça foi proibida em 1966, porém, ainda
hoje está ameaçada de extinção.
Além da caça, ainda enfrenta os problemas
de poluição nos mares e até colisões
com grandes embarcações.
Para amamentar, a jubarte sobe à superfície,
seu filhote abocanha o mamilo, mas é incapaz de sugar:
o leite é esguichado em sua boca, quando crescem,
fêmea e macho chegam ao mesmo tamanho. Sua distribuição
é muito vasta, e as populações obedecem
ao mesmo tipo de migração, na estação
fria, procuram águas tropicais; na estação
quente, vão para águas polares. Possui hábitos
costeiros. São encontradas em todos os oceanos, no
Brasil, distribuem-se desde o Rio Grande do Sul até
o Arquipélago de Fernando de Noronha, sendo que sua
maior concentração ocorre no Parque Nacional
de Abrolhos, na Bahia. Seu período de gestação
é de aproximadamente 12 meses, com o nascimento de
1 filhote, que possui em média 5 metros e pode pesar
até 2 toneladas.
Formam grupos de 2 a 3 indivíduos, no entanto, é
comum encontrá-las sozinhas. Nos períodos
de migraçã, não se alimentam e consomem
as reservas de grossas camadas de gordura que armazena nas
áreas de alimentação, próximas
dos pólos. Alimenta-se principalmente de krill (pequeno
camarão) e de outros crustáceos além
pequenos peixes.
Possui nadadeiras peitorais grandes, que podem chegar a
medir quase um terço de seu comprimento total. A
nadadeira dorsal é pequena e fica em cima de uma
corcova. A nadadeira caudal tem bordas recortadas e padrão
da superfície ventral variável. A cabeça
é coberta de pequenas calosidades redondas, e o borrifo
é espalhado, em forma de balão.
BALEIA-CACHALOTE
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NOME
POPULAR:
Baleia-cachalote
NOME CIENTÍFICO:
Physeter macrocephalus
TAMANHO:
14 a 20 metros de comprimento
PESO:
30 toneladas |
A
baleia-cachalote é facilmente reconhecida pela forma
quadrada de sua cabeça, que corresponde a 40% de
seu corpo. Na parte superior frontal da cabeça localiza-se
o órgão que produz o espermacete, uma substância
oleosa cuja densidade pode variar do líquido ao sólido
e que serve para controlar a estabilidade em mergulhos profundos
e garantir sua flutuabilidade. Seus mergulhos podem chegar
até 2.000 metros de profundidade, podendo ficar submersa
por até 1 hora. Possui uma coloração
escura uniforme, que vai do cinza ao marrom, com pele enrugada,
principalmente na parte posterior do corpo. Um de seus inimigos
naturais são as orcas.
Alimenta-se principalmente de polvos e lulas-gigantes, que
vivem em águas profundas, além de raias, tubarões,
peixes e crustáceos. Quando observada de perto com
atenção pode-se notar em sua pele marcas de
ventosas deixadas por suas vítimas, porém,
também alimentam-se de atum e raias, tudo isso digerido
facilmente por sua mandíbula que possui cerca de
cinqüenta dentes. Na época de acasalamento,
o macho reúne várias fêmeas.
Pode ser encontrada em todos os oceanos, entre 60º
N e 70º S. No entanto, só os machos percorrem
grandes distâncias para chegarem aos extremos do globo.
O período de gestação é aproximadamente
de 11 onze meses, com o nascimento de apenas 1 filhote,
com cerca de 4 m e pesando 1 tonelada.
Uma outra espécie conhecida como Cachalote-anão
(Kogia simus), apesar do nome parecido (português),
não tem muito haver com a Cachalote tradicional.
A Cachalote-anão apresenta a boca posicionada ventralmente,
parecida com a de um tubarão. Na cabeça, existe
o órgão do espermacete, similar ao da cachalote.
Possui pequenos sulcos irregulares na região da garganta,
pode chegar até 3,5 m e pesar em torno de 210 kg.
Sua gestação é igual a da Cachalote
tradicional, diferenciado apenas no tamanho de sua cria
que chega a 1,2 m. Alimenta-se de lulas e podem ser encontradas
em zonas tropicais.
Esta espécie originou um famoso romance americano
em 1851, "Moby Dick". Em 1820, o baleeiro Essex
foi atacado por uma cachalote enfurecida e afundou rapidamente.
Nunca se imaginara que uma baleia pudesse reagir aos pescadores
que a perseguiam. O que se seguiu ao naufrágio foi
uma longa provação pelas águas do Pacífico:
amontoados em três botes, os marujos navegaram durante
três meses, experimentando os horrores da inanição
e da desidratação, da doença, da loucura
e da morte, chegando à prática do canibalismo.
O episódio, que inspirou Herman Melville a escrever
Moby Dick, ficou registrado em relatos feitos pelos sobreviventes.
Baseado em ampla pesquisa e fontes inéditas, o historiador
Nathaniel Philbrick reconstitui todos os detalhes da tragédia,
dando vida aos testemunhos com seu vasto conhecimento em
assuntos marítimos.
Dos meandros da economia baleeira, às técnicas
de navegação a vela e o comportamento das
baleias, no coração do mar, reúne informações
minuciosas sobre cada aspecto da história. Uma aventura
que desafia o leitor a refletir sobre os limites da capacidade
de sobrevivência humana.
BALEIA-ORCA

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NOME
POPULAR:
Baleia-orca, Baleia-assassina e Caldeirão
NOME CIENTÍFICO:
Orcinus orca
TAMANHO:
5 a 7 metros de comprimento
PESO:
11 toneladas |
Mamífero cetáceo
de grande porte da família dos Delphinidae. São
comuns em todos os oceanos, entretanto, sua maior incidência
é em águas frias e não muito distantes
da costa marítima. É o mais carnívoro,
de todos os animais de sua espécie, alimenta-se de
peixes grandes, focas, raias, pingüins, polvos, lulas,
tartarugas marinhas, aves marinhas, toninhas, leões-marinhos
e até mesmo outras baleias, inclusive as próprias
orcas. O folclore encarregou-se de criar em torno da orca
o título de "baleia assassina", porém,
como tantos outros animais de espécies diferentes
só atacam quando se sentem ameaçados. Sua
pele lisa tem aparência de borracha, que assemelha-se
aos golfinhos. A orca possui várias características
marcantes, a diferença básica entre o macho
e a fêmea está na barbatana dorsal. Pequena
com curva acentuada refere-se as fêmeas, alta e pontiaguda,
aos machos. Cabeça em forma de cone, nadadeiras peitorais
grandes, largas e arredondadas, um padrão de coloração
preto e branco.
Seus filhotes nascem com 2,1 a 2,4 m e pesam aproximadamente
180 kg.
Em várias partes do mundo as orcas têm sido
caçadas pela sua carne e gordura ou mortas como potenciais
competidoras pelos pescadores. No Japão, a carne
das orcas é utilizada para consumo e suas vísceras
são usadas para fazer fertillizantes e iscas para
pesca. Na Noruega, sua carne é usada para fazer ração
para animais domésticos. Várias orcas foram
mortas, durante sua captura e transporte para exibição
em aquários, devido a uma série de procedimentos
inadequados. Outra ameaça é a interação
com pescarias oceânicas. Nesta interação
as orcas aprendem a tomar os peixes capturados no espinhel.
No Brasil, este comportamento está sendo observado
no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo, durante
a captura de atuns e espadartes. Os pescadores prejudicados
costumam afugentar os animais muitas vezes de forma agressiva.
Já foram encontrados nos tecidos das orcas, altos
níveis de PCB's e DDT, proveniente de efeitos da
poluição ambiental.
BALEIA-FALSA-ORCA
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NOME
POPULAR:
Baleia-falsa-orca
NOME CIENTÍFICO:
Pseudorca crassidens
TAMANHO:
5 metros de comprimento
PESO:
2.2 toneladas |
A
Falsa-orca possui um corpo longo e delgado. A cabeça
é pequena e de forma oval. A boca é longa
e curva, formando um sorriso permanente. Sua coloração
é quase toda preta, interrompida apenas por uma mancha
cinza-clara em forma de âncora, no ventre (entre as
nadadeiras peitorais), e por outras manchas claras que podem
existir nos lados da cabeça. Apresenta de 16 a 22
pares de grandes e grossos dentes. Os machos costumam ser
maiores que as fêmeas.
Sua gestação dura aproximadamente 15 meses,
nasce apenas uma cria medindo entre 1,5 e 1,8 metros. A
fase de amamentação pode chegar a 18 meses
e podem viver até 22 anos.
Como a orca verdadeira alimenta-se, predando animais de
sangue quente, inclusive outros cetáceos, mas, em
geral, alimenta-se de lulas e peixes grandes, como o atum.
Podem ser encontradas em todos os oceanos, sobretudo em
águas temperadas e tropicais de zonas oceânicas,
embora, em águas frias, possa ser encontrada próximo
à costa. No Brasil ocorre no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e
Paraíba. São constantemente ameaçadas
pela competição com pescadores. No Japão,
Taiwan, China e ilhas do Caribe é capturada e utilizada
para consumo humano. Nos Estados Unidos exemplares desta
espécie são mantidos em cativeiro para shows
acrobáticos.
Em geral, forma grupos de 10 a 50 indivíduos de ambos
os sexos e todas as classes de idade, porém, já
foram vistos grupos de centenas de animais juntos. Costuma
encalhar em grupos de até centenas de animais, existindo
fortes laços sociais entre os indivíduos dessa
espécie. No Brasil, existe um registro de encalhe
em massa, de 14 falsas-orcas (8 machos e seis fêmeas),
no Rio Grande do Sul em junho de 1995. No entanto, o encalhe
em massa mais numeroso para a espécie ocorreu em
Mar Del Plata, Argentina, em 1946, onde 835 animais vieram
a dar nas praias.
BALEIA-SEI
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NOME
POPULAR:
Baleia-sei, Espadarte, Baleia-sardinha, Baleia-carvoeira,
Baleia-polonesa ou Baleia-cachalote-de-cabeça-pequena
NOME CIENTÍFICO:
Balaenoptera borealis
TAMANHO:
15 a 20 metros de comprimento
PESO:
17 toneladas |
Alimenta-se em águas
próximas de superfície, por isso não
costuma mergulhar fundo para obter seu alimento a base de
crustáceos, peixes, lulas e krill. Vivem em grupos
de três a cinco animais, sendo os machos os maiores.
Evitam regiões polares, porém são comuns
em todos os oceanos do mundo, no Brasil, pode ser encontrada
em toda a costa. É o mais rápido dos balaenopterídeos.
A cabeça possui apenas uma quilha central, nadadeira
dorsal proeminente e coloração cinza-escuro
ou preta, com manchas ovais pelo corpo.
BALEIA-DE-BRYDE
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NOME
POPULAR:
Baleia-de-Bryde
NOME CIENTÍFICO:
Balaenoptera edeni
TAMANHO:
13 a 15 metros de comprimento
PESO:
16 a 18 toneladas |
Da família das Balaenopteridae,
tem sua distribuição em águas tropicais
e subtropicais de todos os oceanos, tanto em áreas
costeiras como oceânicas. É a única
baleia que não realiza grandes migrações,
podendo permanecer na mesma área durante todo o ano
realizando grandes deslocamentos no sentido costa-mar e
vice versa. Na costa brasileira, podem ser vistas do Rio
Grande do Sul até o nordeste. Em outras partes do
mundo são vistas em regiões próximas
ao Japão, Peru, Venezuela, África do Sul e
no Golfo da Califórnia.
Os machos são menores que as fêmeas, em média
2 metros a menos. Costumam viver em grupos de 10 a 20 indivíduos.
Porém, na maioria das vezes são vistas apenas
em dupla.
Seu corpo é longo e esguio, sua cabeça larga
e plana, com uma quilha central proeminente e duas quilhas
laterais, característica que as diferenciam das baleias-sei
(Balaenoptera borealis) devido a sua semelhança.
A nadadeira dorsal é alta e falcada e localiza-se
atrás da metade do dorso. Sua coloração
é cinza-prateada no dorso e esbranquiçada
na parte ventral. Podem existir manchas claras nos lados
do corpo ou entre a cabeça e a nadadeira dorsal.
É comum a presença de marcas e cicatrizes
ao longo do corpo. As nadadeiras peitorais são relativamente
pequenas, estreitas e pontudas. Apresenta de 40 a 50 pregas
ventrais que se estendem até o umbigo. Possuem de
250 a 370 pares de barbatanas, de cor escura e com comprimento
médio de 45 cm. O borrifo é em forma de coluna
e pode atingir até 4m de altura. As vocalizações
são de baixa freqüência, principalmente
pulsos.
Sua gestação dura aproximadamente um ano.
As fêmeas dão à luz a um único
filhote que ao nascer medem cerca de 3 m e pesam 550 Kg.
A amamentação dura 6 meses e o intervalo médio
entre as crias é de 2 anos. Chega a viver 72 anos.
Alimenta-se basicamente de peixes que formam cardumes e
pequenos crustáceos.
A Baleia-de-Bryde foi extensivamente caçada em todo
o mundo. No Brasil, capturas para fins comerciais ocorreram
na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e na costa
nordeste. Este tipo de caça continuou até
1986, quando a Comissão Internacional da Baleia (CIB)
decretou a moratória a caça comercial desse
animal. Atualmente, capturas acidentais em redes de pesca
e a degradação do habitat, constituem as principais
ameaças. Um relato da degradação de
seu habitat ocorreu em janeiro de 1983, quando um macho
foi encontrado na Baía da Guanabara, Rio de Janeiro.
Seus pulmões e estômago, estavam cheios de
óleo.
BALEIA-MINKE
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NOME
POPULAR:
Baleia-minke, Baleia-anã
NOME CIENTÍFICO:
Baleanoptera acutorostrata
TAMANHO:
8 a 10 metros de comprimento
PESO:
8 a 13 toneladas |
Uma das menores espécies
de baleias do mundo. Costumam viver em pequenos grupos e
as vezes são vistas sozinhas. Sendo vistas em grupos
somente no período de alimentação.
São encontradas em águas tropicais, temperadas
e frias de todos os oceanos, tanto em áreas costeiras
como em oceânicas. Ocasionalmente, pode penetrar em
baías e estuários em águas de pouca
profundidade. No verão, alimenta-se próximo
dos pólos, no inverno migra para regiões mais
quentes para se reproduzir e criar seus filhotes. Em algumas
regiões, são conhecidas populações
residentes durante todo o ano, que realizam apenas pequenos
deslocamentos. No Brasil, são vistas em toda costa.
Suas principais características: corpo afilado, esguio
e hidrodinâmico. É a menor baleia existente
dentro da ordem dos Misticetos. Sua coloração
é preta ou cinza-escura no dorso, na região
da barriga a coloração é branca. Em
alguns indivíduos podem ocorrer manchas brancas em
ambas as nadadeiras peitorais que são pequenas e
pontudas. Alguns adultos apresentam marcas claras no corpo,
acima das nadadeiras peitorais, em forma de parêntesis,
como pode ser visto na ilustração. A nadadeira
dorsal é alta e falcada e localiza-se atrás
do meio do dorso. Apresenta de 50 a 70 pregas ventrais,
que não chegam a se estender atrás do umbigo.
A cabeça é estreita e pontiaguda, com apenas
uma quilha central. Possui de 105 a 415 pares de barbatanas
que medem cerca de 30cm e são de coloração
branco-amarelada, cinza-escura ou preta. O borrifo é
pouco definido em forma de coluna e atinge cerca de 2m de
altura.
Existem dois tipos de baleias-minke no Hemisfério
Sul que diferem de acordo com a cor padrão, caracteres
morfométricos e coloração das barbatanas:
a forma anã de menor tamanho, com mancha branca e
a forma usual de maior tamanho e sem a mancha branca.
Sua maturidade sexual é atingida entre 7 e 8 anos.
Sua gestação dura aproximadamente 10 meses.
Com a amamentação durando de 4 a 6 meses.
O filhote ao nascer pode pesar até 300Kg e medir
3 m. O intervalo médio entre as crias é de
2 anos.
Alimentam-se de krill, pequenos peixes que forma cardumes
e lulas. Geralmente são encontradas sozinhas, em
duplas ou em pequenos grupos. Grandes concentrações
podem ocorrer nas áreas de alimentação.
Ocasionalmente é vista na companhia de outras baleias
e golfinhos. Nada rapidamente, quando salta fora da água,
em geral, mergulha de cabeça sem provocar muito barulho.
Raramente expõe a nadadeira caudal quando mergulha.
As vocalizações incluem pulsos de baixa freqüência,
estalos e cliques ultra-sônicos.
Apesar da moratória da caça de baleias ter
sido decretada em 1986, proibindo a caça comercial
de baleias no mundo. Atualmente a caça é realizada
pelo Japão, Islândia e Noruega. Podem viver
pelo menos 47 anos.
BALEIA-FIN
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NOME
POPULAR:
Baleia-fin, Rorqual ou Rorqual-de-aleta
NOME CIENTÍFICO:
Balaenoptera physalus
TAMANHO:
20 a 26 metros de comprimento
PESO:
45 a 75 toneladas |
Caracterizadas
pelas cores de seu corpo, que vai do cinza-escuro ao preto,
vivem em grupos de 6 a 10 animais, na maioria das vezes
em oceanos abertos. Porém, com sorte podem ser vistas
próximas à costa. É mais freqüente
serem vistas em águas temperadas, árticas
e antárticas do que nas tropicais. Seu peso varia
de 45 a 75 toneladas, porém no Hemisfério
Sul são ainda maiores, podendo chegar até
100 toneladas. As fêmeas são em média
maiores que os machos.
Apesar do tamanho, esta baleia lança-se completamente
para fora da água. Esse comportamento parece estar
relacionado com comunicação, que é
também feita por emissão de sons de baixa
freqüência, estalos e cliques ultra-sônicos.
Esses sons podem ser ouvidos até a 25 km. Desloca-se
até 32 km/h. Alimenta-se de krill, copépodes,
outros invertebrados, arenques, pequenos peixes e lulas.
BALEIA-FRANCA
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NOME
POPULAR:
Baleia-franca, Baleia-franca-do-sul, Baleia-franca-austral,
Baleia-preta, Baleia-lisa, Baleia-verdadeira
NOME CIENTÍFICO:
Eubalena australis
TAMANHO:
15 a 18 metros de comprimento
PESO:
40 a 80 toneladas |
Uma das mais impressionantes
baleias do mundo e como todas as outras, sabemos muito pouco
sobre a espécie. Pesquisadores acreditam que a fêmea
tenha filhotes de 3 a 4 anos. Alimenta-se basicamente de
krill. Vivem geralmente em grupos de 3 indivíduos.
Encontra-se distribuída em todos os oceanos do Hemisfério
Sul. No Brasil, pode ser observada especialmente a poucos
metros da costa durante os meses de inverno e primavera
desde o Rio Grande do Sul até o sul da Bahia. O litoral
de Santa Catarina representa uma importante área
de concentração durante seu período
migratório de reprodução devido as
suas inúmeras baías e enseadas de águas
calmas, que propiciam um habitat ideal para fêmeas
acompanhadas de filhotes. As fêmeas são ligeiramente
maiores que os machos.
Devido a sua maneira lenta de nadar, foi uma das espécies
mais predadas em todo o mundo. Caracteriza-se por suas calosidades
brancas e regiões ásperas na pele. Pode carregar
pequenos animais presos a seu corpo, como piolhos de baleia
e cracas, que aderem-se à sua cabeça e na
região maxilar. Sua boca é grande e arqueada.
A coloração é preta com manchas brancas
no ventre. Possui de 205 a 270 pares de barbatanas que medem
cerca de 2m de comprimento.
Vários machos copulam alternadamente com uma só
fêmea. Sua gestação dura cerca de 10
meses. As fêmeas dão à luz a um único
filhote que ao nascer mede entre 4m a 6m. A amamentação
dura aproximadamente um ano. O intervalo entre as crias
é de 2 a 5 anos.
Apresenta geralmente hábitos costeiros, chegando
a poucos metros da arrebentação, o que pode
dar a falsa impressão de que está encalhando.
Devido a espessa camada de gordura seu nado é lento
e elas podem ficar horas boiadas na superfície. No
entanto, podem surpreender com saltos e batidas de nadadeiras.
Tem como seus principais inimigos naturais a orca e tubarões.
Geralmente, nada sozinha ou em pares de fêmea e filhote.
Grupos maiores, de até 12 indivíduos, podem
ser observados durante o período reprodutivo. São
curiosas e se aproximam de embarcações. A
baleia-franca foi um dos principais alvos da caça
baleeira, o que levou a uma drástica redução
de suas populações.
BALEIA-DE-CUVIER
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NOME
POPULAR:
Baleia-de-Cuvier, Baleia-bicuda-de-Cuvier
NOME CIENTÍFICO:
Zyphius cavirostris
TAMANHO:
7.5 metros de comprimento
PESO:
3 toneladas |
Da família da Ziphiidae,
podem ser encontradas em todos os oceanos, em águas
tropicais e temperadas. No litoral brasileiro, já
foram registrados aparecimentos no Rio Grande do Sul, Paraná,
Bahia, Pernambuco, Paraíba e Fernando de Noronha.
Suas principais características são, corpo
longo e robusto. Cabeça pequena, sem distinção
nítida do rosto, seu orifício respiratório
é em forma de meia-lua. Suas nadadeiras peitorais
são pequenas e a nadadeira dorsal deslocada para
a região caudal do corpo.
Pode realizar mergulhos profundos e ficar submersa por mais
de 40 minutos. Sua dieta é basicamente de lulas,
peixes de águas profundas e ocasionalmente de crustáceos.
Possui corpo longo e robusto com a cabeça pequena,
sem uma definição nítida do pequeno
bico. A nadadeira dorsal pode ser triangular ou falcada
e localiza-se após o centro do dorso. Possui dois
sulcos em forma de "V" na região da garganta.
Possui apenas dois dentes na mandíbula, que são
visíveis mesmo quando o animal está com a
boca fechada.
Sua gestação dura aproximadamente 16 meses,
nasce apenas uma cria com cerca 2,5 metros.
Alimentam-se de lulas e peixes, ocasionalmente crustáceos
e peixes.
Sofrem a caça por parte dos japoneses no Pacífico
norte.
BALEIA-BRANCA
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NOME
POPULAR:
Baleia-branca
NOME CIENTÍFICO:
Balaena mysticetus
TAMANHO:
20 metros de comprimento
PESO:
70 toneladas |
Outra espécie semelhante,
e igualmente rara, é a baleia-branca. Caracterizada
por sua cabeça que corresponde um terço do
corpo. Está praticamente limitada ao oceano glacial
Ártico. Recentemente foi localizada no mar do Japão.
Também é protegida desde 1935 por leis internacionais;
algumas raras capturas são permitidas anualmente
aos esquimós. Parece que está recuperando-se
no setor do Pacífico e até provavelmente na
região Atlântica. A Comissão Baleeira,
órgão com poderes de fixar a cada ano as cotas
de captura para cada espécie de baleia, criou, em
1972, um projeto de controle internacional para garantir
que frotas baleeiras e as estações de captura,
com base em terra, respeitem estritamente a proibição
de caçar baleias-boreais ou baleia-brancas. Porém,
como em outros casos as leis não são respeitadas.
BALEIA-DE-ARNOUX
|
NOME
POPULAR:
Baleia-de-Arnoux
NOME CIENTÍFICO:
Berardius amuxxi
TAMANHO:
11 metros de comprimento
PESO:
8 toneladas |
(voltar) |
Seus
Parentes:
BOTO-CINZA
|
NOME
POPULAR:
Boto-cinza, Boto-comum, Boto, Boto-de-manjuva e Tucuxi
NOME CIENTÍFICO:
Sotalia fluviatilis
TAMANHO:
1.7 a 2.2 metros de comprimento
PESO:
60 quilos |
Ocorrem em dois ecotipos,
o marinho e o fluvial. A forma marinha do boto-cinza prevalece
em regiões tropicais e subtropicais costeiras da
América do Sul e Central desde a Nicarágua
até Santa Catarina. Costuma ocorrer em baías
e desembocaduras de rios, em águas turvas. É
a espécie típica da Baía Norte, em
Santa Catarina, Baía de Guaratuba no Paraná,
Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro e Baía
de Todos os Santos, na Bahia. A forma fluvial é endêmica
ocorrendo nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
É um dos menores cetáceos existentes. O bico
apresenta tamanho moderado. Vários tons de cinza,
em geral, com o dorso mais escuro e barriga clara, branca,
rosada ou amarelada. A nadadeira dorsal é triangular,
de tamanho moderado e situada próximo ao centro do
dorso. As nadadeiras peitorais são ligeiramente pontudas
de contorno suave. Possui de 52 a 72 pares de dentes pequenos
e pouco afiados.
Ambos os sexos atingem maturidade sexual com cerca de 1,40m.
A gestação dura cerca de 11 meses. Os filhotes
nascem medindo de 0,8m a 1,0m. Podem ser vistos em grupos
de 2 a 7 animais, no entanto, grandes agregações
com cerca de 450 indivíduos já tenham sido
registradas.
Desde novembro de 1997, um boto-cinza solitário e
sociável tem sido observado em São Vicente,
São Paulo. Esse animal, com cerca de 1,6m, aproxima-se
com freqüência das embarcações
de pesca e permite que as pessoas nadem nas suas proximidades.
Outro caso muito curioso, é o de um pequeno cachorro
que interage com grupos de botos-cinza no Parque Estadual
da Ilha do Cardoso, litoral sul de São Paulo, desde
1997. Os botos demonstram claramente aceitar a presença
do cachorro dentro da água, inclusive tocando-o e
suspendendo-o acima da superfície. As vocalizações
dessa espécie incluem estalos e assobios.
Sua alimentação é basicamente de peixes,
lulas e crustáceos.
Sua identificação é feita através
de marcas e cicatrizes no bordo posterior da nadadeira dorsal.
As marcas e cicatrizes ao longo do corpo, que os animais
adquirem ao longo de suas vidas, podem ajudar, como complemento,
a identificar distintos indivíduos.
As principais ameaças contra a espécie, são
devido a seus hábitos costeiros, o boto-cinza sofre
o turismo poderá vir a causar molestamentos e distúrbios.
Desde 1996, um boto-cinza aceita alimentar-se de tainhas
na mão de um pescador na região de Cananéia,
São Paulo. Em anos recentes têm sido relativamente
comuns casos de pessoas alimentando golfinhos selvagens
em várias localidades do mundo. Essas atitudes podem
ocasionar problemas tais como: mudanças no comportamento
natural como na busca de alimentos e quebra de laços
sociais, o que pode prejudicar a futura sobrevivência
dos animais, perda de cautela e prudência em relação
aos humanos.
BOTO-GLADIADOR
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NOME
POPULAR:
Boto-gladiador
NOME CIENTÍFICO:
Hyperoodon planifrons
TAMANHO:
8 metros de comprimento
PESO:
4 toneladas |
BOTO-COR-DE-ROSA
NOME POPULAR
Boto-cor-de-rosa
NOME CIENTÍFICO
Inia geofrensis
TAMANHO
2 a 2.5 metros de comprimento
PESO
100 a 160 quilos
Rostro longo, melão bem destacado, olhos pequenos,
corpo alongado, nadadeira dorsal reduzida a uma corcova
baixa, nadadeiras peitorais largas, achatadas e flexíveis,
a dentição é do tipo heterodonte. Podem
ser vistos na Bacia do Amazonas, Brasil.
BOTO-DE-BURMEISTER
NOME POPULAR
Boto-de-Burmeister
NOME CIENTÍFICO
Phocoena spinipinnis
TAMANHO
1.5 metros de comprimento
PESO
40 a 75 quilos
Podem ser encontrados no Brasil, porém existem apenas
dois registros de encalhe, um no Rio Grande do Sul e outro
em Santa Catarina, na região sul do país.
Possui rostro definido. Coloração escura e
homogênea. Nadadeira dorsal triangular e deslocada.
GOLFINHO-COMUM
|
NOME
POPULAR:
Golfinho-comum
NOME CIENTÍFICO:
Delphinus delphis
TAMANHO:
2.4 metros de comprimento
PESO:
70 a 110 quilos |
Podem ser encontrados em
águas tropicais e temperadas de todos os oceanos,
inclusive em mares interiores, como o Mediterrâneo,
o Mar Vermelho e o Mar Negro. Pode ser visto tanto em águas
costeiras como em oceânicas, principalmente em regiões
onde o relevo de fundo é bem acidentado. É
comum a presença desta espécie próximo
a borda da plataforma continental. No Brasil, ocorre desde
o Rio Grande do Sul até o Nordeste.
É caracterizado por seu corpo delgado e bico fino,
seu dorso é escuro, e o ventre claro. Nas laterais
do corpo, abaixo da nadadeira dorsal, forma-se um "V"
escuro típico da espécie. Na frente do "V",
entre a nadadeira peitoral e o bico, costuma haver uma mancha
amarela. Na lateral posterior do corpo, entre o "V"
e a cauda, existe uma mancha cinza. A região em volta
dos olhos e a ponta superior do bico costumam ser negras,
mas, visto de frente, o rostro pode ter a ponta branca.
Muitas vezes a nadadeira dorsal possui uma mancha clara
no centro, em ambos os lados. Possui de 80 a 120 pares de
dentes pequenos e afiados.
A maturidade sexual das fêmeas acontece quando atingem
cerca de 1,6m e dos machos com 1,7m. A gestação
dura de 10 a 11 meses. Filhotes nascem com cerca de 0,8
a 0,9 m. A amamentação dura pelo menos 14
meses. O intervalo entre as crias é de dois a três
anos. Pode viver mais de 20 anos. Alimentam-se de peixes
e lulas. Seus principais inimigos naturais são os
tubarões e as orcas.
Comportamento e hábitos: Forma grandes grupos constituídos
por animais de ambos os sexos e todas as classes de idade,
mas também pode haver alguma segregação
sexual. Em regiões profundas, os grupos podem ter
centenas ou até milhares de animais. Em regiões
costeiras o tamanho de grupo varia entre 10 a 500 indivíduos.
Esta espécie apresenta fortes vínculos sociais.
Pode formar grupos mistos com outros cetáceos. São
ágeis, velozes e acrobatas. Saltam e nadam na proa
de embarcações. As vocalizações
incluem vários estalos e assobios. Sabe-se que o
golfinho-comum pode mergulhar até 280 m, ficando
submerso por cerca de oito minutos.
Os maiores massacres provavelmente já sofridos por
esta espécie ocorreram no Mar Negro, quando as companhias
de pesca russas e turcas capturavam deliberadamente mais
de 100 mil animais por ano. Com o passar do tempo, esta
população foi declinando e a captura foi diminuindo,
até que os dois países interromperam a caça
em 1988.
GOLFINHO-FLIPER
|
NOME
POPULAR:
Golfinho-fliper, Boto, Golfinho-nariz-de-garrafa
NOME CIENTÍFICO:
Tursiosps truncatus
TAMANHO:
3.6 a 3.8 metros de comprimento
PESO:
640 quilos |
São encontrados em
águas tropicais, subtropicais e temperadas de todos
os oceanos. Pode ser encontrado tanto em águas costeiras
como em oceânicas bem como mares fechados, como o
Mar Negro, Mar Vermelho e Mediterrâneo. Também
pode ocorrer em estuários, lagoas e canais, e ocasionalmente
penetra em rios. No Brasil, ocorre desde o rio grande do
Sul até a costa nordeste. Populações
oceânicas podem realizar migrações sazonais
enquanto as costeiras geralmente são oceânicas.
Com um corpo robusto, sua coloração varia
bastante entre as diferentes populações. O
dorso em geral varia entre cinza-claro e cinza-escuro, e
vai clareando nas laterais em direção à
barriga, que é clara - branca ou rosada -, pode apresentar
manto dorsal definido por coloração mais escura,
e algumas vezes o manto é interrompido, abaixo da
nadadeira dorsal, por uma entrada mais clara. É comum
haver pintas e manchas pelo corpo. A região ao redor
dos olhos é mais escura. Os adultos costumam ser
muito arranhados. A nadadeira dorsal é alta e falcada,
com base larga. As nadadeiras peitorais são pontudas
e de tamanho moderado. O bico é curto, largo e bem
separado da cabeça. Apresenta de 40 a 56 pares de
dentes grossos e pouco afiados.
Podem ser vistos em grupos, desde pares até centenas
de indivíduos. São raras as aparições
de animais solitários. Seu contato com o ser humano
quase sempre é pacifico, porém um caso único
no mundo, ocorrido em Caraguatatuba, no litoral norte de
São Paulo, mudou esta história. O Golfinho-fliper,
com cerca de 2,5m recebeu o nome de "Tião".
Devido a ignorância dos banhistas que o molestavam
freqüentemente, "Tião" acabou matando
um banhista.
Sua alimentação é a base de crustáceos,
peixes e lulas. Sua identificação é
feita através de marcas e cicatrizes no bordo posterior
da nadadeira dorsal. As marcas e cicatrizes ao longo do
corpo que os animais adquirem ao longo de suas vidas podem
ajudar, como complemento, a identificar distintos indivíduos.
Os pescadores inclusive conhecem cada golfinho através
de marcas pelo corpo e forma da nadadeira dorsal. A maioria
deles tem nomes dados pelos pescadores.
O Golfinho-fliper foi a espécie que iniciou as pesquisas
com cetáceos em cativeiro, em 1914. Desde então
ele se transformou em objeto de inúmeros estudos
sobre comportamento e fisiologia, que fizeram com que o
conhecimento sobre os cetáceos fosse ampliado. É
um dos cetáceos que mais bem se adaptam em cativeiro.
São exibidos em oceanários em várias
partes do mundo e são inclusive utilizados em programas
militares e de terapias.
Um seriado de TV transformou a espécie conhecida
no mundo inteiro com o nome de "Flipper".
Em cativeiro, o Golfinho-fliper pode cruzar com outras espécies
e produzir filhotes híbridos. As espécies
envolvidas foram o golfinho-de-dentes-rugosos, a baleia-piloto,
a falsa-orca e o golfinho-de-risso. Das duas últimas
espécies, também existem filhotes híbridos
que já foram descobertos na natureza. Os filhotes
nascem medindo entre 0,8 e 1,2m e pesam cerca de 10 Kg.
A amamentação dura aproximadamente um ano,
mas o filhote pode começar a ingerir alimentos sólidos
antes dos seis meses.
GOLFINHO-PINTADO-DO-ATLÂNTICO
|
NOME
POPULAR:
Golfinho-pintado-do-Atlântico e Toninha-pintada
NOME CIENTÍFICO:
Stenella frontalis
TAMANHO:
1.6 a 2.2 metros de comprimento
PESO:
39 a 143 quilos |
Podem ser encontrados em
águas tropicais, subtropicais e temperadas quentes
do Oceano Atlântico, tanto em águas costeiras
quanto em oceânicas. No Brasil, existem registros
no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo,
Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.
Os indivíduos adultos apresentam pintas claras no
dorso e escuras na barriga. O grau de pintas nos adultos
é extremamente variável, tanto individualmente
quanto geograficamente. Filhotes nascem cinza-claro e as
pintas vão aparecendo com a idade geralmente da barriga
para o dorso. A ponta do bico é relativamente fina
e branca. O manto dorsal cinza-escuro possui uma mancha
clara pontiaguda rompendo seu desenho arredondado logo abaixo
da nadadeira dorsal. A nadadeira dorsal é alta e
falcada. As nadadeiras peitorais são pontudas e proporcionais
ao tamanho do corpo. A região ao redor dos olhos,
normalmente é escura. Possuem de 60 a 80 dentes cônicos.
A forma costeira é maior, mais robusta e mais pintada
do que a oceânica. No Brasil, provavelmente existem
as duas formas, mas ainda torna-se necessária uma
confirmação.
Vivem em grupos de vários tamanhos segregados em
subgrupos por sexo e classe de idade. Em áreas costeiras
podem formar grupos de até 80 indivíduos,
embora sejam mais comuns grupos contendo entre 5 e 15 animais.
Alimentam-se de peixes e lulas.
Tem sua maturidade sexual entre 6 e 11 anos, tanto para
fêmeas como para machos.
A gestação dura cerca de um ano. Filhotes
nascem medindo entre 0,8m e 1,2m, a amamentação
dura cerca de um ano e o intervalo entre as crias é
de 3 anos. Podem viver até 50 anos de idade.
GOLFINHO-DE-DENTES-RUGOSOS
|
NOME
POPULAR:
Golfinho-de-dentes-rugosos
NOME CIENTÍFICO:
Steno bredanensis
TAMANHO:
2.70 a 2.85 metros de comprimento
PESO:
160 quilos |
Formam grupos pequenos,
de no máximo 50 indivíduos, sendo mais comumente
observados os grupos de 10 a 20 animais. Também pode
formar grupos mistos com outros cetáceos. É
um golfinho especialmente inteligente. Costuma nadar na
proa de embarcações e muitas vezes é
visto carregando objetos sobre a cabeça, presos às
nadadeiras ou ao bico. Possuem uma notável atração
por objetos flutuantes e uma extraordinária capacidade
manipulativa. Seu nome é proveniente das características
de seus dentes derivados de diversas estrias, finas e verticais,
encontradas nos seus 20 a 27 pares de dentes. Esta característica
é única entre todos os cetáceos, que
possuem dentes lisos, entre eles a toninha.
Possui dorso escuro, cinza ou marrom, e barriga clara, branca
ou rosada. Apresenta no dorso uma estreita faixa cinza-escura
bem definida formando um manto com um formato de ampulheta.
A ponta do bico e os lábios são brancos. Costuma
ter muitas manchas e arranhões pelo corpo entre a
cabeça e o bico.
Podem ser encontrados em regiões tropicais e temperadas
quentes de todos os oceanos. É considerado um animal
típico de águas oceânicas. No Brasil,
em águas costeiras, incluindo ilhas, canais, baías
e regiões recifais. Sua distribuição
abrange uma grande faixa de nosso litoral, desde o Rio Grande
do Sul até o Ceará.
A maturidade sexual de machos e fêmeas é alcançada
a partir de 14 anos para os machos e 10 anos para as fêmeas.
As fêmeas dão à luz apenas um filhote,
após uma gestação de cerca de 10 ou
11 meses. O filhote nasce medindo cerca de 1,0 m. A mãe
é especialmente atenciosa e carinhosa com a cria,
da qual não se afasta nos primeiros dois anos após
o nascimento. Podem viver pelo menos 32 anos.
Alimentam-se de peixes, lulas e polvos. Enquanto estão
se alimentando, os golfinhos costumam dar saltos e batidas
de cauda para concentrar a presa, usando táticas
de pesca muito interessantes. Apresenta o curioso costume
de sacudir a cabeça na superfície da água
com a presa segura pelo seu rostro.
GOLFINHO-CABEÇA-DE
MELÃO
NOME POPULAR
Golfinho-cabeça-de-melão
NOME CIENTÍFICO
Peponocephala electra
TAMANHO
2.5 metros de comprimento
PESO
160 quilos
Pode ser encontrado no Brasil, existem alguns registros
de encalhe na Bahia e em Fernando de Noronha. São
caracterizados por sua cabeça arredondada, nadadeira
dorsal alta e falcada, peitorais compridas e pontudas. Possui
coloração escura.
GOLFINHO-TONINHA
NOME POPULAR
Golfinho-toninha ou Franciscana
NOME CIENTÍFICO
Pontoporia blainvillei
TAMANHO
1.2 a 1.7 metros de comprimento
PESO
45 quilos
Possui o rostro extremamente afilado e longo, nadadeiras
peitorais curtas e largas, dorsal pequena e triangular.
São encontrados em toda costa brasileira, com concentração
no litoral sul do país.
(voltar) |
O
Que São:
Quem
arriscou um "peixe", passou longe, baleias são
mamíferos, não peixes. Porém, para
a indústria baleeira, elas não passam de um
peixe grande. São como os demais mamíferos,
inclusive o homem, respiram através de pulmões,
possuem sangue quente, tem um processo de gestação
longo e quando dão luz seus filhotes já estão
desenvolvidos, crescem sendo amamentados por suas mães.
Normalmente um filhote nasce a cada um ou dois anos, sendo
necessário cuidados maternais, até que possa
sobreviver sozinho, só após muitos anos atinge
a maturidade. E esse é apenas um dos inúmeros
motivos, que sua recuperação no meio ambiente
seja tão difícil, a exploração
comercial é bem mais rápida que a natureza
nesse caso. Ainda pouco se sabe sobre os aspectos biológicos
das baleias, com uma vida completamente adaptada a água,
quando submersas comunicam-se através de uma série
complexa de estalos, cliques e assobios. As jubartes, por
exemplo, são famosas por sua comunicação
parecer uma "canção", melodias que
os machos fazem durante a época de acasalamento e
que dura um longo período. Existem 12 espécies
de baleias chamadas de "verdadeiras". Possuem
barbatanas no lugar de dentes, em vez de mastigarem, filtram
o alimento da água, porém existem suas exceções
como é o caso da orca e a beluga.
Você deve ter estranhado algumas espécies de
botos e golfinhos que estão relacionados acima, na
verdade estão lá por dois motivos: primeiro
porque são parentes das baleias e segundo lugar,
por terem este parentesco a redação achou
que para sua maior comodidade na pesquisa estas espécies
deveriam ser relacionadas na mesma matéria.
Algumas espécies são encontradas em grandes
grupos com uma forte organização social, na
qual os indivíduos protegem outros que estão
doentes, quando ainda são jovens ou quando se alimentam.
Após décadas de pesquisa, ainda não
se pode ter dados construtivos sobre a taxa de crescimento
da população de baleias, da mesma forma que
estudos sobre a natalidade ou das taxas de mortalidade natural
dos filhotes ou de animais jovens também não
podem ser exatas. Mesmo hoje com tanta tecnologia, a contagem
desses animais ainda são estimativas, sendo muito
difícil determinar um número exato nesta questão.
E para piorar a situação a indústria
baleeira não reconhece esse problema. Determinando
estimativas a favor da caça.
É bem simples saber que a caça as baleias
favorece uma parcela muito pequena da população
mundial, quantas pessoas já comeram ou já
utilizaram algum produto derivado desses animais, ou ainda,
qual seria a necessidade do consumo da baleia, com incrível
quantidade e diversidade de alimentos que há em nosso
planeta e nunca é demais lembrar que se pessoas e
são milhões ainda passam fome nos dias de
hoje, este problema reflete somente em questões sociais,
ou seja, uma má distribuição de renda,
afinal a produção de alimentos do planeta
é mais que suficiente para a população
que vive hoje no planeta. Por isso a questão da caça
às baleias, vai além de um simples romantismo
de ecologistas como pensam muitos. Apesar de muitas pessoas
ainda não acreditarem, o desaparecimento desses animais
de nosso ecossistema afetará o próprio homem,
como acontece em todos os outros casos de extinção
de animais, as pessoas precisam saber um pouco mais sobre
cadeia alimentar, ecossistema e meio ambiente, porque essas
expressões não são apenas lembranças
das aulas de biologia. A questão é bem simples:
Porque protegê-las? Eu responderei ao primeiro que
me disser porque não.
Mais
curiosidades:
-
As
baleias respiram por buracos no topo da cabeça,
as que não possuem dentes apresentam dois orifícios,
as com dentes apenas um.
-
Os
cetáceos eram mamíferos terrestres que
retornaram à água há cerca de 55
milhões de anos, a evolução da
espécie transformou seus membros anteriores em
nadadeiras.
-
O
maior cetáceo já encontrado foi uma baleia-azul
de 31 metros de comprimento.
-
Não
gostam de águas turvas e enxergam muito bem,
orientando-se pela visão e por uma espécie
de sonar, emitindo o som e aguardando o eco.
-
Sob
sua pele, há uma espessa camada de gordura que
funciona como isolante térmico e reserva de alimento.
-
O
turismo destinado à observação
das baleias movimenta em média por ano cerca
de US$ 1 bilhão.
-
Os
navios baleeiros japoneses, após a caça,
preparam o animal para o comércio em duas horas.
-
Japoneses
faturam em média US$ 40 milhões por ano
com a atividade da caça.
-
Seis
espécies estão ameaçadas de extinção:
a franca, a jubarte, a azul, a fin e a sei.
(voltar) |
A
Caça:
A
caça de baleias já é vista nos
oceanos do planeta há muito tempo, seus fins
comerciais começaram no início do século
XII, na região do Golfo de Biscaia, no Atlântico
Norte, próximo às costas espanhola e
francesa. No final do século XIX, ainda com
a utilização de arpões de mão
dizimaram populações de baleias que
viviam nos oceanos do Hemisfério Sul. Entre
os países que participaram da caça estão
os Estados Unidos, Noruega, Japão, Rússia
e Inglaterra, todos países de primeiro mundo.
A partir de 1920, a situação ficou ainda
mais critica, após a atividade baleeira adquirir
características industriais. Foi criada uma
arma ainda mais eficiente na captura dos cetáceos,
arpões com granadas explosivas nas extremidades,
que ao serem lançadas de um canhão,
era possível acertar e matar a baleia com maior
precisão e êxito, independente de seu
tamanho. Nesse mesmo período foi criado o navio-fábrica,
uma gigantesca embarcação, onde podem
içar o animal inteiro e produzir ali mesmo
barris de óleo, toneladas de carne entre outros
produtos, tudo num período de duas horas, em
média. A chacina foi tão grande que
em 1931, somente na estação de caça,
cerca de 30.000 baleias foram mortas, entre elas estava
a baleia-franca-do-norte, que durante este período,
quase foram extintas devido à rapidez que estavam
sendo mortas. Nesta época a caça era
praticamente feita em todos os oceanos, inclusive
na costa brasileira. |
|
|
Nossas
águas serviram a caça desde o século
XVII, com predominância da caça artesanal
que estendeu-se do litoral sul da Bahia até
a Paraíba. O período industrial teve
início após a criação
da COPESBRA, em 1910, uma empresa nipo-brasileira
com o monopólio da atividade baleeira. A empresa
operou em águas brasileiras até 1986,
quando o então presidente José Sarney
sancionou a lei que proíbe a caça de
baleias no litoral brasileiro. Mas o saldo da destruição
foi imenso, durante os 75 anos de atuação
no Brasil, a COPESBRA abateu cerca de 22.000 baleias
de todas as espécies, segundo registros deixados
pela própria empresa. |
Para se ter uma idéia,
a baleia-fin tinha uma população de cerca
de 100.000 indivíduos, hoje não passam de
2.000 no Oceano Antártico, outro exemplo, as baleias-azuis
eram 250.000 indivíduos, hoje não chegam a
400 vivendo na mesma região. Estes dois casos são
vistos seriamente com a possibilidade de desaparecerem do
planeta.
Com
o forte declínio das populações
de baleias, a industria foi forçada a regulamentar
a caça ao redor do mundo. Em 1946, a Comissão
Baleeira Internacional (CBI), com o objetivo de preservar
as baleias, para que pudessem ser "devidamente
exploradas", criou um "efeito dominó",
que funcionava da seguinte forma: quando uma espécie
estava a beira da extinção, procuravam
caçar outra espécie e, claro, com o
passar dos anos todas entram na lista de ameaçadas
de extinção. Só neste século,
foram mortas cerca de 2 milhões de baleias,
cerca de 50 a 60.000 baleias por ano durante o período
de caça comercial mundial, que teve seu ápice
em 1961, quando a indústria atingiu a terrível
marca de 70.000 animais mortos. Somente em 1986, a
CBI declarou moratória por tempo indeterminado
para a caça da baleia. Mesmo assim, desde que
a moratória foi declarada, 14.000 baleias já
foram mortas, sendo a metade de responsabilidade do
Japão. Utilizando do argumento de "caça
científica", essa é uma das desculpas
mais hipócritas e mentirosas que já
se ouviu sobre questões de meio ambiente. |
|
|
Alegam
que coletam dados sobre o tamanho, peso, estrutura
das populações e outras informações
biológicas, porém, todos sabem que tais
informações poderiam ser obtidas através
e pesquisas que não precisariam envolver a
morte do animal. Outro país responsável
pela matanças das baleias é a Noruega,
que contesta abertamente a moratória e caça
cerca de 500 baleias-minke por ano, com expectativa
de aumento dessa cota para 2.000 animais. A Islândia,
retirou-se da CBI em junho de 1992. Os dois países
justificam a caça como sendo tradições
em seus territórios e seus governos argumentam,
que realizam uma caça sustentável e
que a carne de baleia possui fontes de proteína
ambientalmente correta. |
|
|
Quem
são os caçadores tradicionais das baleias:
|
-
Populações
indígenas da América do Norte, Groelândia
e Rússia, capturam as baleias de forma
artesanal, entre as capturadas estão a
minke, a fin e a jubarte.
-
Noruega retornou
a caça comercial em 1993, pressionam pelo
fim da moratória que proíbe a exportação
da carne e gordura das baleias.
-
Japão,
entre os anos 2000 e 2001 já caçou
cerca de 560 exemplares, "para fins científicos",
um quilo de baleia chega a custar cerca de US$
57 no mercado japonês. Ainda pressionam
para que a caça se estenda até o
oceano Antártico, onde esta localizado
um santuário desde 1994.
|
Como votam os
membros da CBI
(Comissão Internacional da Baleia)
- PELA ABERTURA IMEDIATA DA
CAÇA
Noruega, Japão, Coréia do Sul, Rússia,
China, Ilhas Salomão, Antígua, Barbuda,
São Cristovão, Névis, Santa
Lúcia, São Vicente, Granadinas, Granada
e Dominica
- A FAVOR DO MANEJO SUSTENTÁVEL
(ADMITEM EM PRINCIPIO A REABERTURA DA CAÇA)
Dinamarca, Suécia, Finlândia, México,
Irlanda, Chile, África do Sul, Espanha, Suíça
e Omã
- A FAVOR DA PROIBIÇÃO
TOTAL À CAÇA
Brasil, EUA, Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália,
Mônaco, Holanda, Argentina, França,
Alemanha, Itália, Áustria e Índia
|
(voltar) |
Cronologia
PRIMEIRA
PARTICIPAÇÃO DO GREENPEACE CONTRA A CAÇA
DE BALEIAS
27 de junho de 1975
Um
bote inflável da ONG Greenpeace, posicionou-se entre
o navio baleeiro russo Vlatny e uma baleia-cachalote, a
fim de impedir a captura do animal.
BRASIL
ESTÁ NO CAMINHO CERTO
28 de maio de 1999
Uma
proposta formal do governo brasileiro foi apresentada à
CBI, em Granada no Caribe. Cumprindo sua promessa que entregar
o documento em tempo hábil para apreciação
da Comissão, porém o governo argentino manifestou-se
afirmando que só apoia a criação do
santuário se ele excluir a ZEE (Zona Econômica
Exclusiva).
ABAIXO-ASSINADO
A FAVOR DA CRIAÇÃO DO SANTUÁRIO CHEGA
A 300.000
dezembro de 1999
O
Greenpeace consegui reunir 300.000 assinaturas de brasileiros,
a favor da criação do santuário do
Atlântico Sul. A estimativa é que esse número
chegue a 1 milhão de assinaturas até junho
do próximo ano, para que seja apresentado a CBI na
reunião.
ITAMARATY
RECEBE 360.000 ASSINATURAS A FAVOR DO SANTUÁRIO
junho de 2000
A
Esplanada dos Ministérios, foi palco de uma manifestação
do Greenpeace, cerca de vinte ativistas acompanhados de
uma baleia inflável e um abaixo-assinado com 360.000
assinaturas que foi entregue ao Ministério de Relações
Exteriores em favor da criação do santuário
do Atlântico Sul. A proposta da criação
do santuário foi encaminhada pelo Brasil à
Comissão, porém não foi votada na assembléias
da entidade. O Brasil, também quase ficou de fora
da reunião, por atrasar o pagamento de sua contribuição,
o que foi solucionado após pressão de ONGs.
POPULAÇÃO DE BALEIAS É REDUZIDA
outubro de 2000
A
população das baleias-sei e baleias-de-Bryde
continua reduzida no litoral nordestino, mesmo com a proibição
da caça de cetáceos no Brasil, em 1987.
Expedição científica realizada entre
a Bahia e o Rio Grande do Norte constatou um número
reduzido dessas espécies. O resultado, que está
sendo apresentado na Reunião de Especialistas em
Mamíferos Aquáticos da América do Sul,
na Argentina, indica que os estoques ainda não se
recuperaram do declínio populacional resultante da
caça.
De acordo com a coordenadora do cruzeiro, Jesuína
Maria da Rocha, eram caçadas por ano de 200 a 300
baleias-sei na década de 50. "Agora identificamos
apenas duas", afirma a pesquisadora. Já para
a baleia-jubarte, o tempo parece ter sido suficiente para
a sua recuperação em termos de população.
A estimativa dos estudiosos é que haja de 400 a 800
indivíduos na plataforma continental, a parte mais
perto da costa.
"Os números demonstram que a espécie
está retornando a áreas históricas
de distribuição", afirma Jesuína,
que é engenheira de pesca do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
Segundo ela, a presença de fêmeas com filhotes
recém-nascidos demonstra que a espécie utiliza
a região como berçário.
As baleias são observadas em maior quantidade entre
os meses de agosto e setembro na costa nordestina. O objetivo
dos cruzeiros, iniciados em 1998, é nortear uma estratégia
de conservação de baleias. "O manejo
das baleias só pode ser proposto quando conhecermos
os dados sobre sua abundância e distribuição",
explica Jesuína. Três cruzeiros já foram
realizados, num total de 3.400 milhas percorridas, identificando
seis espécies de baleia e doze de golfinhos.
A minke, espécie mais caçada na década
de 70, também está começando a recuperar
os seus estoques. A baleia-minke-antártica, que ocorre
em águas oceânicas, foi considerada abundante,
enquanto a baleia-minke-anã é mais rara, estando
restrita às áreas costeiras. O dado também
será apresentado na reunião de especialistas
que começou ontem, em Buenos Aires, e prossegue até
sexta-feira.
EMPRESA
DE CELULOSE É NOVO INIMIGO DAS BALEIAS NO BRASIL
8 de fevereiro de 2001
Um
projeto da empresa de celulose Aracruz, que tem sede no
Espírito Santo, pretende colocar em prática
a "construção" da hidrovia. Hoje
cerca de 100 caminhões transportam eucaliptos para
a Bahia. O problema é que justamente onde passaria
a hidrovia, é uma APA (Área de Proteção
Ambiental) da Ponta da Baleia-Abrolhos e está a 60
quilometros do Parque Nacional de Abrolhos, um dos maiores
santuários ecológicos do país e onde
baleias-jubarte reproduzem.
BRASIL
E AUSTRÁLIA PROPÕEM CRIAÇÃO
DE SANTUÁRIOS
22 de julho de 2001
Brasil
e Austrália deverão propor a criação
de dois santuários, um no Atlântico Sul e outro
no Pacífico Sul. Se forem aprovados, eles tornarão
a vida de países com Noruega e Japão bem mais
difíceis nesse segmento. Uma das declarações
mais "interessantes" ouvidas na conferência
foi dada por um japonês Masayeku Komatsu, sobre a
ajuda à outros países: "não vejo
nada de errado em ajudar países pobres", em
relação as baleias-minke: "O Japão
não tem força militar, diferentemente dos
Estados Unidos e da Austrália, as baleias-minke eram
as 'baratas dos oceanos'", devida a grande quantidade
que havia.
ISLÂNDIA
É EXCLUÍDA DA CBI POR TENTAR DERRUBAR A PROIBIÇÃO
À CAÇA
24 de julho de 2001
A
Islândia, uma das defensoras da liberação
da caça à baleia, foi punida por se recusar
a assinar um banimento da prática. Junto com Noruega
e Japão, o país tentou derrubar a proibição
à caça, que já vigora desde 1986. A
Comissão votou para saber se a Islândia deveria
ser punida pela atitude. Como resultado, a readmissão
do país foi colocada em suspensão, a Islândia
passou a ser vista como observadora.
JAPÃO
É ACUSADO DE MANIPULAR VOTAÇÃO DO SANTUÁRIO
25 de julho de 2001
As
propostas para a criação de mais dois novos
santuários de baleias no hemisfério sul foram
rejeitadas ontem pela Comissão Internacional da Baleia
em sua 53ª reunião anual, em Londres, Inglaterra.
Está foi a segunda vez que a proposta foi rejeitada.
Algumas organizações acusam o Japão,
um dos maiores interessados na liberação da
caça às baleias, de manipular as votações.
O International Fund for Animal Welfare, classificou a votação
"como um leilão". O Greenpeace também
criticou o Japão, por admitir ter oferecido ajuda
a países para influenciar a votação.
NORUEGA
É CRITICADA POR CAÇA À BALEIAS
26 de julho de 2001
A
CBI (Comissão Baleeira Internacional) aprovou ontem
um documento criticando a Noruega pela caça de baleias-minke,
por ter reiniciado a exportação de sua carne
e gordura. A comissão pediu o governo norueguês
que interrompa imediatamente as atividades de caça
e exportação de produtos originários
da caça desses animais.
IMPACTO
DE BALEIA SOBRE PESCA TERÁ ESTUDO
27 de julho de 2001
Países
favoráveis e contrários à caça
à baleia enterraram temporariamente suas diferenças
e concordaram, por unanimidade, encomendar um estudo que
avalie o impacto desses cetáceos sobre os estoques
de peixe para o consumo humano. O estudo é uma demanda
do Japão, o maior consumidor de peixes do mundo.
Esta foi a única decisão concreta tomada na
53ª reunião da CBI. Segundo os japoneses os
cetáceos estão competindo com os humanos pelos
estoques de peixe. Com o aumento do número de baleias
após a moratória à caça, a competição
tenderia a se agravar.
O Japão diz que as baleias estão consumindo
até 500 milhões de toneladas de peixe por
ano, cinco vezes mais que os humanos. Os EUA, um dos líderes
conservacionistas, afirmam que esses mamíferos não
comem grandes quantidades de peixe, portanto não
são ameaças aos estoques. Ambos os países
esperam que estudo comprove suas teses.
(voltar) |
Santuários
Apesar do repúdio
da comunidade internacional e da pressão de várias
organizações não-governamentais, o
Japão ainda exerce a caça às baleias.
Mesmo após a proteção da moratória
à caça comercial, declarada em 1986, a maioria
das espécies de baleias continua ameaçada
devido às inúmeras tentativas de reabertura
das atividades de caça. Muitos países, cujas
as economias estão sendo financiadas pelo Japão
prometem apoiar a o retorno a liberação da
caça. Uma das maneiras de se proteger as baleias
tem sido a criação de santuários, refúgios
que garantem uma chance de recuperação para
as populações ameaçadas.
Atualmente
existem dois santuários criados pela CBI, o
Santuário do Oceano Índico criado em
1970, e o Santuário do Oceano Antártico,
criado em 1994. Porém, a condição
de santuário dessas regiões é
temporário, devendo ser reavaliado dentro de
períodos determinados pela CBI. Para piorar
ainda mais a situação, o Santuário
da Antártica tem sido sistematicamente desrespeitado
pelo Japão, que caça em torno de 440
baleias-minke na região.
Em maio de 1998, a delegação do governo
presente à 50ª reunião anual da
CBI manifestou interesse na criação
do Santuário de Baleias do Atlântico
Sul. Alguns motivos importantes justificam a criação
da área de proteção:
A criação do santuário aumentaria
consideravelmente a permanência das baleias
no planeta;
A movimentação das embarcações
baleeiras rumo à Antártica seria dificultada;
Durante os meses de junho a setembro, muitas espécies
de baleias migram para a costa brasileira. Procurando
águas mais quentes. Para se ter idéia
do fluxo, das oito espécies de baleias com
barbatanas existentes no planeta, 7 ocorrem em águas
brasileiras, são elas: baleia-franca, baleia-azul,
baleia-fin, baleia-sei, baleia-de-bryde, baleia-jubarte
e baleia-minke. |
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1
- SANTUÁRIO DO PACIFICO SUL
(SUGERIDO POR BRASIL E AUSTRÁLIA)
2 - SANTUÁRIO
DE BALEIAS DO ATLÂNTICO SUL (SUGERIDO POR
BRASIL E AUSTRÁLIA)
3 - SANTUÁRIO
DA ANTÁRTICA
(EXISTENTE)
4 - SANTUÁRIO
DO OCEANO ÍNDICO (EXISTENTE)
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MAIS INFORMAÇÕES:
www.greenpeace.org.br
www.cetacea.org
Pick-upau – 2001 – São Paulo
– Brasil
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